O presidente bugrino André Marconatto: noites de sono perdidas neste ano (Raphael Silvestre\Guarani FC)
O presidente do Guarani, André Marconatto, anunciou o seu afastamento do cargo na manhã de ontem durante reunião do Conselho de Administração do clube. Ele alega problemas de saúde e será substituído pelo vice-presidente Rômulo Amaro. A mudança foi comunicada em nota publicada no site oficial do Guarani e será esclarecida em detalhes durante entrevista coletiva, hoje, no Brinco de Ouro. Trata-se de mais um capítulo da crise do clube. O time ocupa a lanterna da Série B há 23 rodadas e está próximo do rebaixamento.
“Na manhã desta quinta feira, 10 de outubro, o Conselho de Administração do Guarani Futebol Clube se reuniu para discutir questões importantes para o futuro do clube. Durante a reunião, o presidente André Marconatto anunciou seu afastamento do cargo por motivos de saúde. Desejamos a ele uma rápida e plena recuperação. Em decorrência desse afastamento, definiu-se que Rômulo Amaro ocupará a presidência a partir da presente data”, diz a nota.
Ainda segundo o comunicado, o clube decidiu “pelo desligamento total de Ricardo Moisés, que não exercerá mais nenhuma função junto ao Guarani”. A decisão, afirma a nota, atende a uma determinação do conselho deliberativo. Ex-presidente, Ricardo Moisés era alvo de críticas no Brinco. Ele vinha exercendo o cargo de CEO, que depois foi extinto. Mesmo assim, seguia atuando nos bastidores em nome do Guarani.
O comunicado ainda faz referência à campanha do time na Série B. “O Conselho de Administração do Guarani Futebol Clube pede desculpas à sua imensa e apaixonada torcida pela campanha em curso, e se empenhará em corrigir os erros cometidos”, informa.
Marconatto assumiu a presidência em abril do ano passado e esteve envolvido em todo o processo de planejamento para a atual temporada. Sua última manifestação pública aconteceu no dia 11 de julho, ocasião em que o executivo de futebol, Rodrigo Pastana, foi anunciado como substituto de Toninho Cecílio. Na ocasião, ele assumiu a culpa pelo que chamou de “ano terrível”.
Depois de a equipe conseguir se livrar do rebaixamento no Campeonato Paulista, Marconatto também disse, em entrevista ao Esporte Já, que durante a campanha perdeu noites de sono e encontrou na família o porto seguro para manter o equilíbrio.
TIME
Depois da derrota de virada e com gol no fim para o Botafogo por 3 a 2, quarta-feira, em Ribeirão Preto, o técnico Allan Aal disse que o Guarani precisará de resiliência para escapar do rebaixamento. O resultado deixa o Bugre na beira do precipício. Nos últimos quatro jogos foram três derrotas e um empate. Restam oito partidas para o fim da competição.
“O Guarani não vai sair da atual situação em um ou dois jogos. Vai sair mais pra frente, no fim, talvez um pouco antes, não sei. Mas temos condições, estamos sendo superiores aos adversários”, diagnosticou antes de fazer uma convocação aos atletas publicamente, como quem estabelece os sacrifícios inerentes à sobrevivência numa guerra. “É hora de deixarmos família e amigos de lado e focarmos apenas nos jogos.”
Allan revelou o clima no vestiário depois do jogo em Ribeirão Preto. “Era uma irritação e uma revolta com nós mesmos. Foi uma virada que doeu e tem que doer. Só nós podemos reverter a situação na qual nos colocamos”, afirmou o treinador, que pede o apoio da torcida diante do CRB, segunda-feira, às 21h, no Brinco de Ouro, no terceiro confronto direto seguido do Guarani na luta contra a degola. O adversário, hoje, abre o Z-4.
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