HANDEBOL DE AREIA

Mascote de time campineiro vira atleta da seleção brasileira

Envolvida com a modalidade desde os 2 anos de idade, Stephani, hoje com 15, celebra convocação

Esportes Já
18/11/2024 às 15:47.
Atualizado em 18/11/2024 às 15:47

A auxiliar técnica da seleção Thais, Júlia (à esquerda), Unai (centro) e Stephani (direita) (Divulgação)

Stephani Tannure Soares era uma espécie de mascote do Campinas 360˚ nas Areias. Com apenas 2 anos de idade, ela já acompanhava os treinos da equipe que representa a cidade em competições de handebol de areia, levada pela prima e técnica Juliana Saraiva. Agora, a garota, que cresceu no meio da modalidade e se tornou destaque da equipe juvenil do projeto, vivencia um outro momento no esporte aos 15 anos. Na última semana, o nome dela constou na lista dos convocados que representará o Brasil no Campeonato Sul-Centro Americano da categoria cadete, em dezembro, na cidade de Iquique, no Chile. Unai Palmer Amorim e Júlia Ribeiro Benvindo, ambos de 16 anos, são os outros atletas da equipe campineira que também foram convocados. 

"É um sonho que muitos atletas têm, e saber que fui escolhida é uma honra indescritível, principalmente por estar representando meu país", diz Stephani, que, na seleção, se sentirá em casa. Afinal, a auxiliar técnica do grupo é Thais Nascimento, treinadora do Campinas e a quem chama de tia. "Mais um sonho desde pequena se realizando, e não poderia ser melhor ao lado da Thaís", celebra a jovem. 

Emoção semelhante tiveram Unai e Júlia. "Acho que não há nada mais especial do que isso para mim", diz o garoto, que é espanhol, mas também tem nacionalidade brasileira. "Acredito demais que todos os esforços e treinos que fizemos valeram muito a pena", celebra Júlia. Os três convocados, apesar de serem da categoria cadete (sub-16), já jogam entre os juvenis do time campineiro. 

Juliana Saraiva explica que a formação da seleção brasileira cadete representa o início de um ciclo. "O Sul-Centro Americano é classificatório para o Mundial da categoria do ano que vem, que acontece na Tunísia. Já o Mundial vale vaga para os Jogos Olímpicos da Juventude de 2026, marcado para acontecer em Dakar, no Senegal", detalha. Juliana conta que o plano é trazer a fase de treinamento da seleção para Campinas antes da competição no Chile. No entanto, a ideia ainda precisa ser amadurecida. "Precisamos de uma estrutura, como hotel para hospedagem, alimentação. Mas vamos atrás disso e ver se dá certo."

Depois de ter várias atletas integrando a seleção adulta, o Campinas 360˚ nas Areias começa também a servir os projetos de base da Confederação Brasileira de Handebol. E Stephani tem parte nessa conquista. Afinal, foi o interesse da garota que motivou as idealizadoras do time a criar equipes voltadas a atender um público infanto-juvenil, conforme lembra Juliana. "Eu implorava para minha prima montar um time de meninas para que eu pudesse jogar", conta a jovem atleta, que hoje não consegue enxergar seu futuro longe da modalidade. 

Atualmente, o projeto possui seis equipes: adulta, juvenil e cadete, todas com categorias feminina e masculina e inseridas na disputa do campeonato brasileiro. "Dentro da base, teremos em um futuro próximo mais convocações para a seleção. A Stephani, a Júlia e o Unai se destacaram, mas temos muitos talentos. Alguns até mais jovens", garante Juliana, que ainda destaca as aulas desenvolvidas em quatro praças de esportes de Campinas como polos de formação também. "Hoje estamos com quase 300 crianças no projeto", celebra.

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