A pista banks do Taquaral: construção com mais de 15 anos será reativada após o término das obras (Divulgação)
Enquanto o skate busca novos resultados expressivos na Olímpiada de Paris a partir do dia 26 de julho, data de início dos Jogos, o Centro Olímpico da modalidade segue em obras em Campinas. O espaço, que tem como objetivo abrigar os treinos da seleção brasileira, está previsto para ser entregue em 2025 no CEAR (Centro de Alto Rendimento), localizado no Swiss Park. Embalada pela perspectiva de ser a principal sede de uma potência olímpica brasileira, Campinas trabalha para que a cultura do skate contagie a metrópole. Neste mês, por exemplo, duas ações no Parque Taquaral buscam intensificar a mobilização em torno do esporte: enquanto aulas gratuitas são disponibilizadas para principiantes, a tradicional pista vertical do parque, também chamada de “banks”, que está desativada, passa por reformas para voltar a fazer parte da rotina dos skatistas.
Idealizadas pela Associação Campineira de Skate (ACSKT), as aulas estão acontecendo aos domingos, a partir das 9h, nas proximidades da pista da modalidade street, no Taquaral. “É só chegar, preencher um cadastro e participar. Não há limite de idade e nem de participantes”, diz o presidente da ACSKT, André Valencio. O conteúdo transmitido está relacionado aos primeiros passos da prática, como a maneira correta de subir na prancha, técnicas de equilíbrio, impulso e realização das primeiras manobras. Workshop sobre dicas para montar skate, com indicações das peças adequadas e do melhor material, também faz parte das aulas. “Diferenciamos brinquedo de skate, pois é muito comum as pessoas fazerem essa associação”, comenta André.
No banner de divulgação consta que as aulas são ministradas por professores formados pela Federação Paulista da modalidade e profissionais da Confederação Brasileira. A princípio, a ação está programada para ocorrer apenas em julho, mês de férias escolares, mas pode se estender para outros locais em datas diferentes, de acordo com projeções da associação. Segundo a Prefeitura, Campinas tem hoje 20 pistas de skate espalhadas por várias regiões.
REFORMA
A reativação da pista banks, em formato de “u”, localizada no Parque Taquaral, uma antiga reinvindicação da comunidade dos skatistas de Campinas, está prestes a acontecer. Segundo André, as reformas começaram há um mês. “Se tudo ocorrer dentro do previsto, até o final de agosto a pista será entregue”, diz o presidente da ACSKT. “Já estamos pensando em uma grande reinauguração.” Segundo a associação, o custo das obras supera os R$ 300 mil.
O formato da pista permite que o praticante “voe alto” e realize diversas manobras de rotação. “Ali, precisa atualizar o que for possível em algumas transições e consertar a borda, chamamos de copping, onde o skatista inicia seu rolê na pista. E tem alguns buracos também”, comenta André. O espaço, no entanto, passa por completa restauração. O presidente da ACSKT acredita que a construção tem cerca de 15 anos e ressalta a sua importância para a modalidade em Campinas. “O Matheus Melo, que representa a nossa cidade em competições internacionais, foi formado nessa pista”, explica. “Com a reforma dela, haverá mais espaço para o surgimento de atletas de performance”, acredita, acrescentando que vários praticantes têm mostrado potencial em Campinas. “Há uma galera andando demais, inclusive crianças, e que poderá se motivar ainda mais com a restauração da pista do Taquaral.”
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