Srs. vândalos, vou ajudá-los na competição com a ‘prefeiura’ para ver quem desrespeita mais nossos monumentos – vocês, destruindo, e ela, abandonando. Os que não forem campineiros, sigam-me. E sirvam-se: Monumento ao Bicentenário, de Lélio Coluccini, no Largo das Andorinhas. Ele ainda as imortalizou em bronze, no mesmo largo em que Ruy Barbosa fez delas poema. Lélio esculpiu Aníbal Freitas, diante do ginásio de Esportes do colégio Culto à Ciência, e o Ant??nio Elias Zogbi, perto da igreja de Nossa Senhora de Fátima. Fez a estátua de Dom Barreto, na Avenida da Saudade. E um belo monumento em oito blocos saudando a Fundação de Campinas, no Largo do Rosário. Aquela Pira Votiva no alto da Avenida Barão de Itapura, com o rosto de John Kennedy no mármore cinzento, é obra do Lélio. Campos Salles, de Ildo Mallozi, no alto da avenida. Herma de Alberto Sarmento, de Wilmo Rosado, na praça Regente Isabel, Castelo. Álvaro Ribeiro, também de Wilmo, no Largo do Pará. Em 1927, nos 200 anos da chegada dos primeiros pés de café ao Brasil, o escultor Celso Ant??nio fez a placa e a colocou no Largo do Pará, porque foi nesse estado que Mello Palheta plantou os primeiros cafeeiros. Estátua de Bento Quirino, de Amadeu Zani, na praça com seu nome. Marcelino Velez fez o busto, no Cemitério do Santíssimo. Amadeu também fez o monumento ao padre Anchieta, na Avenida Anchieta com Rua Benjamin Constant. É de Rodolfo Bernardelli a magnífica estátua de Carlos Gomes, na Praça Bento Quirino; Aldo Pucettifez o busto (Está no museu do Bosque? O Bosque ainda tem museu? Campinas ainda tem Bosque?) Marco piramidal em granito do centenário da imprensa de Campinas, desde 4 de abril de 1958, na Praça Monsenhor Salim. Cesar Bierrenbach, amigo de Carlos Gomes e de Santos Dumont, ganhou busto de Rodolfo Bernardelli, na praça Bento Quirino. O marco quadrangular dos 50 anos da imigração japonesa era ornamentado por cerejeiras e um pinheiro, na Praça Hideyo Noguchi. Sua herma é do escultor japonês Iwo-Kame, na rua Cândido Gomide. Estão lá? Monumento à Companhia Mogiana, na Praça do Ferroviário, inaugurado por d. Pedro II e d. Tereza Cristina, em 1875. Fausto Mazzola fez os bustos de Guilherme de Almeida, do Largo do Rosário e no jardim do Círculo Militar. Herma de Hercules Florence, de Vicente Laroca, na Praça D. Pedro II, antigo Largo São Benedito. Resta ao menos uma fotografia? A cabeça em bronze de Júlio de Mesquita, na Praça Imprensa Fluminense, é do escultor Luigi Morrone, e o busto de Luiz de Camões, na praça que homenageia o ‘pai’ do nosso idioma, é de José Rosada. Dom João Batista Correia Nery tem busto no Jardim do Liceu Nossa Senhora Auxiliadora e estátua, de costas para a Catedral, do escultor Fernando Frick. Duvido que alguém no ‘Jequitibás’ saiba quem é e onde está pelo menos metade desses grandes da história a quem Campinas, acossada por bandidos, tanto deve. As ‘otoridades’ abandonam com mais rapidez do que os vândalos destroem. Logo, a gente dá outro passeio. Pregado no poste: “1968 foi o ano que não terminou porque a ditadura proibiu desejar Feliz 69”