Pâmela Ventura no pódio: ouro inédito (Divulgação)
O judô de Campinas fez bonito no Campeonato Mundial de Veterano disputado em Las Vegas, entre os dias 4 e 7 de novembro. Atletas da Associação Campineira de Judô (ACJ), Pâmela Ventura, de 33 anos, conquistou o ouro, enquanto Claudio Tateama, de 42, ficou com o bronze na disputa que reuniu 1.132 judocas de 67 países. O Brasil terminou a competição em primeiro lugar no quadro de medalhas, com 15 ouros, 8 pratas e 15 bronzes, à frente da França e Estados Unidos, segundo e terceiro colocados, respectivamente.
Pâmela conquistou o lugar mais alto do pódio na categoria F1 (entre 30 e 34 anos)\-78kg (meio pesado) ao superar na decisão a atleta da Mongólia, Tumentsetseg Boldbaatar, por ippon. Antes, ela tinha passado pela norte-americana Tiara Kaye depois de aplicar um waza-ari. Em sua primeira participação no Mundial de Veteranos, Pâmela não esperava conquistar o ouro, apesar da intensa preparação.
"Estava nervosa e ansiosa, pois é diferente lutar em outro país contra atletas de estilos diferentes", admitiu a professora da ACJ. "O que fez a diferença foi a estratégia bem montada pelo Cláudio, que é um atleta técnico e pensa em cada detalhe", completou, referindo-se ao medalhista de bronze que é seu marido. "Foi uma experiência incrível."
Já Claudio Tateama participou do Mundial pela segunda vez, depois de ter ficado em quinto lugar na edição de 2018. Ele comenta que em Las Vegas estava preparado para a conquista do ouro, mas "demorou" para entrar na competição. Tateama perdeu a primeira luta para o francês Eric SchilleWaert e depois conseguiu se recuperar na repescagem. "No início o tatame estava bem escorregadio", afirmou.
Após perder o primeiro combate, o judoca de Campinas superou o argentino German Cala, contra quem fez a final do Pan-americano em 2022, passou também pelo francês campeão mundial em 2018, Alexandre Pasquier, e ficou com o bronze ao derrotar o norte-americano Christopher Farias. As três lutas Tateama venceu por ippon na categoria M3 (entre 40 e 44 anos)/-66Kg (meio-leve).
TÍTULO
O Brasil terminou o Mundial na liderança do quadro de medalhas, com 38 conquistadas no total, apesar de competir com número menor de atletas em relação aos principais concorrentes. A delegação brasileira foi representada por 81 judocas, enquanto a França (14 ouros, 18 pratas e 20 bronzes) teve 172 e os anfitriões Estados Unidos (9 ouros, 8 pratas e 22 bronzes), 240.
PAN-AMERICANO
Agora, a expectativa da ACJ está voltada para a participação do jovem Luigi Rodrigues Facchini no Pan-americano, na cidade de Varadero, em Cuba, entre quinta-feira e domingo. Será a primeira competição internacional do judoca de 13 anos, uma das promessas da associação.
"Ele tem chances de conquistar medalha porque vem bem treinado esse ano com bons resultados, porém é o primeiro ano nessa classe e o peso para o Pan-americano muda, o que dificulta um pouco esse chaveamento", explicou Tateama.
Luigi disputou o Campeonato Brasileiro na categoria -55kg (leve), mas no Pan-americano deve ter que se adaptar em uma configuração de peso um pouco acima (-58kg).
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