Em conversa com a imprensa, presidente da Ponte analisa erros em sua gestão e nas anteriores
Marco Eberlin respondeu perguntas de jornalistas e assumiu parte da culpa do rebaixamento da Macaca (Diego Almeida/PontePress)
Marco Antônio Eberlin cumpriu a promessa e conversou com imprensa para conceder a primeira entrevista após o rebaixamento da Ponte Preta no Campeonato Paulista.
O presidente renovou os pedidos de desculpa pela queda inédita da Macaca a nível estadual no século XXI e revelou ter tomado ações imediatas de olho na Série B do Campeonato Brasileiro.
“Ao torcedor pontepretano, mais uma vez, eu reitero o meu pedido de desculpas. Eu sou o comandante da instituição e não gostaria de estar na segunda divisão do Campeonato Paulista, como nenhum outro torcedor pontepretano gostaria. Tivemos imensas dificuldades. Creio que, no momento de forte emoção de todos, o melhor era eu comparecer falar um ou dois dias depois, com a cabeça mais fria, para poder passar pelas indagações”, comentou.
“Na noite de sábado, eu me reuni com o Hélio dos Anjos e com alguns membros da comissão técnica para continuar a traçar as chegadas e as saídas de atletas e a reformulação para o Campeonato Brasileiro. Tudo é para tentar mudar a cara da equipe, mais uma vez, porque eu prometi que quero um time vibrante, pulsante e com a cara do torcedor. Infelizmente, isso não ocorreu nesse Campeonato Paulista. Nós vamos trabalhar para que já ocorra no Campeonato Brasileiro”, emendou.
O mandatário minimizou a possibilidade de mudança no Departamento de Futebol ou comissão técnica da Alvinegra nas próximas semanas e analisou os erros cometidos no início de mandato.
“Pode ocorrer alguma coisa fora das quatro linhas, mas é pontual. Não tem essa expectativa. Sobre os erros cometidos por essa diretoria, nós apostamos de forma errada em alguns jogadores. Eu disse que esse erro vem devido à urgência de montagem. Vão haver erros de novo. Pode ter certeza. Todo clube tem erro. Eu acho que os erros vão diminuir”, analisou.
“Vai diminuir a margem de erro. Esses foram os erros que nós cometemos. As apostas que nós fizemos foram de forma equivocada, mas acredito que também não serve de justificativa. Houve falta de tempo e a emergência de colocar uma equipe para treinar e disputar o Campeonato Paulista. Talvez, teve uma demora na substituição de treinador. Eu não gosto de trocar técnico. Eu não gosto de responsabilizar somente uma pessoa pelos erros que são cometidos. Por isso, eu dei toda chance possível ao Gilson, mas, talvez, ali eu demorei um pouquinho”, adicionou.
Grana
Eberlin revelou que a ajuda de investidores nas primeiras semanas do ano foram fundamentais para Ponte Preta manter os salários em dia.
“Foi feito investimento, porque a condição da Ponte Preta é precária. A casa só está em ordem porque houve investimentos. Muitas vezes, compromissos com cláusulas de confidencialidade que não podem ser divulgados. Se não fossem os investidores, a Ponte não teria honrado os seus compromissos. A Ponte está com o salário em dia. A Ponte colocou muita coisa que não funcionava em prática devido a essa situação”, destacou.
“Talvez, vinham preparados para fazer um investimento mais forte no Departamento de Futebol, mas isso não pôde ser feito devido a compromissos aqui anteriormente assumidos que eu tive que honrar. Os investidores chegaram”, prosseguiu.
O presidente também condicionou o momento delicado vivenciado pela Ponte Preta fora dos gramados como consequência das gestões anteriores.
“O que atrapalha esse investimento foram anos e anos de irresponsabilidade na Ponte Preta. É lógico que eu também sou responsável por eles, porque sou presidente do clube e tenho que responder. Então, em muitas vezes, o dinheiro é aportado aqui é até bloqueado, inclusive, por ações de ex-dirigentes que cobram o clube”, finalizou.