ROTA PERDIDA

Campinas Vôlei tenta superar crise

Em pouco mais de três meses após a inauguração do projeto, time feminino corre o risco de não sobreviver

Esportes Já
16/10/2023 às 08:45.
Atualizado em 16/10/2023 às 08:45
Gestores garantem a permanência de Jaqueline para a disputa da Superliga C (Bruno Alves/PSPORTS)

Gestores garantem a permanência de Jaqueline para a disputa da Superliga C (Bruno Alves/PSPORTS)

No dia 21 de julho, as expectativas em relação ao novo time criado na cidade chegaram ao auge. Na data, a estrela Jaqueline era apresentada como reforço do Campinas Vôlei, equipe anunciada oficialmente dias antes em um evento na Prefeitura. Hoje, três meses depois daquele período, o cenário é bem diferente do que foi planejado e os gestores do então ousado projeto trabalham para recuperar a rota perdida.

Depois de contratar grandes jogadoras e projetar a conquista do título mundial em quatro anos, o Campinas Vôlei viveu, na prática, uma outra realidade, pelo menos nos dias que se seguiram. Eliminado do Campeonato Paulista, o time entrou, na sequência, em crise financeira que, inclusive, ameaça a sua continuidade.

Alegando problemas pessoais, a ponteira Mari Paraíba, uma das contratações de peso, se desligou da equipe. Na última semana, a central Saraelen Lima também anunciou sua saída. Segundo a direção, Jaqueline está mantida. Os gestores alegam que aguardam a entrada de recursos provenientes de novas empresas patrocinadoras para acertar os salários atrasados.

A disputa do Campeonato Paulista foi marcada pela expectativa da estreia de Jaqueline, que aconteceu apenas na última rodada da primeira fase, após a jogadora passar por um período de recondicionamento físico. A derrota para o Barueri na Arena Concórdia, no entanto, eliminou o time campineiro do Estadual antes dos playoffs. A partida, por enquanto, foi a única disputada pela maior estrela da equipe, que está voltando às quadras após um período de dois anos afastada.

A meta agora é se estruturar para a participação na Superliga C, competição de acesso à Superliga Feminina, cuja estreia deve acontecer entre os dias 1º e 15 de novembro.

VÔLEI RENATA

Versão masculina da cidade, o consolidado Vôlei Renata está bem longe de passar pelo drama da coirmã, mas não teve um bom início de temporada. Apesar de investir em sete reforços e na manutenção de jogadores importantes, teve a expectativa da conquista do tetracampeonato paulista frustrada. Chegou aos playoffs, mas acabou eliminado pelo São José.

“Não temos muito o que dizer, apenas que vamos seguir trabalhando forte. É um time novo, que foi formado recentemente e temos que continuar trabalhando. Agora é pensar pra frente", disse o ponteiro Maurício Borges após a eliminação.

Dentro da equipe, o discurso é de que os desfalques do oposto Bruno Lima e do ponteiro Adriano, que durante o Paulista serviram as seleções da Argentina e do Brasil, respectivamente, interferiram no desempenho. Com a presença de ambos, a aposta é de que na Superliga o comportamento em quadra seja diferente. Trabalho, pelo menos, não falta. Um dia depois da eliminação no Estadual, a equipe já estava de volta aos treinos no Ginásio do Taquaral. A estreia na Superliga deve acontecer em 12 de novembro, contra o Sesi, mas a tabela oficial ainda será divulgada.

Como consolo, por enquanto, fica o reconhecimento da Confederação Brasileira de Vôlei a Giuliano Ribas, o Juba, que faz parte da comissão técnica de Horacio Dileo e será o treinador da seleção brasileira nos Jogos Pan-Americanos do Chile, entre 20 de outubro e 4 de novembro, em Santiago. 

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