BOSTON

FBI investiga e procura pistas dos autores do atentado

A autoria do atentado que deixou três mortos e mais de 180 feridos, ainda não foi reivindicada

France Press
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17/04/2013 às 11:26.
Atualizado em 25/04/2022 às 20:00
FBI divulgaou imagem da bomba que utilizou uma panela de pressão como base para explosão (France Press)

FBI divulgaou imagem da bomba que utilizou uma panela de pressão como base para explosão (France Press)

O FBI divulgou nesta quarta-feira (17) as primeiras imagens do metal retorcido da panela de pressão que teria sido usada no duplo atentado durante a Maratona de Boston, e concentra seus esforços para encontrar os autores das explosões mortais.

A autoria das explosões de segunda-feira, que deixaram três pessoas mortas e mais de 180 feridos, ainda não foi reivindicada. O presidente Barack Obama condenou um ato terrorista "hediondo e covarde" e anunciou que quinta-feira visitará a cidade de Boston (Massachusetts, nordeste dos Estados Unidos) para um culto ecumênico.

Os moradores da cidade realizaram vigílias por suas vítimas durante toda a noite de terça, incluindo os três mortos: um menino de oito anos, uma jovem de 29 e uma estudante chinesa.

Cerca de 100 das 183 pessoas inicialmente hospitalizadas já receberam alta, mas 17 ainda estão em estado grave, segundo a imprensa americano.

De acordo com a CNN, pelo menos treze pessoas sofreram a amputação de algum membro, como resultado dos ferimentos sofridos nas explosões das duas bombas com intervalos de 13 segundos, a uma distância de cerca de 100 metros perto da linha de chegada da maratona.

Dois dias após o ataque, a investigação parece avançar a partir de detalhes revelados sobre as bombas usadas em panelas de pressão, com pregos e estilhaços em seu interior.

O FBI (Federal Bureau of Investigation) encontrou pedaços de uma panela de pressão e fragmentos na cena do crime, assim como uma mochila de cor escura, que teria sido usada para esconder os artefatos explosivos.

As fotos divulgadas mostram pedaços de metal retorcido e restos de cabos e componentes eletrônicos que poderiam ter sido usados para explodir as bombas por controle remoto.

O material encontrado pelo FBI é analisado em seu laboratório em Quantico (Virginia, leste). Mais de mil agentes de diferentes órgãos de investigação do governo americano têm trabalhado em Boston, de acordo com o chefe local do FBI, Rick Deslauriers.

A ausência de uma reivindicação faz com que "o leque de suspeitos e possíveis motivações permaneça em aberto", declarou Deslauriers na terça-feira.

As autoridades trablaham com várias possibilidades e investigam "todos os cantos do mundo" para encontrar os responsáveis pelo massacre.

Deslauriers afirmou que dispositivos explosivos tão simples como os usados em Boston são comuns no Iraque e no Afeganistão, mas até o momento o FBI tem uma indicação de um possível envolvimento da Al-Qaeda no duplo ataque.

Na quarta-feira, novas fotos do instante logo após as explosões foram exibidas em canais de televisão. O FBI pediu aos presentes na maratona que enviem todas as imagens disponíveis em busca de detalhes para resolver o caso.

Enquanto isso, o país se comovia com a história das vítimas, principalmente a do pequeno Richard Martin, de oito anos. A irmã de Martin perdeu uma perna e sua mãe sofreu uma lesão cerebral grave.

Além do pequeno Martin, morreu Krystle Campbell, uma gerente de restaurante de 29 anos, e uma estudante chinesa da Universidade de Boston, Lu Lingzi, segundo a imprensa americana.

A maioria dos 23 mil participantes da maratona já tinha cruzado a linha de chegada quando as bombas explodiram.

O atentado deixou em alerta outras cidades americanas, como Nova York, Los Angeles e São Francisco, onde as medidas de segurança foram reforçadas.

De todas as partes do mundo, vozes condenaram o duplo atentado. O papa Francisco enviou uma mensagem ao arcebispo de Boston, Sean O'Malley, lamentando esta "tragédia sem sentido" e pedindo a "paz de Deus a todos os mortos".

Na América Latina, Cuba reiterou que "inequivocamente condena todos os atos de terrorismo", enquanto a presidente Dilma Rousseff condenou o "insano ato de violência" que deixou pelo menos três mortos e mais de 100 feridos na Maratona de Boston.

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