Nenê Santana tem a missão de tirar a equipe do sufoco (Rogério Capela)
A derrota de virada para o Paysandu por 2 a 1 e a entrada na zona de rebaixamento com o triunfo do CRB diante do Ituano (2x1) fez a Ponte Preta mirar suas atenções para os cálculos e probabilidades que necessitará alcançar para escapar do rebaixamento à Série C, divisão que não disputa desde 1990.
Os principais especialistas de cálculos matemáticos são unânimes em afirmar que hoje as equipes do Guarani, Ituano e Brusque estão virtualmente rebaixadas, enquanto a Macaca desponta como a equipe candidata a ocupar a quarta vaga.
Pelas contas do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais, o risco da Ponte Preta está em 56,5%. Tristão Garcia, responsável pela página Infobola crava em 57% as chances da Alvinegra terminar entre os quatro últimos colocados. Marcelo Leme Arruda, do site Chance de Gol, por sua vez, estipula em 44,2% o percentual de queda do time campineiro.
Sobre o calendário de jogos, a primeira chance da Ponte Preta sair do atoleiro será no dia 11 de novembro, quando vai até Goiânia encarar o Vila Nova, com 52 pontos, mas sem possibilidade de acesso. No dia 16, será a vez de encarar o Sport, no estádio Moisés Lucarelli. A equipe pernambucana está com 59 pontos e tem ambições de acesso e de título. A participação será encerrada contra o Avaí, no estádio da Ressacada, em data a ser confirmada pela CBF. Para respirar aliviada, a Ponte Preta terá que contar com um tropeço do CRB, atualmente com 39 pontos. No sábado, a equipe alagoana, treinada por Hélio dos Anjos, vai enfrentar o Goiás, no estádio Rei Pelé. No dia 17 de setembro, o Galo alagoano encara o Santos na Vila Belmiro. A despedida será contra o Operário, em casa.
Além de verificar o desempenho do concorrente direto, a Alvinegra terá que observar se os pontos conquistados serão suficientes para sacramentar a permanência.
Segundo o Departamento de Matemática, na UFMG, quem terminar com 38 pontos estará rebaixado. Se somar dois pontos, a Ponte Preta terminará com 40 pontos e com risco de 87,59%. Com 41 pontos, o percentual de queda ficaria em 62,88%. Se igualar o desempenho do ano passado, com 42 pontos, ainda existe a perspectiva de disputar a Série C, pois a possibilidade seria de 36,09%.
Se terminar com 43 pontos, o perigo desce para 11, 98%. Com duas vitórias e o alcance de 44 pontos, não há o que temer: a porcentagem ficaria em 3,16%.
RETROSPECTO
Um aspecto poderá ajudar a Ponte Preta na luta contra o rebaixamento. Nesta década, nas três rodadas decisivas da Série B, a equipe somou, no mínimo, quatro pontos. Em 2021, sob o comando de Gilson Kleina, a equipe perdeu do Londrina por 2 a 1 e na sequência bateu o Confiança (SE) pelo placar mínimo e no encerramento ganhou do Coritiba por 3 a 2. Sob a direção de Hélio dos Anjos, em 2022, após perder em casa para o CSA por 2 a 0, a Ponte Preta empatou com o Criciúma por 1 a 1 e na rodada final ganhou do Náutico por 1 a 0 no estádio dos Aflitos. Tanto em 2021 como em 2022, a Macaca terminou a Série B com 49 pontos.
No ano passado, a arrancada empreendida nos três jogos finais foi decisiva para escapar da degola. Após ganhar do Tombense, fora de casa, com gol de Elvis, a Alvinegra arrancou um empate sem gols com o Juventude em Caxias e encerrou sua participação com uma vitória por 3 a 0 sobre o CRB.
MATEMÁTICA
Na classificação geral, a equipe está na 17ª colocação com 38 pontos. No returno, a Alvinegra está na lanterna com 12 pontos.
Ao fazer um recorte da classificação das últimas 10 rodadas, o saldo não é positivo: a Ponte Preta está na 18ª posição com nove pontos ganhos.
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