Rômulo Amaro substitui de forma temporária André Marconatto (Raphael Silvestre\Guarani FC)
Rômulo Amaro iniciou ontem o seu trabalho como novo presidente do Guarani. O empresário assumiu a vaga de André Marconatto, afastado no dia anterior por problemas de saúde, e já tomou medidas relacionadas a atual e urgente prioridade do clube, que é escapar do rebaixamento na Série B. Em sua primeira entrevista como titular do cargo de forma interina, Amaro afirmou que se reuniu com os jogadores no período da manhã e estabeleceu um pacto de união com o elenco.
“Disse a eles que o Conselho de Administração do clube está junto do time e confia plenamente em cada um dos jogadores. Falei que temos certeza que o Guarani vai escapar”, relatou Amaro, que reforçou durante a entrevista a decisão da diretoria em seguir lutando até o fim, buscando todas as alternativas possíveis para a reversão do atual quadro. “Dentro do nosso grupo temos homens com hombridade e que vão lutar até o último segundo. Estaremos também junto dos atletas, nos jogos, dentro do vestiário, dando apoio com mais energia.”
Segundo Amaro, nenhuma mudança será feita no departamento de futebol no momento. Ele ainda afirmou que reconhece os erros cometidos durante a temporada, mas ressalta a necessidade de evitar apontar os equívocos nessa altura da temporada. “Estamos focados exclusivamente na partida contra o CRB”, explicou, referindo-se ao duelo de segunda-feira, às 21h, no Brinco de Ouro, pela 31ª rodada. “O futebol está blindado”, resumiu.
Amaro assume a presidência na reta final de uma temporada marcada por fracassos no Brinco de Ouro. No Campeonato Paulista, o Guarani escapou do rebaixamento no último jogo e na Série B ocupa a lanterna há 23 rodadas. Allan Aal, atual treinador, é o quinto técnico do ano e Rodrigo Pastana o terceiro executivo de futebol. No total, quase 40 jogadores foram contratados e 11 dispensados.
VICE NÃO ASSUME
Participante de todo planejamento da temporada bugrina, Marconatto vinha enfrentando problemas de saúde, que se agravaram, segundo Amaro. Mesmo assim, o presidente interino afirmou que o Conselho de Administração foi surpreendido na quinta-feira com o pedido de afastamento. “Ninguém esperava”, disse. “Mas todos perceberam que ele precisará de um tempo para se recuperar e estamos o apoiando nessa fase.”
De acordo com o regulamento do clube, o cargo era para ser ocupado por Rubens Vicente Junior, que é o vice-presidente, mas ele se recusou a assumir, disse o atual responsável pela cadeira, detalhando os trâmites da transição. “O Rubens alegou que não poderia estar presente da forma como o momento exigia em razão de suas obrigações profissionais. Assim, uma eleição foi realizada entre os integrantes do conselho imediatamente após o pedido de afastamento”, esclareceu Amaro, o escolhido para estar à frente do Guarani nesse final de 2024.
MOISÉS
O novo presidente ainda justificou a posição do clube a respeito do ex-presidente Ricardo Moisés, cujo afastamento definitivo foi anunciado também na quinta-feira. É que desde o início do ano o clube alega que o ex-mandatário não faz mais parte do clube, mas, recentemente ele esteve negociando em nome no Guarani durante reunião da Liga do Futebol Brasileiro (Libra). “Tínhamos 60 dias para dar a resposta a respeito do pedido de desligamento do Ricardo Moisés feito pelo conselho deliberativo e o prazo venceu na quintafeira. A nossa resposta foi pelo afastamento definitivo. Trâmites burocráticos às vezes atrapalham alguns desligamentos”, afirmou.