O lateral direito Heitor deve seguir improvisado no meio de campo (Raphael Silvestre\Guarani FC)
Depois de quebrar um tabu no Dérbi do Majestoso de 15 anos, o Guarani desafia outra escrita no duelo contra o Sport, amanhã, às 21h30, no Recife, pela 33ª rodada da Série B. Afinal, a última vitória bugrina sobre o adversário na capital pernambucana aconteceu há 23 anos. No dia 4 de novembro de 2001, a equipe de Campinas fez 1 a 0 diante do rival rubro negro, na Ilha do Retiro, com gol de Fumagalli, em partida válida pela Série A do Brasileiro. Após esse confronto, as duas equipes se enfrentaram seis vezes no Recife, com o retrospecto de cinco vitórias dos mandantes e um empate.
Considerando-se o jejum dentro da Ilha do Retiro, a casa do Sport e o local do jogo de amanhã, os números do Guarani são ainda piores, pois apontam apenas derrotas. É que o único empate no período foi registrado na Arena Pernambuco, em o confronto disputado no dia 29 de julho de 2019 terminou em 1 a 1.
Nesse intervalo de tempo sem vitórias sobre o Sport no Recife, o Guarani sofreu uma das derrotas mais acachapantes de sua história. Em 19 de agosto de 2006, a equipe foi goleada por 8 a 1 em duelo válido pela Série B.
Curiosamente, Fumagalli também marcou nesse jogo e duas vezes, mas na época ele jogava no time pernambucano. Só Adriano Magrão anotou cinco. O outro gol foi de Marco Antônio e Edmílson anotou para os visitantes. Naquele campeonato, o Guarani foi rebaixado para a Série C.
Considerando todos os jogos entre ambos no Recife, o Guarani conquistou cinco vitórias, obteve o mesmo número de empates e sofreu 12 derrotas. Já no retrospecto geral, prevalece o equilíbrio. No total, são 15 vitórias para cada lado e 16 empates em 46 partidas, com 54 gols marcados pelo Bugre e 51 pelo Sport.
O primeiro confronto da história foi um amistoso disputado em 1956, no Brinco de Ouro, com triunfo dos visitantes por 2 a 1. E o último, pelo primeiro turno desta Série B, em Campinas, terminou com derrota bugrina por 1 a 0.
Difícil
O técnico Allan Aal projeta um duelo difícil amanhã, não só em razão da qualidade do adversário, que iniciou a rodada na vice-liderança, mas também pela força da torcida local. "Sei como é a pressão de jogar lá, mas a nossa participação no Dérbi já serve como um direcionamento psicológico de como encarar um estádio totalmente contra", disse, lembrando que o Guarani triunfou em cima da Ponte, mesmo com a pressão das arquibancadas em mais um clássico campineiro de torcida única.
Vetados pelo departamento médico antes do Dérbi em razão de lesões musculares, o goleiro Pegorari e o volante Anderson Leite seguem como dúvidas. A tendência, no entanto, é que Allan Aal mantenha a formação de linha que iniciou o jogo contra a Ponte Preta, com o lateral-direito Heitor improvisado no meio de campo. Já no gol, Pegorari deve substituir Vladimir caso esteja recuperado.
O elenco tem sete jogadores pendurados com dois cartões amarelos: o lateral-direito Pacheco, o zagueiro Douglas Bacelar, os volantes Gabriel Bispo, Anderson Leite, Matheus Bueno e Pierre e o atacante João Victor. Caso um deles seja advertido amanhã, desfalcará o time no jogo contra o Novorizontino, terça-feira, às 21h, no Brinco de Ouro.
Com duas vitórias seguidas, sobre o CRB e Ponte Preta, o Guarani vai precisar ampliar a sequência positiva para escapar do rebaixamento nesta reta final de Série B. O time segue na lanterna, com 31 pontos, a cinco do Botafogo, primeira equipe fora do Z-4. Segundo o site Chance de Gol, o risco de queda do time é de 90,2%.