SISTEMA PRISIONAL

Estado vai construir mais presídios na Região do Vale

Caso crônico é o da unidade de São José dos Campos; unidade tem capacidade para 512 preso

Jussi Ramos/Especial para o Correio
correiopontocom@rac.com.br
20/08/2013 às 14:34.
Atualizado em 25/04/2022 às 05:07

O governo do Estado vai construir mais dois CDP’s (Centros de Detenção Provisória) da Região Metropolitana do Vale do Paraíba, para enfrentar o problema de superlotação. Uma unidade será em Santa Branca e outra no Vale Histórico, em cidade a ser definida. O anúncio deverá ser feito entre a coordenadoria regional de presídios e os deputados da Frente Parlamentar em Defesa da RMVale, agendada para a primeira quinzena de setembro. Hoje, a região abriga três CDPs, todos superlotados. O caso mais crônico é o da unidade de São José dos Campos. A unidade tem capacidade para 512 presos, mas hoje abriga 1.632 (mais de três vezes).Já no CDP de Taubaté há 2.146 detentos. A unidade deveria atender 768.O CDP de Caraguá também tem 768 vagas, mas abriga 1.386 presos. “Todos os três CDPs da região estão em péssimas condições. Você tem uma cela com 40 presos, onde deveria haver apenas 12. Agora, o Estado e a Frente Parlamentar se reunirão para debater a viabilização de mais duas unidades para o Vale”, disse o deputado estadual Padre Afonso Lobato (PV). Segundo o deputado, o governo deverá discutir com os municípios que receberão as novas unidades uma política compensatória, com investimentos em outros setores. A Secretaria de Administração Penitenciária do Estado informou que a distribuição das unidades irá ampliar o sistema prisional de acordo com o princípio da regionalização.“O preso fica mais próximo do juiz que o julgará, agilizando o processo. A proximidade do preso junto aos familiares também tem grande importância no processo de reintegração social”, informou a nota do governo. As comissões dos Direitos Humanos e Política Criminal e Penitenciária, da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São José dos Campos, avaliaram a intenção do Governo em criar dois novos CDP’s positivamente, mas cobraram a necessidade de desenvolver projetos para reinserir o detento à sociedade. “Não é construindo mais presídios que nós vamos eliminar o crime ou colocando mais pessoas atrás das grades. O que deveria ser feito é oferecer um tratamento mais humanizado. Há necessidade reintegrar o preso à sociedade, e isso nenhum presídio no Brasil oferece”, disse o presidente da Comissão dos Direitos Humanos, Luiz Alves de Lima.

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