SÓ PROBLEMAS

Bola aérea é o pesadelo da vez no Guarani

Bugre sofreu gol de cabeça em quatro de cinco jogos sob comando de Pintado

Silvio Begatti
23/07/2024 às 15:46.
Atualizado em 23/07/2024 às 15:46
Pintado cobrou atitude dos jogadores após a derrota diante do Goiás (Raphael Sivestre/Guarani FC)

Pintado cobrou atitude dos jogadores após a derrota diante do Goiás (Raphael Sivestre/Guarani FC)

Lanterna da Série B há nove rodadas e sem vitória há 12 jogos, o Guarani teve alguns de seus problemas expostos pelo técnico Pintado ainda no domingo, no Brinco de Ouro, após a derrota diante do Goiás, a 11ª da equipe na Série B. A maior preocupação do treinador é em relação às jogadas aéreas defensivas de bola parada. Em quatro dos cinco jogos sob o comando do treinador, o Guarani sofreu gol de cabeça. A repetição da deficiência na partida diante dos goianos deixou o comandante bugrino irritado. 

"O nosso problema maior é a bola parada. E é inadmissível o que está acontecendo. É uma situação muito incômoda", afirmou, depois do tropeço por 3 a 2. No domingo, o Guarani vencia por 1 a 0 e, na primeira finalização do adversário, na reta final da etapa inicial, sofreu o gol. A bola foi erguida na área em cobrança de falta pela direita e Nathan, de cabeça, marcou. 

No segundo tempo, em jogada parecida, o adversário acertou a cabeçada no pé da trave, em lance no qual o goleiro Douglas Borges já estava batido. E o pênalti que levou o Goiás a empatar pela segunda vez, antes da virada, teve origem em uma bola aérea na área do Guarani em que o VAR flagrou toque de mão do zagueiro Léo Santos. 

"Durante a semana, mostramos o problema, tudo foi fotografado, vídeos foram mostrados, fizemos palestras, treinamos e a gente continua sofrendo. Vai ser necessário uma troca. Temos que encontrar quem tenha força nessa bola aérea", afirmou. Dos sete gols sofridos pelo Guarani sob o comando de Pintado, quatro foram de cabeça e, desses, três a partir de lances de bola parada. 

O treinador cobrou os jogadores publicamente depois da partida ao afirmar que a equipe não conseguiu colocar em prática o que foi treinado. "Alguém tem que ter mais atitude e responsabilidade, principalmente na bola parada. O elenco tem atletas com histórico em grandes equipes e participações em jogos pesados e importantes. Eles precisam responder dentro de campo. No jogo, a tomada de decisão é do atleta", disparou o comandante, sem esconder a insatisfação. 

OUTROS PROBLEMAS

Pintado admitiu que Caio Dantas, artilheiro do time com 6 gols, vem jogando no sacrifício em função do desgaste físico e mostra preocupação com a possibilidade de não poder contar com o atacante, considerado essencial no esquema do time. "Em algum momento ele vai ter que parar", adiantou o treinador, que trabalha com os demais atacantes de área do elenco para não perder a força ofensiva na ausência do titular. Luccas Paraizo e Daniel dos Anjos chegaram a entrar em campo no segundo tempo dos últimos jogos. O prata da casa Rafael Freitas é a outra opção para o ataque. 

O setor de armação também está entre as preocupações de Pintado. Com a lesão de Bruno Oliveira, Luan Dias passa a ser a única opção criativa do meio de campo. Ao ser substituído contra o Goiás, o time ficou sem referência quando teve a posse de bola. "O clube está trabalhando para trazer novas opções, mas não é fácil alguém aceitar defender o Guarani por causa da nossa atual situação no campeonato", disse Pintado. Até o momento, o Guarani acertou cinco reforços na atual janela, todos negociados pelo executivo Toninho Cecílio, antecessor de Rodrigo Pastana, que está no Brinco desde 10 de julho. 

TEM JOGO AMANHà

O Guarani volta a campo amanhã, pela Série B do Campeonato Brasileiro, quando visita o time do Amazonas, em Manaus. O zagueiro Léo Santos e o lateral-esquerdo Jefferson cumprem suspensão pelo acúmulo de cartões amarelos e desfalcam a equipe bugrina. Já o goleiro Vladimir e Caio Dantas passam por avaliação médica para saber se terão condições de entrar em campo.

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