Laura durante sua participação no Mundial Juvenil, em Houston, neste ano (Divulgação)
Líder do ranking brasileiro de squash, a campineira Laura Silva conquistou uma medalha inédita neste mês de outubro. Em disputa do Pan-Americano Sub-23, em Bucaramanga, na Colômbia, entre os dias 6 e 12, a atleta de 16 anos ficou com a prata na competição individual. O resultado a classificou para os Jogos Pan-Americanos da Juventude, em Assunção, no Paraguai, que acontece em 2025.
Pela primeira vez Laura participou de um Pan-Americano Sub-23 e acredita que cumpriu seu objetivo, que era avançar para o torneio na capital paraguaia. “Joguei contra meninas bem mais velhas”, comenta. Na decisão do ouro, ela foi superada pela colombiana Lucia Bautista. Na competição de duplas, a seleção brasileira parou nas quartas de final e, por equipes, não conseguiu medalhas.
O foco principal de Laura agora está voltado para a disputa do Campeonato Brasileiro, que acontece de 14 a 17 novembro, no Clube Paineiras do Morumbi, em São Paulo. Atual bicampeã do torneio, seu desafio é repetir as performances de 2022 e 2023.
AGENDA INTENSA
Atleta do Esporte Clube Pinheiros de São Paulo, Laura busca dar sequência até o final do ano a uma agenda intensa de competições. Entre o final de julho e começo de agosto, ela vivenciou uma verdadeira maratona com a disputa do Sul-Americano de Santiago, no Chile, Pan-Americano de Lima, no Peru, e o Mundial Juvenil, em Houston, nos Estados Unidos. Em Santiago e Lima, ela conquistou o bronze nos torneios de dupla mista e por equipe, enquanto nos Estados Unidos a campineira terminou na 35ª colocação no individual.
Laura destaca a experiência adquirida com a série de disputas, exemplificada pela sua participação na competição norte-americana. “Foi uma experiência única participar daquela Mundial”, definiu Laura. “Deu para ver como está o nível dos competidores e ganhar um novo ritmo contra esses adversários. É uma situação que nos motiva a tentar chegar no mesmo patamar deles.”
Ainda neste 2024, há a possibilidade de Laura disputar o US Open, nos Estados Unidos. No ano passado, ela ficou entre as 15 de sua categoria no torneio norte-americano.
SQUASH NO DNA
Laura pode dizer que o squash está em seu DNA. O pai, Josafá Bezerra da Silva, de 61 anos, conheceu o esporte quando tinha 24 e se apaixonou pela prática que reúne os adversários em um espaço fechado de aproximadamente 9,75m por 6,4m. O objetivo é disputar pontos golpeando com a raquete uma bolinha de borracha contra a parede.
“Eu treinava a minha esposa que foi a número 2 do Brasil profissional e, na sequência, veio meu filho, o Kiki Silva, que foi o melhor juvenil da história do squash brasileiro, seis vezes campeão sul-americano e número 1 do ranking brasileiro profissional”, conta Josafá, que mantém dentro da academia João Soares, em Campinas, a Jota Squash, onde a filha treina em média de duas a três horas por dia. “Desde pequena a Laura tem contato com o esporte e isso ajudou ela a gostar da prática e a se desenvolver. Tenho uma outra filhinha de 6 anos que já está começando também. Vamos ver se ela se interessa.”
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