RISCO DE QUEDA

Brigatti volta e tem missão de salvar a Ponte Preta

Objetivo é somar os pontos necessários para tirar Macaca do Z-4

Elias Aredes Jr.
07/11/2024 às 14:32.
Atualizado em 07/11/2024 às 14:50
Em sua última passagem, Brigatti teve aproveitamento de 38,09% (Marcos Ribolli / PontePress)

Em sua última passagem, Brigatti teve aproveitamento de 38,09% (Marcos Ribolli / PontePress)

Em uma última tentativa para evitar um inédito rebaixamento para a Série C na era dos pontos corridos, a Ponte Preta anunciou oficialmente na tarde de ontem o retorno de João Brigatti para comandar a equipe profissional nos jogos contra o Vila Nova, segunda-feira, às 18h30, na casa do oponente, e diante do Sport, no Majestoso, no dia 16, e contra o Avaí, em Florianópolis, dia 24 (a ser confirmado pela CBF).

O treinador reassume a equipe na 17ª posição com 38 pontos e um ponto atrás do CRB, que é o 16º colocado. A decisão foi tomada após a derrota para o Paysandu por 2 a 1, quando o então Nenê Santana não quis participar da entrevista coletiva e foi amparado pelo presidente Marco Antonio Eberlin, que deu uma declaração aos jornalistas.

A mudança foi confirmada em comunicado enviado à imprensa. "O treinador se apresentou na manhã desta quartafeira (6), comandou um treinamento técnico/tático e assume a equipe na reta final da Série B do Campeonato Brasileiro", disse o texto.

Após conseguir classificar a equipe para as quartas de final do Campeonato Paulista deste ano e ser eliminado após derrota para o Palmeiras por 5 a 1, João Brigatti teve um início irregular na Série B, com saldo de uma vitória, três empates e três derrotas, o que produziu um aproveitamento de 28,57% e a saída para contratação de Nelsinho Baptista. Após acertar sua saída, no dia subsequente a derrota para o Ituano por 2 a 0, o treinador deixou a equipe com seis pontos e fora do Z4. No retrospecto geral, João Brigatti teve saldo de sete vitórias, 11 empates e 10 derrotas e aproveitamento de 38,09%. Nelsinho Baptista saiu com oito vitórias, cinco empates e 12 derrota e 38,6% dos pontos disputados.

Com um desempenho de pontuação semelhante ao do seu sucessor, João Brigatti tem a missão de repetir o desempenho de suas outras passagens para celebrar a permanência pontepretana. Na sua aparição inicial como técnico interino fixo, em 2017, Brigatti trabalhou em quatro jogos e ficou com 41% de aproveitamento. No ano seguinte, o ex-preparador de goleiros substituiu Doriva, que foi para o São Paulo e em 17 partidas obteve um percentual de 53% dos pontos disputados.

Nova estadia ocorreu em 2020, quando o resultado mais expressivo nos seus 24 jogos como técnico pontepretano foi a de eliminar o Santos nas quartas de final do Paulistão em plena Vila Belmiro. Brigatti terminou sua passagem com 52,70% dos pontos disputados.

Um novo regresso ocorreu no ano passado para trabalhar como coordenador de futebol ao lado de Pintado. Após o fracasso da gestão, Brigatti assumiu às pressas e conseguiu deixar a equipe na 15ª colocação com 42 pontos.

Apesar da falta de confirmação por parte da diretoria executiva, alguns profissionais foram procurados após a saída de Nelsinho Baptista. O primeiro teria sido com Roger Silva ex-atacante da Macaca e que subiu com o Athletic-MG na Série C, mas que teria uma multa rescisória.

NÚMEROS

O desafio de João Brigatti é melhorar os números no segundo turno, pois a equipe está na lanterna desta fase com 12 pontos. Nos 16 jogos do returno, a Alvinegra sofreu 24 gols é uma das piores defesas ao lado da Chapecoense. A defesa mais vazada do returno é do Vila Nova, com 26 gols sofridos. Para o matemático Tristão Garcia, do Site Infobola, a Ponte Preta tem 60% de possibilidades de disputar a Série C em 2025. O risco do CRB está em 23% enquanto Chapecoense está com 20%. Com a vitória obtida fora de casa diante do Brusque, anteontem, o Botafogo chegou aos 42 pontos e ficou com 2%. Para Garcia, o Paysandu tem 1% de chance de cair.

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