PONTE

Queda para a Série C pode tirar torcida do Majestoso

Na Série B, média de público registrou crescimento pelo terceiro ano

Elias Aredes
29/11/2024 às 15:51.
Atualizado em 29/11/2024 às 15:51
Torcida espera por time forte para as competições marcadas para 2025 (Álvaro Júnior-Pontepress)

Torcida espera por time forte para as competições marcadas para 2025 (Álvaro Júnior-Pontepress)

O rebaixamento da Ponte Preta à Série C do Campeonato Brasileiro poderá atrapalhar o processo de recuperação de público efetuado ao longo dos anos em competições nacionais. Apesar da queda e do péssimo futebol exibido na segundona de 2024, o clube campineiro registrou pelo terceiro ano consecutivo um crescimento na sua média de público nos 19 jogos realizados no estádio Moisés Lucarelli. 

Na campanha que terminou na quinta colocação em 2018, a Macaca teve média de público de 4.488 torcedores e viu o resultado cair em 2019 para 3.655 torcedores por jogo, um percentual de queda de 18,56%. Nos anos de 2020 e 2021, a Macaca conviveu com a pandemia do novo coronavírus e disputou toda a edição de 2020 com portões fechados. No ano seguinte, a Ponte Preta realizou cinco jogos com público e de maneira controlada para respeitar as normas sanitárias. No final, a média ficou em 2.993 torcedores por partida e um total de 14.964 torcedores em cinco jogos. 

Com a nova administração do presidente Marco Antonio Eberlin, as médias registraram crescimento, apesar dos resultados no gramado terem ficado longe do ideal. Em 2022, a Alvinegra foi comandada por Hélio dos Anjos e somou 49 pontos. Nas arquibancadas, a equipe ficou com média de 4.143 pessoas por partida. O crescimento foi de 13,35%. No ano passado, as 19 partidas no Majestoso, a Ponte recebeu em média 4.502 torcedores, um percentual positivo de 8,66%. A equipe terminou com 42 pontos e na 15ª posição. 

Neste ano, apesar do rebaixamento com 38 pontos, o comparecimento no estádio Moisés Lucarelli aumentou em 2,62%, pois passou de 4.502 para 4.620 torcedores em média a cada confronto. 

Para conseguir viabilizar o resultado positivo, os trunfos utilizados pela Ponte Preta para melhorar o resultado nas arquibancadas foram os bons resultados de bilheteria nos clássicos com o Guarani. Em 2018, o empate sem gols no segundo turno teve presença de 15.053 pagantes. Em 2019, a vitória por 1 a 0, com gols de Matheus Vargas foi presenciada por 16.086 pagantes. Na pandemia, dois dérbis foram realizados com portões fechados e válidos pela Série B. Em 2020, a Alvinegra venceu o principal rival por 2 a 0 e em 2021, o clássico no turno inicial não teve abertura de contagem. 

O público retornou em 2022, quando no segundo turno, a Alvinegra venceu por 1 a 0. O gol de Fessin foi presenciado por 16.850 torcedores. No ano passado, no turno inicial, o clássico ficou no placar de 1 a 1 e com gols anotados pelos centroavantes Jeh e Bruno Mendes. O borderô registrou a presença de 11.726. 

A derrota ocorrida para o Guarani pelo placar mínimo na Série B deste ano teve 16.762 torcedores presentes. Desde 2018, os dérbis são realizados com torcida pública. A decisão foi tomada pelo Ministério Público. 

O resultado deste ano foi incrementado também por promoções que atraíram o torcedor ao Majestoso. Exemplo disso ocorreu no Dérbi 208, quando as arquibancadas tiveram o preço fixado em R$ 10, desde que o torcedor estivesse vestido com a camisa da Ponte Preta.

Time

Para que este bom resultado não seja perdido, o técnico Alberto Valentim assegura que a diretoria prometeu a montagem de uma forte e competitiva equipe. "O presidente (Marco Antonio Eberlin), nas primeiras conversas, falou que a ideia é pensar em um time forte já para o Paulistão, fazendo o sacrifício. Obviamente, depois tem que projetar a Série C. A ideia é de acesso, não podemos fugir disso", disse Valentim. 

Ele não escondeu a sua pretensão de contar tanto com o armador Elvis como com o centroavante Jeh, que estiveram em alta com a torcida pontepretana em boa parte da temporada. "São dois jogadores muito importantes, dois jogadores que eu pretendo contar. Com o Jeh não trabalhei, o Elvis, sim, e tem muita qualidade. Eles estão entre os jogadores que a gente pretende ficar", completou Valentim.

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