Ponte Preta venceu o Velo Clube por 2 a 1 (Diego Almeida/PontePress)
A vitória da Ponte Preta sobre o Velo Clube por 2 a 1, de virada, na estreia da Série A-2 do Campeonato Paulista, mostrou uma situação que não poderá fugir do radar do time de Campinas: a empolgação dos adversários. O fato foi mencionado pelo técnico Hélio dos Anjos após o duelo em Rio Claro, no último sábado, em que a Macaca só conseguiu buscar o resultado no segundo tempo, depois de seguir para o vestiário no intervalo perdendo por 1 a 0.
A Ponte é a principal atração da Série A2, competição que não disputa desde 1999, e será o time a ser batido, como ficou claro na partida de estreia. “Os adversários entrarão empolgados e precisamos estar atentos. A Série A2 é assim e vai ser difícil, precisamos saber conviver com isso”, comentou Hélio dos Anjos.
O próximo jogo já é nesta terça-feira, quando a equipe campineira fará sua estreia no Moisés Lucarelli, contra o São Caetano, às 20h. O Azulão perdeu em casa do caçula Primavera por 1 a 0, no sábado. “Será o reencontro com nossa torcida”, disse Hélio dos Anjos para quem a Ponte se sentiu em casa no duelo em Rio Claro, já que a torcida pontepretana esgotou os 800 ingressos à disposição dos visitantes e empurrou a equipe durante todo o jogo.
O JOGO DE SÁBADO
O primeiro tempo da Ponte Preta em Rio Claro deixou o torcedor pontepretano preocupado. Apesar da maior posse de bola, o time não conseguia criar e se limitou às jogadas aéreas improdutivas. Escalada no 3-5-2, a Macaca teve pouca inspiração e sofreu o gol de Douglas Skilo no último lance do primeiro tempo.
A segunda etapa foi outra partida. Mesmo sem substituições, a Ponte mudou a postura dentro de campo. Flexibilizou o 3-5-2 com uma maior movimentação dos jogadores e se impôs. Com qualidade, marcou dois gols, em cobrança de pênalti de Elvis e num chute certeiro de Pablo Dyego.
Para uma partida de estreia, a Ponte também mostrou boa condição física. Enquanto os adversários mostravam desgaste e sinais de câimbras, os pontepretanos terminaram o jogo mais inteiros. Hélio dos Anjos, no entanto, destacou que foi apenas a estreia e que o planejamento físico precisará ter sequência, assim como o técnico e tático.
“Saímos de 12 dias de uma pré-temporada e viemos direto para o jogo em Rio Claro. É esse acúmulo de trabalho que possibilitará chegarmos forte nos jogos dessa primeira fase. Mas não podemos abrir mão dos treinos. Por isso, vamos diminuir o tempo de recuperação de 48 horas para 34 ou 36 horas após as partidas.”
Sobre o jogo contra o Velo Clube, o comandante reconheceu a produção baixa no primeiro tempo. “O nosso lado esquerdo, que tem a característica de se movimentar bastante, não funcionou”, admitiu. Pelo lado direito, ele justificou a escolha do meia Luiz Felipe como ala, a principal surpresa da escalação, já que a expectativa era para a entrada de Cássio no setor. “O Luiz dá intensidade ao jogo, gostei da atuação dele”, argumentou, destacando que o meia é um “profissional correto”.
Em relação ao segundo tempo, Hélio dos Anjos enfatizou a postura mais agressiva que possibilitou o crescimento de produção da equipe. “Fizemos uma saída de três mais aguda com o Amaral e bloqueamos a transição do adversário. Assim, fomos ganhando terreno e os gols foram saindo”, avaliou. “Achei o time competitivo. Agora é descansar para terça-feira entrarmos em campo com força novamente.”