Thais Makino participa de competições de escalada (Carol Coelho)
Desde as suas primeiras edições, o caderno Esportes Já sempre focou seu objetivo em abrir espaço para as mais diversas modalidades esportivas. São atletas, dirigentes e treinadores que lutam contra um furacão chamado futebol e buscam atrair novos adeptos. Tais características estão presentes no mundo da Escalada Esportiva, que estreou em 2021 no cardápio dos Jogos Olímpicos de Tóquio e deve firmar-se na edição marcada para Paris, em 2024.
É preciso entender as nuances do esporte. O técnico da Seleção Brasileira de Escalada, Artur Gáspari conta que não tem a liberdade para convocar os atletas segundo seus critérios pessoais. O elenco é formulado a partir de um processo seletivo e que tem como base a escolha dos atletas que ficam nas posições principais das competições realizadas em território nacional no ano anterior.
Ao contrário do que alguns pensam, a Escalada está longe de ser ignorada no cenário esportivo mundial. Pelo contrário. No Japão os escaladores são estrelas de primeira grandeza e em países como França, Itália, Alemanha também são famosos por causa do Alpinismo, que é um esporte popular.
No Brasil, a temporada foi encerrada no final do mês de setembro, com a realização do Campeonato Brasileiro. A temporada recomeça entre os meses de março e abril do ano que vem. Uma das principais estrela é Thays Makino, campeã nacional na categoria Guiada nos anos de 2010, 2018 e 2020 e que levou a medalha de ouro na categoria Boulder em 2012, 2016, 2018 e 2020.
Para quem deseja praticar a modalidade, existem três modalidades de Escalada Esportiva. Cada uma oferece um grau de dificuldade. A primeira é a Escalada de Velocidade. Neste modelo de competição, o competidor tem uma parede de aproximadamente 15 metros de altura para escalar. Ele tem duas vias (caminhos) padronizados e que ficam lado a lado. Via é o nome dado a sequência de agarras que formam a rota da escalada. O vencedor será aquele que percorrer a escala no tempo mais curto.
O segundo estilo é Boulder. Este modelo de competição é caracterizado por exigir que os atletas superem dificuldades e problemas pontuais colocados na parede, que mede de quatro a cinco metros de altura.
Para dificultar os atletas existe uma parede com forte inclinação e que contém rotas que devem ser percorridas em até cinco minutos para resolver os desafios deixados no trajeto. Vence quem conseguir escalar a maior quantidade de desafios e em um menor número de tentativas.
A terceira categoria é a Escalada guiada. Os percursos são feitos em uma parede de aproximadamente 15 metros. Ao contrário de competições com vias padronizadas, a norma nesta competição é apresentar vias que os escaladores não conhecem e com alto grau de dificuldade. Conforme o atleta sobe em seu trajeto existe a possibilidade de utilização de uma corda de proteção. Fatura o primeiro lugar quem escalar mais alto ou alcançar a garra mais alta da parede.