“ESPORTE ESTRANHO”

Clube Fonte São Paulo, o celeiro do badminton

Dos 32 atletas do Estado que disputarão o torneio, de 9 a 17 de dezembro, no Peru, nove são da Fonte, a agremiação de São Paulo conta com o maior número de representantes no grupo

Esportes Já
14/11/2022 às 10:08.
Atualizado em 14/11/2022 às 10:15
Matheus e Gustavo, na categoria sub-11, iniciam a trajetória em competições internacionais (Divulgação)

Matheus e Gustavo, na categoria sub-11, iniciam a trajetória em competições internacionais (Divulgação)

Um esporte estranho. Era assim que os brasileiros viam aquela mistura de tênis e vôlei de praia jogado com peteca e uma raquete. Mas quando Lohaynny Vicente e Ygor Coelho entraram em quadra para representar o badminton brasileiro na Olimpíada do Rio, em 2016, a estranheza deu lugar ao respeito. A segunda participação olímpica do País, em Tóquio-2020, com Ygor e Fabiana da Silva, contribuiu para a difusão do esporte da peteca. E hoje, clubes que apostaram na modalidade quando ela ainda era praticamente desconhecida no Brasil, colhem os frutos.

Entre esses clubes está a Fonte São Paulo de Campinas, “uma referência do badminton no Brasil”, resume Rodrigo Ferreira, treinador da equipe de competição e coordenador geral do projeto da modalidade na agremiação.

O projeto na Fonte teve início no começo da década de 1990. No decorrer dos anos, se desenvolveu e ganhou corpo, com a participação constante de atletas em competições nacionais e internacionais e a conquista de medalhas. Atualmente, às vésperas de mais um Campeonato Sul-Americano individual e por equipes, o clube campineiro segue a tradição de ser um dos mais representativos na seleção brasileira.

Dos 32 atletas do Estado que disputarão o torneio, de 9 a 17 de dezembro, no Peru, nove são da Fonte, a agremiação de São Paulo conta com o maior número de representantes no grupo. No total, a delegação brasileira conta com 82 jogadores.

O principal destaque da Fonte é Jackeline Luz, líder do ranking brasileiro na categoria adulta. Ela e Gabriel Cury, outra força do clube campineiro, são praticamente certezas de medalhas no Sul-Americano para o Brasil, a principal potência do continente na modalidade. “Em seguida vem o Peru”, explica Ferreira.

Leonardo Parreira e Davi Fraga são representantes da Fonte no sub-13 na competição do Peru (Divulgação)

Leonardo Parreira e Davi Fraga são representantes da Fonte no sub-13 na competição do Peru (Divulgação)

Equipe novata

Em média, segundo o treinador, os atletas da Fonte conquistam dez medalhas para a seleção em Sul-Americanos, mas, desta vez, a expectativa é menor. “Dos nossos nove representantes, só dois participaram de Sul-Americano, a Jackeline Luz e o Gabriel Cury. Sete estão indo pela primeira vez a uma competição desse porte”, justifica o treinador, cuja meta é que os novatos ganhem experiência, mas sem descartar a possibilidade de conquista de medalha. 

Além de Jaqueline e Cury na categoria adulta, a Fonte será representada na seleção no torneio do Peru por Elisa Fraga, Gustavo Bertanha e Matheus Missola no sub11; Davi Fraga e Leonardo Parreira no sub-13 e Aléxia Vasconcelos e Tiago Rezende no sub-17.

Ansiedade

Aléxia, uma das estreantes em SulAmericano, não esconde a ansiedade. Em julho, ela participou de sua primeira competição internacional, o PanAmericano na República Dominicana, e jogou no sacrifício em função de uma lesão no joelho. “Mesmo assim, ganhei medalha de bronze por equipes”, comemora a atleta de 16 anos. Desta vez, recuperada da contusão, ela espera render 100%. “Estou treinando muito”.

Aléxia treinava ginástica artística na Fonte e se apaixonou pelo badminton ao acompanhar as atividades da modalidade no clube. Convidada a participar da equipe, logo aceitou. O time de competição é formado por 25 atletas, que contam com assistência psicológica, nutricional e fisioterápica de profissionais voluntários. Seis quadras e uma academia estão à disposição dos jogadores. Fora da equipe de rendimento, são 100 praticantes inscritos. Aquaplas, K_Doces Confeitaria, Planeta Auto Vidros e Istobal são as empresas que patrocinam o badminton da Fonte São Paulo.

Aléxia Vasconcelos teve sua primeira experiência internacional no Pan Americano de julho, quando atuou no sacrifícioo (Divulgação)

Aléxia Vasconcelos teve sua primeira experiência internacional no Pan Americano de julho, quando atuou no sacrifícioo (Divulgação)

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo Correio PopularLogotipo Correio Popular
Anuncie
(19) 3736-3085
comercial@rac.com.br
Fale Conosco
(19) 3772-8000
Central do Assinante
(19) 3736-3200
WhatsApp
(19) 9 9998-9902
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por