Equipe de Campinas perdeu a semifinal para o Minas e superou Suzano na disputa do bronze (Pedro Teixeira/Vôlei Renata)
A nova geração do vôlei masculino brasileiro desfilou pelo Ginásio do Taquaral e pelo Clube Fonte São Paulo, em Campinas, durante uma semana. De 28 de maio a 2 de junho aconteceu nos espaços o Campeonato Brasileiro Interclubes (CBI) Sub-21 com a presença de 24 equipes e quase 350 atletas. O alto nível da competição foi destacada pelo técnico da categoria do Vôlei Renata, Vinicius Castilho, para quem o futuro da modalidade no país é altamente promissor.
“O potencial físico desses jovens, nascidos em 2004 e 2005, é impressionante”, define Castilho, que vê um grupo de atletas capaz até de superar o nível da geração anterior. “Falta ainda eles passarem por um trabalho técnico mais aprimorado e experiência, mas esses novos jogadores estão jogando em alto rendimento ainda bem jovens e talvez com mais oportunidade que a geração anterior teve. Isso contribui muito na formação”, avalia.
Castilho lembra que muitos atletas não estiveram presentes em Campinas, pois já estão servindo a seleção brasileira na disputa da Liga das Nações. E grande parte dos jogadores envolvidos neste CBI já atuam pelas equipes principais de seus clubes na Superliga. Wítallo e Bandini, por exemplo, eleitos os melhores central e líbero da competição, respectivamente, tiveram participação efetiva nos playoffs da última Superliga pelo Vôlei Renata.
CAMPANHA
A equipe campineira ficou em terceiro lugar no campeonato ao derrotar Suzano, por 3 a 2 (25/19; 23/25; 23/25; 25/18 e 15/06), no Ginásio do Taquaral. O campeão foi o Minas e o vice terminou com o Sesi-SP. A campanha do Vôlei Renata até a medalha de bronze teve vitórias por 3 a 0 em cima de Shiro-RN e Instituto AceGO, além de um 3 a 1 sobre o Praia Clube na primeira fase. Com a terceira melhor campanha geral, os campineiros enfrentaram o Flamengo nas quartas-de-final e levaram a melhor por 3 a 1. Na semi, em jogo bastante equilibrado, o Vôlei Renata acabou superado pelo Minas, por 3 a 2. Os donos da casa chegaram a estar perdendo por 2 a 0 e conseguiram levar o duelo ao tie-break.
Esta é a segunda vez em três anos que o time campineiro sobe no pódio do torneio, que é o único de nível nacional de fomento da modalidade. Em 2022, em sua primeira participação, foi finalista e terminou com a medalha de prata, além de emplacar dois jogadores na seleção do torneio.
O projeto de formação do Vôlei Renata acumula outros pódios a nível nacional. Em 2023, o time sub-19 faturou o bronze no CBI e, em 2022, o sub-17 ficou com a prata.
Peneira
Vários jogadores das equipes de base do Renata são provenientes das peneiras realizadas anualmente pelo projeto, que atraem um grande número de participantes. O central Pedro Henrique, o Palmito, titular neste último CBI Sub-21, é um deles e tem uma história curiosa. Depois do campeonato brasileiro anterior ao deste ano, o jogador foi convidado para treinar na seleção de novos. O detalhe é que ele nunca havia jogado vôlei na vida quando chegou pela primeira vez ao Ginásio do Taquaral. “O Palmito tem 2m3cm e brincávamos que ele tropeçava nas próprias pernas para andar”, conta Castilho.
Um jogador do Vôlei Renata que fez a diferença no torneio que terminou na semana passada em Campinas foi o levantador Miguel, de 18 anos, cria das escolinhas do Clube Fonte São Paulo. Ele virou titular antes da disputa por conta da lesão de Dudu, que precisou passar por uma artroscopia no joelho direito. Campeão paulista sub-19 e terceiro colocado no CBI da categoria no ano passado, ele deu conta do recado e acabou recebendo convite para treinar com a seleção sub-21, que se prepara para o Sul-Americano da categoria.
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