Rodrigo Pastana vai liderar o processo de reformulação para 2025 (Raphael Silvestre\Guarani FC)
O Guarani termina a temporada 2024 e começa a de 2025 com várias incertezas, envolvendo elenco e comissão técnica após o rebaixamento à Série C consumado. Por outro lado, sobre uma questão não há dúvidas dentro do clube: Rodrigo Pastana será o executivo de futebol. O profissional, que já foi protagonista de momentos importantes do Bugre, retornou em julho deste ano e agora se fortalece no Brinco de Ouro, apesar de a equipe não ter conquistado a permanência na Série B.
Sua experiência diante de um Conselho de Administração abalado por mudanças significativas é enxergada dentro do Guarani como essencial na reestruturação para 2025. "A reformulação se dará pelo estudo do que aconteceu, envolvendo erros e acertos. Vamos analisar primeiramente o orçamento para fazer todas as contratações, remodelações e reformulações no âmbito de atletas, corpo técnico e estrutura", disse Pastana no último dia 14, dois dias após o rebaixamento consumado. Na ocasião, o profissional estava ao lado de integrantes do CA, liderado por Rômulo Amaro, que começa agora a dar os seus primeiros passos como presidente do clube depois do pedido de afastamento de André Marconatto por motivos de saúde.
Pastana começou sua história no Guarani na campanha do acesso alviverde na Série C de 2016. Em seguida, foi personagem central na recuperação de um time que caminhava para o rebaixamento na Série B de 2022. Ao chegar ao clube, trouxe o técnico Mozart, além de reforços que fizeram a diferença na equipe, que conseguiu se manter na segunda divisão.
Na ocasião, o dirigente foi elogiado por sua capacidade de realizar contratações de bons jogadores a um custo baixo. Assim, participou do planejamento para a temporada seguinte. No início da Série B de 2023, no entanto, deixou o clube após desentendimento com Ricardo Moisés. Agora, o afastamento e o seguido desligamento do ex-presidente e ex-CEO do Guarani abriram as portas para o retorno.
"Foi um erro meu não ter aceitado o primeiro convite para voltar entre o final de maio e início de junho", revelou Pastana. "Eu tinha um compromisso. Estava em Portugal trabalhando para uma empresa que gere dois clubes. Mas, pensando melhor agora, se eu voltasse antes seria benéfico para o clube e para mim como profissional, pois a janela de transferência ainda não estava aberta e as oportunidades de contratações seriam maiores", explicou ele, acrescentando não ter contrato assinado com o Guarani. "Retornei porque gosto de trabalhar aqui. Tenho só um acordo até o final de 2025."
TREINADOR
Neste ano, Pastana foi responsável pela contratação de jogadores que não emplacaram, mas foi ele também quem trouxe Allan Aal, o técnico que comandou o time em uma campanha razoável no segundo turno. O rebaixamento foi resultado do baixo aproveitamento na primeira metade da competição, quando o Guarani somou apenas 11 pontos e foi dirigido por três técnicos e outros dois executivos.
"Contratamos o que se poderia contratar naquele momento", afirmou Pastana ao justificar os reforços adquiridos na última janela. Sobre a permanência de Allan, o executivo deixou a possibilidade no ar. "Sou a favor da continuidade, mas agora teremos um novo cenário, novo orçamento, novos jogadores, uma reformulação de 80% no elenco", ponderou. Qualquer decisão, no entanto, será argumentada e discutida com o CA, garante o homem forte do Guarani hoje. "Não sou monocrático em minhas decisões."