Problemas que pareciam resolvidos reaparecem na derrota para o América
Allan Aal chama a atenção para os confrontos diretos: “farão a diferença” (Raphael Silvestre/Guarani FC)
Além de perder a invencibilidade no segundo turno, o Guarani, pela primeira vez, sofreu mais de um gol em uma partida nessa segunda metade da Série B. Antes da derrota por 3 a 0 diante do América-MG, no domingo, o time havia sido vazado apenas duas vezes em quatro jogos. A defesa mostrou evolução depois de ser o ponto mais vulnerável na péssima campanha do primeiro turno. Agora, voltou a mostrar falhas que pareciam ter ficado no passado.
O passe errado na defesa, que fez o América abrir o placar, lembrou o lance do segundo gol do Avaí, na derrota do Guarani por 3 a 2, em Florianópolis, na 10ª rodada. Depois, o time de Campinas foi vazado em jogada de contra-ataque, ao desperdiçar lance de escanteio, repetindo o que aconteceu na derrota por 3 a 1 contra o Ceará, em Fortaleza, na última rodada do primeiro turno, que marcou a estreia do técnico Allan Aal. O Guarani foi para o intervalo em Belo Horizonte perdendo de 2 a 0.
O treinador reconheceu que houve erros defensivos coletivos e individuais nos gols sofridos contra o América. “Primeiro, levamos o gol em uma saída equivocada e ainda tivemos a infelicidade de a bola desviar no chute, tirando completamente a possibilidade de defesa do Vladimir. Depois, tomamos o segundo após uma jogada de escanteio a nosso favor. Isso irrita e irrita bastante. A gente tinha a possibilidade de fazer o gol e acaba cedendo o contra-ataque”, avaliou. Já o terceiro do América, marcado no final da partida, foi resultado de uma desorganização da equipe, diz Allan. “Nos lançamos de forma desorganizada à frente”, comentou.
Apesar de reconhecer a superioridade do América no duelo, Allan acredita que o placar não refletiu o jogo. “Tivemos o controle no segundo tempo e, inclusive, no começo da partida tivemos a possibilidade de abrir o placar”, lembrou. Para ele, o resultado adverso não pode abalar a campanha de recuperação que a equipe faz no segundo turno. “Precisamos manter a confiança e a convicção no trabalho. O que fizemos até aqui não foi por acaso. Houve méritos”, salienta. Antes de perder do América, o Guarani venceu o Vila Nova, a Chapecoense e o Coritiba por 2 a 0, 4 a 0 e 2 a 1, respectivamente, e ficou no empate por 1 a 1 diante do Santos. No returno, a equipe tem ainda uma partida a menos, que será realizada contra o Botafogo, em Ribeirão Preto, no dia 9 de outubro.
Allan garante que o fim da série invicta não mudará o planejamento do clube na busca para sair da zona de rebaixamento. A equipe segue na lanterna, a quatro pontos do Ituano, o primeiro time fora do Z-4. “Seguimos com a projeção de encarar cada jogo como uma decisão”, avisou, acrescentando, no entanto, que os duelos contra os ameaçados serão os mais importantes. “Os confrontos diretos farão a diferença”, destacou. “O campeonato está chegando em um momento decisivo no qual começam a se definir de forma mais clara algumas situações e nossa margem de erro é muito pequena.”
FORA DE CASA
A próxima partida volta a ser fora de casa e contra um adversário que tenta se afastar do grupo dos ameaçados. Na Curuzu, o time enfrenta, no sábado, o Paysandu, que soma 27 pontos, apenas dois à frente da zona da morte. Três dias depois, o Guarani joga em casa. O adversário será o Mirassol, que ocupa a terceira colocação.
Para a sequência da temporada, Allan aguarda a posição do departamento médico sobre o atacante Airton, que deixou o campo no Independência ainda no primeiro tempo com desconforto no joelho. O jogador já havia sido substituído na partida anterior, contra o Coritiba, com dores, mas exames durante a semana passada descartaram lesão. A preocupação na ocasião era de uma possível contusão muscular.
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