O Analista de Processos e Produtos na área de Qualidade, Gilson Medeiros da Silva (à esquerda), torcedor do Guarani FC, e o comerciante Leandro Ginefra (à direita), torcedor da Ponte Preta (Arquivo pessoal)
Durante a semana, Gilson Medeiros da Silva atua como Analista de Processos e Produtos na área de Qualidade. Tem responsabilidades e tarefas para cumprir, mas jamais se desliga dos fatos e jogos do Guarani. Seja no meio de semana ou aos sábados e domingos, o Alviverde está em suas prioridades. Nesta conversa com a reportagem do Esportes Já, ele fala sobre os feitos bugrinos que saem de sua memória. Leia a conversa abaixo.
Por que você escolheu o Guarani como time do coração?
Influência do meu pai Arnaldo, que me levou ao Brinco desde meus cinco anos. Virou uma paixão imediata e um amor que levo comigo até hoje, aos meus 45 anos.
Que recordações você tem da primeira vez que esteve no Brinco de Ouro?
Guarani 0 x 1 Goiás foi o primeiro jogo que tenho a lembrança mesmo, com já meus 7 anos, em 19/11/1986, lembro do goleiro Róbinson e do ataque Evair e João Paulo. Minha primeira lembrança é de derrota (risos).
Que jogo é inesquecível para você? Por quê?
São muitos jogos marcantes e inesquecíveis, cito três. “Medina's Day”, o chamado Dérbi do Século com a virada épica e noite iluminada de Medina em 2012 (o jogo foi realizado no dia 29 de abril de 2012 e foi válido pelo Campeonato Paulista e terminou com placar de 3 a 1 sobre a Ponte Preta). O jogo Guarani 6 x 0 ABC. Esse jogo foi incrível. A energia no estádio, mesmo com menos de 3 mil pagantes. Parecíamos 30 mil, tamanha a sinergia entre time e torcida (o jogo foi válido pelas semifinais da Série C de 2016). O terceiro jogo marcante foi a final da série A2 de 2018 pela linda festa e a premiação do ídolo Fumagalli erguendo merecidamente uma taça de campeão, compensando e fazendo justiça a um atleta que sempre honrou nosso manto (o jogo foi realizado no dia 07 de abril de 2018. O Guarani venceu o Oeste por 4 a 0 e faturou o título da Série A2).
Que partida você prefere esquecer? Por quê?
Ponte Preta 3 x 0 Guarani (realizado no dia 16 de março de 2019 e válido pelo Campeonato Paulista). Nesse jogo, por sorte, de certa forma o time da linha do trem tirou o pé, poderia ter sido uma goleada histórica. Observação: outro jogo lamentável foi em Varginha em 2016. Viajamos horas e horas e o time não jogou nada e perdemos aquela final (o Guarani disputou a decisão da Série C contra o Boa Esporte e perdeu por 3 a 0).
O que não pode faltar em jogo do Guarani?
Um time do Guarani competitivo e o apoio da nossa torcida.
Qual o principal jogador da história do Guarani? Por quê?
Sempre falo três, meus grandes ídolos pela ordem: Djalminha, Amoroso e Fumagalli Djalminha, o maior craque de bola que vi jogar, artista do futebol. Amoroso, brilhante atacante, rápido, inteligente e técnico, representa até hoje o Guarani. Fumagalli pela entrega, pela honra que demonstrou com nossa camisa e pelo que sempre demonstrou em campo, liderança, técnica e bugrinidade nos jogos.
Qual o técnico inesquecível da história do Guarani? Por quê?
Carlos Alberto Silva pelo título improvável em 1978 e grande ídolo da história Bugrina. Vadão pela sua linda história no Guarani e em dérbis.
Que jogador que atuou pela Ponte Preta que você gostaria que tivesse jogado pelo Guarani?
Washington, o “Coração Valente”.
Qual o gol mais bonito ou marcante anotado pelo Guarani e que você presenciou ao vivo no estádio?
Essa é difícil, são tantos gols lindos e sensacionais. Aquele do Amoroso contra o Santos é uma beleza, mas no momento não me lembro de outros ainda mais bonitos que presenciei.
“DÉRBI É UM CAMPEONATO À PARTE”
Gilson Medeiros da Silva
Como torcedor, o que significa o dérbi para você?
Dérbi não se joga, se ganha, é um campeonato à parte. É jogo de vida ou morte, é guerra dentro de campo. Eu sempre espero que os jogadores sejam soldados representando a nação Bugrina em campo.
Como você definiria a sua rival Ponte Preta?
Um time que gostaria muito de ter nossa grandeza, mas nada mais é do que a nossa eterna rival e só.
Complete a frase. Ser torcedor do Guarani é…
Hoje em dia ser muito paciente, sofrido e com mais decepções do que alegrias, mas que torce para um clube que tem uma história maravilhosa e representa a cidade de Campinas com muito orgulho e amor. Hoje e Sempre Guarani.
O comerciante Leandro Ginefra é um apaixonado pela Ponte Preta. Acompanha os jogos sempre que é possível. Tem muita história para contar e guardar no coração. E são esses relatos que estão presentes nesta conversa com a reportagem do Esportes Já. Acompanhe:
Por que você escolheu a Ponte Preta como time do coração?
Como muitos, acabei sendo doutrinado pelo meu pai que é fanático e doente pela Macaca. Unindo essa paixão, o calor da torcida e a massa incentivando... sempre foi algo de arrepiar.
Que recordações você tem da primeira vez que esteve no Estádio Moisés Lucarelli?
Não me recordo exatamente, pois eu era muito novo, mas lembro de ir ao estádio acompanhado do meu pai e do meu avô. Inclusive foi uma data festiva onde meu avô deu a volta no estádio com seu Ford 1929 numa exposição de carros. Estamos falando de aproximadamente 35 anos atrás.
Que jogo é inesquecível para você? Por quê?
Um jogo inesquecível, sem dúvida nenhuma, foi a final da Sul-Americana no Pacaembu. Ver a fila de ônibus chegando em São Paulo com a macacada e a sentir a energia dentro do estádio foi surreal (no dia 4 de dezembro de 2011, a Ponte Preta disputou a decisão da Copa Sul-Americana no Estádio do Pacaembu. O jogo terminou empatado em 1 a 1 diante de um público de 28.244 pagantes).
Que partida você prefere esquecer? Por quê?
Uma partida que gostaria de esquecer foi aquele jogo entre Ponte e São Paulo no Majestoso que o Piá sofre uma falta e cai na nossa área com a mão na bola e o juiz Paulo Cesar de Oliveira dá pênalti para o São Paulo, porque ali eu começava a entender os lados obscuros do futebol (o jogo foi realizado no dia 24 de novembro de 1999 e o São Paulo venceu por 3 a 2 no Estádio Moisés Lucarelli. O jogo foi válido pelas quartas de final do Campeonato Brasileiro).
O que não pode faltar em jogo da Ponte Preta?
Não pode faltar aquela resenha com todos os amigos da Torcida Uniformizada Serponte, a qual sempre fiz parte! Pessoal que há anos conheço e sei o quanto sofrem e vivem para e por amor à Ponte Preta.
Qual o principal jogador da história da Ponte Preta? Por quê?
Eu não costumo vangloriar ídolos que não presenciei. Considero o Piá um ídolo que para mim marcou uma época e quando entrava em campo lutava e se entregava. Ponte Preta é isso! Entrega e raça. Ele sempre nos representou!
Qual o técnico inesquecível da história da Ponte Preta?Por quê?
Essa não tem como ser apenas um. Abel Braga e Jorginho. O primeiro segurou o rojão quando estávamos a beira do abismo e o segundo nos deu a chance de acreditar que podemos, sim, chegar no tão sonhado título (Abel Braga dirigiu a Ponte Preta durante a temporada de 2003, enquanto Jorginho foi técnico da Macaca na Copa SulAmericana de 2013).
Que jogador que atuou pelo Guarani que você gostaria que tivesse jogado pela Ponte Preta?
Um jogador que esteve no rival que gostaria que tivesse jogado na Macaca, até pela sua forma de atuar, seria Djalminha. Inclusive acho que pelo seu jeito marrento, "malandro", era muito mais a cara da Ponte Preta.
Qual o gol mais bonito ou marcante anotado pela Ponte Preta e que você presenciou ao vivo no estádio?
Acho que marcante foi o gol do Marco Aurélio (Jacozinho) do meio de Campo contra o Atlético Mineiro em 2000, onde ganhamos por 3 a 2 no Majestoso (o gol foi marcado no dia 27 de agosto de 2000. Marco Aurélio Jacozinho anotou o terceiro gol da vitória da Ponte Preta sobre o Atlético Mineiro por 3 a 2. O jogo foi válido pela 5ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro de 2000, denominado de Copa João Havelange pelo Clube dos 13).
Como torcedor, o que significa o dérbi para você?
Dérbi significa emoção, garra, vontade, força, vitória. Dérbi significa levar pra dentro de campo todo sofrimento e paixão de uma torcida diferenciada que fez com o sangue e suor de suas mãos seu próprio estádio!
Como você definiria o seu rival o Guarani?
Galinhada.
“SER PONTEPRETANO É FAZER PARTE DE UMA TORCIDA QUE TEM UM TIME”
Leandro Ginefra
Complete a frase. Ser pontepretano é...
Fazer parte da torcida que tem um time. Time esse que quase sempre não corresponde à nossa paixão, mas que, a gente não desiste nunca de apoiar, amar e idolatrar. O sentimento de ser pontepretano é surreal. Hoje não vivemos de títulos do passado e muito menos com sonho de um título no futuro, vivemos nossa paixão no presente. Afinal, paixão não se explica. Se vive!
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