A ideia principal dos organizadores foi dar um foco de paz e inclusão
Com dois gols marcados, Valencia foi o nome do jogo de abertura da Copa do Mundo do Catar (Estadão Conteúdo)
A Copa do Mundo do Catar foi oficialmente aberta neste domingo (20) com uma cerimônia que misturou modernidade e tradição e teve Morgan Freeman como estrela. O experiente ator americano abriu o evento e, com uma imagem de sobriedade, pediu tolerância, paz, inclusão e união dos povos.
A mensagem ocorre como uma resposta da Fifa e do país-sede às críticas pelas acusações de direitos humanos da nação muçulmana, a primeira do Oriente Médio a sediar um Mundial na história.
A ideia principal dos organizadores foi dar foco num discurso pacífico e que abrace todos os povos em um país acusado de violação de direitos humanos, de discriminar mulheres e homossexuais e de manter em condições precárias os trabalhadores imigrantes que trabalharam nas obras do Mundial. "Com tolerância e respeito podemos viver em harmonia juntos", discursou Morgan Freeman, com um ar de sobriedade.
A cerimônia começou às 17h40, no horário local, e durou 30 minutos. Foi aberta com a voz de Morgan Freeman, o apresenta principal da celebração, e terminou com um discurso breve em árabe do emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani.
O espetáculo uniu modernidade, com efeitos visuais e um show de luzes, com a tradição da cultura árabe, apresentando a música catariana do cantor Fahad Al-Kubaisi. A outra estrela musical convidada a se apresentar foi o sul-coreano Jeon Jungkook, astro da banda BTS, famoso grupo do k-pop. Também participaram do evento o embaixador da Copa do Mundo, Ghanim Al Muftah, e a cantora Dana, que, como Fahad, é nascida no Catar.
Todas as 32 nações foram representadas com bandeiras e camisas. No fim, também tocaram outras famosas músicas de Mundiais anteriores, como Waka Waka, da cantora colombiana Shakira, considerado o maior hit da história das Copas.
Bola rolando
Sentindo-se em casa, como se estivesse jogando na altitude de Quito ou ao nível do mar, em Guayaquil, o Equador passeou no meio do deserto do Catar, onde fica a belíssima tenda árabe com capacidade para 60 mil pessoas. Inspirado, Enner Valencia abriu o placar de pênalti. Depois, ampliou usando a cabeça e praticamente resolveu a partida em 45 minutos. O Catar perdeu uma chance clara no fim da etapa inicial, mas sequer finalizou a gol no primeiro tempo.
FICHA TÉCNICA:
CATAR 0 X 2 EQUADOR
CATAR: Al Sheeb; Pedro Miguel, Hassan, Khoukhi, Al-Rawi e Ahmed; Hatem, Boudiaf e Al-Haydos (Waad); Afif e Ali (Muntari). Técnico: Félix Sánchez.
EQUADOR : Galíndez; Preciado, Torres, Hincapié e Estupiñán; Méndez, Caicedo (Franco), Plata e Ibarra (Sarmiento); Valência (Cifuentes), Plata e Estrada (Rodríguez). Técnico: Gustavo Alfaro.
GOLS - Valencia, aos 16 e aos 32 minutos do primeiro tempo.
CARTÕES AMARELOS - Al Sheeb, Ali, Caicedo, Boudiaf, Méndez, Afif
ÁRBITRO - Daniele Orsato (Itália).
RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.
LOCAL - Estádio Al Bayt, em Al Khor (Catar).