Conselho, liderado por Rômulo Amaro: momento delicado (Raphael Silvestre\Guarani FC)
O iminente rebaixamento do Guarani para a Série C do Campeonato Brasileiro deve gerar para o próximo ano mudanças mais profundas do que uma reformulação no elenco. As movimentações de bastidores apontam para uma alteração no modelo de gestão, que passa por uma reforma no estatuto do clube. Por outro lado, fica a expectativa de como reagirá o Conselho de Administração (CA) diante da pressão da torcida por mudanças no Executivo desde o início da Série B.
A manifestação na arquibancada deve se intensificar na terça-feira, no jogo contra o Amazonas, às 21h, no Brinco de Ouro, que pode consumar o rebaixamento do clube.
Nesta reta final de Série B, o presidente André Marconatto foi afastado do cargo. O motivo alegado foi problema de saúde. Rômulo Amaro assumiu o posto de forma interina e pode ser mantido para a próxima temporada.
No entanto, para seguir no cumprimento do atual mandato, o grupo responsável pela administração do clube terá de mostrar força para superar o abalo e o alto nível de desgaste que sofreu na temporada 2024.
O Conselho recebeu um duro golpe com o desligamento do ex-presidente e ex-CEO Ricardo Moisés, que esteve à frente das principais decisões do clube nos últimos anos, tanto dentro como fora de campo. Agora, o grupo precisará realinhar suas diretrizes ao mesmo tempo em que as cobranças por resultados serão ainda mais fortes.
Por outro lado, o Conselho Deliberativo já trabalha em um anteprojeto que prevê uma reforma estatutária do clube. O objetivo é abrir a discussão para a implantação de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) no Brinco de Ouro. A intenção é que a pauta seja levada para a Assembleia de Sócios ainda neste ano.
Atualmente, todas as forças no Brinco de Ouro se revelam anestesiadas em razão do momento pelo qual passa o time. Ainda em busca de digerir a amarga queda, que se consumará nos próximos dias, as lideranças mantêm silêncio.
DINHEIRO
Um dos impactos imediatos do rebaixamento no clube será nas finanças, o que demandará agilidade do departamento de futebol para a montagem de um elenco capaz de alcançar uma reviravolta em 2025.
O grupo de jogadores deve ser praticamente todo reformulado, mas atletas titulares, como o artilheiro Caio Dantas e o volante Matheus Bueno, têm vínculos mais longos, até 2025, e, a princípio, terão de se adequar ao novo perfil financeiro para cumprirem seus contratos.
Entre as negociações já encaminhadas está a do terceiro goleiro Douglas Borges, que tem 14 jogos pelo Guarani desde o ano passado. Ele tem um précontrato assinado com o Náutico, que também teria interesse no zagueiro Matheus Salustiano.
Já o técnico Allan Aal encerra seu compromisso com o Guarani no final do campeonato e, em caso de permanência, a renovação é automática. O clube deve fazer um esforço para mantê-lo de olho na disputa do Campeonato Paulista.
JOGOS
O Guarani volta a campo na terça-feira e Allan Aal quebra a cabeça para montar a equipe. O zagueiro Matheus Salustiano e os volantes Gabriel Bispo, Pierre e Anderson Leite terão de cumprir suspensão. Já os atacantes João Victor e Bruno Mendes, que deixaram o campo machucados no último jogo, são dúvidas, assim como Luan Dias, vetado na última partida em razão de trauma na panturrilha.
Alguns jogadores, já em fim de contrato, nem devem mais ser relacionados para os últimos jogos. Depois do Amazonas, o Guarani visita o Brusque e encerra sua participação na temporada em casa, diante do Ceará.
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