Defesas predominaramsobre ataques poucos inspirados dos dois times (Tiago Meneghini/ACF)
Em jogo disputado e cheio de erros técnicos, Chapecoense e Ponte Preta ficaram no empate sem gols, em jogo realizado na tarde de ontem na Arena Condá, em Chapecó, válido pela Série B do Campeonato Brasileiro. O resultado leva a Alvinegra para seis pontos e na 14ª posição. O próximo desafio será no domingo, às 16 horas, contra o Ituano, novamente na casa do adversário.
A demora na realização da partida serviu para estimular o mistério e abrir espaço para mudanças no time titular pontepretano. Emerson, que está desde o início da temporada, ganhou a posição de titular, enquanto Lucas Buchecha recebeu oportunidade. Para radicalizar, o técnico João Brigatti abriu mão de Matheus Régis no setor ofensivo e preencheu o setor de meio-campo. E com um trunfo: a presença de Jeh no banco de reservas.
A Chapecoense usou as arquibancadas como trunfo e concedeu entrada gratuita para quem chegasse com 15 minutos de antecedência para o início do confronto. Inflamado pelo incentivo extra, a equipe catarinense teve movimentação e contava com o toque diferenciado de Giovanni Augusto, acompanhado por Foguinho e JP Galvão, atentos ao trabalho pelos lados. Para a Ponte Preta, bastava o lançamento longo para a bola cair no pé de Elvis e a tentativa de complemento de Gabriel Novaes.
A estratégia tinha um erro: o posicionamento adiantado da zaga, principalmente de Sérgio Raphael. O quadro só não ficava mais dramático devido aos erros de posicionamento dos atacantes da Chapecoense, o que impedia a conclusão e abertura de placar. Existia outro desafio: a facilidade com que a Chapecoense tomava a bola dos atacantes pontepretanos e puxava os contra-ataques. Tudo isso seria alterado se aos 52 minutos o lançamento de Elvis fosse aproveitado por Gabriel Novaes. O chute foi defendido pelo goleiro Matheus Cavichiolli.
O segundo tempo foi encarado como uma tentativa de ressurreição por parte dos dois técnicos. Umberto Louzer quis injetar vitalidade com as entradas de Mailton e Marcinho enquanto que a Alvinegra apostou novamente na força de marcação de Ramon Carvalho.
Os efeitos positivos foram detectados nos anfitriões, que começaram a exigir defesas de Pedro Rocha.
Para piorar o quadro, aos 17 minutos, a Macaca perdeu uma opção no banco de reservas. Matheus Régis se desentendeu com o árbitro Bruno Pereira Vasconcelos e foi expulso.
Na tentativa de criar um alívio, Dodô foi acionado a partir dos 27 minutos. Aos 34 minutos, em uma tacada só, entraram o centroavante Jeh e o atacante Renato. Apesar de oportunidades criadas, o time catarinense ficou próximo gol da vitória aos 39 minutos, em chute de Marlone e espalmado por Pedro Rocha. Jeh e Dodô desperdiçaram suas conclusões e o jeito foi a de conformar-se com o empate. “Depois de todas as circunstâncias que aconteceu (atraso na chegada Chapecó) nos conseguimos chegar para descansar. Um ponto sempre é bom fora de casa.”, disse o armador Élvis.
FICHA TÉCNICA
CHAPECOENSE 0 x 0 PONTE PRETA
CHAPECOENSE: Matheus Cavichiolli, JP Galvão (Ronaldo Mendes), Doma, Bruno
Leonardo e Mancha; Foguinho (Régis), Carvalheira, Giovani Augusto (Mailton) e
Thomás (Marlone); Marcinho (Rômulo) e Mário Sérgio. Técnico: Umberto Louzer
PONTE PRETA: Pedro Rocha; Igor Inocêncio, Luis Haquín, Sérgio Raphael e Gabriel
Risso; Dudu Vieira (Dodô), Emerson (Emerson Santos), Lucas Buchecha (Ramon) e Elvis; Iago Dias (Renato) e Gabriel Novaes (Jeh). Técnico: João Brigatti
Cartões Amarelos: Doma, Ronaldo Mendes (Chapecoense)/ Pedro Rocha, Haquin (Ponte Preta)
Cartões Vermelhos: Matheus Régis (Ponte Preta)
Renda: R$ 100.780
Público: 5254
Juiz: Bruno Pereira Vasconcelos
Local: Arena Condá, em Chapecó
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