BI-CAMPEÃO ESTADUAL

Campinas confirma hegemonia no golfe

Equipe de Campinas levou a melhor e conquistou o bicampeonato paulista

Esportes Já
28/11/2022 às 09:06.
Atualizado em 28/11/2022 às 09:06
A competição, uma das mais importantes do país, é aberta também para agremiações sediadas em Mato Grosso do Sul e Minas Gerais (Thais Pastor e Ricardo Fonseca/ Federação Paulista de Golfe)

A competição, uma das mais importantes do país, é aberta também para agremiações sediadas em Mato Grosso do Sul e Minas Gerais (Thais Pastor e Ricardo Fonseca/ Federação Paulista de Golfe)

Sem dar chance aos oponentes, a equipe de golfe de Campinas levou a melhor e sagrou-se neste domingo, dia 27 de novembro, bicampeã paulista interclubes. O torneio é promovido pela Federação Paulista de Golfe. Na parte inicial da decisão contra Arujá, mesmo atuando na casa do adversário, a equipe campineira venceu no sábado por 8 a 4. O placar foi repetido na parte decisiva realizada no Clube de Golfe de Campinas, em Sumaré. Campinas venceu a edição do ano passado.

Para chegar ao bicampeonato, o time campineiro participou de uma primeira fase formada por 19 equipes. Eles participaram de oito rodadas pré-determinadas pela Federação Paulista de Golfe. Os oito times com melhor pontuação passaram às quartas-definal e posteriormente para semifinais e a decisão feita por Campinas e Arujá. O torneio contou com a participação com equipes das cidades de Arujá, São Paulo, Sumaré, Avará, Cotia, Guarujá, São Roque, Santos, Osasco, Bauru, Mogi das Cruzes, São José dos Campos, Campinas e Bragança Paulista.

A competição é aberta também para agremiações sediadas em Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. "É o torneio mais importante do país em termos de quantidade de rodadas e de jogadores”, afirmou o diretor executivo da Federação Paulista de Golfe, Mauro Gonçalves Batista. “É uma festa do golfe, que é um esporte sadio e feito para conhecer pessoas e novos locais”, completou.

O time campineiro conquistou o bicampeonato com Francisco Fonseca, Denis Song, Luiz Fernando Silva, Rogério Tartari, Ademir Pereira, Heitor Mattos,Henrique Meloni, Mauricio Mancimo e João Tomazelli.

Mauro Gonçalves Batista relatou que o Campeonato Interclubes surgiu a partir da necessidade detectada de que existia um grande contingente de jogadores que atuavam em ótimo nível, mas ainda não podiam atuar na categoria focada no alto rendimento. “É a categoria por handicap, em que as pessoas atuam as vezes muito mais por entretenimento. Resolvemos criar uma competição para eles há 21 anos”, disse Batista.

Com o passar do tempo, a competição ajudou no desenvolvimento dos jogadores, que já podem pensar em vôos mais altos. “Alguns atletas que disputaram o torneio neste ano já não poderão atuar no ano que vem. A média técnica deles não permite. Tem que disputar uma outra divisão acima”, completou Batista.

Melhorias

Apesar dos resultados satisfatórios do Campeonato Interclubes, a Federação Paulista considera que existem desafios para serem superados para sacramentar a expansão do golfe em São Paulo e no Brasil. Mauro Gonçalves Batista aponta como necessidade a ampliação de campos de golfe públicos ou semipúblicos já que a maioria dos espaços existentes no Brasil são de propriedade privada. Como exemplo de projeto bem sucedido, Batista cita um Centro Esportivo sediado em São Paulo, ao lado do Aeroporto de Congonhas, e que é de responsabilidade da Federação Paulista de Golfe. “É o maior centro esportivo de formação para jogadores. Não precisa ser sócio. Você paga uma taxa e tem aulas”, complementou o dirigente da Federação Paulista de Golfe. A Federação também é responsável pela gestão do assumiu a gestão do Sapezal Golfe Clube, em Indaiatuba (SP).

Golfe quer se firmar como um esporte para todos os bolsos

Com atividades regulares durante toda a temporada de 2022, o Clube de Golfe de Campinas não desiste da premissa de abrir as portas para todos. A intenção é deixar no passado a pecha de um esporte acessível apenas as classes econômicas de maior poder aquisitivo.

Uma das medidas tomadas é a de incentivar a utilização do local por intermédio do chamado “Day Use”. Nesta modalidade, com o pagamento de uma diária a pessoa pode atuar por um periodo de tempo. A doutrina segue procedimento feito pela Federação Paulista que tem um espaço em São Paulo para utilização do público. No Clube de Golfe de Campinas, para quem deseja utilizar a diária o valor é de R$ 90 às terças e sextas enquanto que de quarta e quinta feira o valor é de R$ 130. No sábado e no domingo, o periodo da manhã custa R$ 240 e à tarde o valor fica em R$ 130.

Para o gestor do Clube de Golfe de Campinas, Caim Vanderlei Torres, de 52 anos, o esforço é feito para desmitificar a crença de que o golfe é excludente. “De cada 10 pessoas que frequentam o clube, seis são da classe média baixa. Hoje o preço está mais acessivel porque surgiram mais espaços para o golfe e nenhum clube sobrevive apenas com as mensalidades dos sócios”, afirmou.

Para comprovar a sua tese, Caim explica que, na atualidade, um equipamento custa de R$ 2 mil a R$ 7 mil reais nas lojas de material esportivo. Como é o produto tem alto grau de durabilidade, muitos compram de maneira parcelada para livrar-se da possibilidade de alugar o material , seja para atuar em torneios amadores ou profissionais. “Muitas vezes uma pessoa que ganha um salário mensal de R$ 4 mil consegue reunir condições para jogar golfe pelo menos uma vez no mês”, explicou.

Caim chama atenção para o fato de que Campinas, em um raio de 80 quilômetros de distância tem diversos campos privados de golfe. Os campos estão localizados preferencialmente em locais como no distrito de Joaquim Egídio, em Campinas e nas cidades de Valinhos, Indaiatuba e Jaguariuna.

As competições de golfe também são um espaço para o Mundo corporativo. Caim Torres relata que executivos de empresas multinacionais e diversos ramos da economia sempre participam de competições com a meta de aproveitar para fazer negócios. “Eles jogam e depois vão o bar e ali eles realizam os negócios”, disse.

Com a popularização do golfe e as transmissões pelas televisões fechadas, o comandante do Clube de Golfe Campinas acredita que novos frutos podem ser colhidos em longo prazo. “Antigamente não existia transmissão pela televisão. Agora, as emissoras têm programas e existem grupos nas redes sociais”, arrematou.

De carregador de equipamento a gestor de clube de golfe

Caim Vanderlei Torres é uma cria do golfe. Ele revela a reportagem do Esportes Já que encontra-se envolvido com o golpe desde os sete anos de idade. Residente no distrito de Matão, em Sumaré, Torres teve o seu primeiro envolvimento quando precisou atuar como carregador de equipamento para os jogadores. Tudo para auxiliar os pais que precisavam de dinheiro para adquirir comida e outros pertences.

Sua vida começou a mudar quando participou de uma competição de golfe promovida pela Federação Paulista. Ele venceu e de imediato foi contratado em definitivo pelo Clube de Golfe Campinas, em que exerceu diversas funções até chegar ao cargo de gestor. “Eu me tornei profissional do golfe em 1982 e já fiz três cursos nos Estados Unidos para dar aulas de golfe”, explicou, que há 45 anos tem um caso de amor com o golfe brasileiro.

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