PONTE PRETA

Brigatti luta para evitar a maldição do rebaixamento

Técnicos renomados na história da Macaca amargaram queda

Elias Aredes Jr.
15/11/2024 às 15:00.
Atualizado em 15/11/2024 às 15:00

João Brigatti não pode perder pontos nos dois próximos jogos (Diego Almeida/Pontepress)

Quando João Brigatti sentar no banco de reservas para o confronto de amanhã, às 21h30, contra o Sport, no estádio Moisés Lucarelli, ele terá as duas rodadas finais para fugir de uma marca incômoda, que é a de ser o décimo técnico da Ponte Preta que não evitou a queda na rodada derradeira. Na história, comandantes renomados ou novatos amargaram o revés que marcaram suas carreiras. 

No Campeonato Paulista de 1960, a Macaca terminou na lanterna da competição com 17 pontos e na última posição. Naquele período, as vitórias valiam dois pontos. A campanha foi iniciada com Gentil Cardoso, mas com a falta de resultados, a diretoria contratou João Avelino para os 13 jogos restantes, mas não foi possível evitar o fracasso. 

Com nove participações na divisão especial (atual Série A2), a Ponte Preta conseguiu o acesso em 1969 e obteve um período de glórias, com os vices campeonatos no Campeonato Paulista de 1970, 1977, 1979 e 1981, mesmo ano que terminou na terceira posição do Brasileirão. 

A irregularidade voltou em 1986. A Ponte Preta ficou na última posição do Grupo I, na segunda fase, e foi rebaixada sob o comando do técnico Jair Picerni. 

Em âmbito regional, o rebaixamento voltou no Campeonato Paulista de 1987, quando o time caiu com 31 pontos e na penúltima colocação em um torneio de 20 equipes. No início de sua trajetória como técnico, Nelsinho Baptista sentou no banco de reservas na campanha fracassada. Novos descensos foram vividos na temporada de 1995. No Campeonato Paulista, a campanha construída obteve 29 pontos e a equipe terminou na última posição em um campeonato de 16 times. Geninho era o técnico. 

Na Série B não foi possível evitar outro desastre. Com 24 equipes divididas em quatro chaves de seis componentes, a alvinegra ficou na lanterna do grupo, mesmo com a presença de Cilinho. O treinador é o profissional que mais dirigiu a Ponte Preta, com 348 jogos. 

A entrada do empresário Sérgio Carnielli a partir de 1996 e o seu investimento no departamento de futebol profissional proporcionaram acessos na Série B nacional em 1997 e na Série A-2 do Campeonato Paulista. 

O planejamento equivocado voltou a dar as caras em 2006, quando após as passagens de Vadão e Marco Aurélio, a equipe foi dirigida na reta final por Wanderley Paiva e caiu. O retorno à divisão de elite ocorreu em 2011, mas um novo rebaixamento foi colhido em 2013 e com o técnico Jorginho, que apesar do revés saiu em alta com a torcida em virtude do vice-campeonato na Copa Sul-Americana. Na Série A, o time ficou na 17ª colocação com 37 pontos. 

No Brasileirão de 2017, novos erros de planejamento não foram ultrapassados por Gilson Kleina, que deu lugar a Eduardo Baptista, derrotado na penúltima rodada pelo Vitória por 3 a 2 - decretou o descenso. No final, o saldo foi a penúltima colocação com 39 pontos. 

O último rebaixamento da Macaca ocorreu no Campeonato Paulista de 2022. Após salvar a Ponte Preta da queda na Série B de 2021, Gilson Kleina teve uma oferta de continuidade, mas o seu trabalho foi interrompido na oitava rodada do Paulistão, quando perdeu por 3 a 0 para o Guarani, no Brinco de Ouro. Hélio dos Anjos foi contratado, mas não conseguiu evitar o pior nas quatro rodadas restantes e o time terminou com 10 pontos e no Z-2 da competição.

FICHA TÉCNICA 

PONTE PRETA X SPORT 

Ponte Preta: Pedro Rocha; Igor Inocêncio, Sérgio Raphael, Nilson Júnior e Gabriel Risso; Hudson, Emerson Santos , Luiz Felipe e Élvis; Matheus Régis (Gabriel Novaes) e Renato (Dodô). 

Técnico: João Brigatti. 

Sport: Caíque França; Igor Cariús, Rafael Thyere, Chico e Felipinho; Felipe, Julián Fernández e Lucas Lima; Fabricio Domínguez, Barletta e Gustavo Coutinho. 

Técnico: Pepa. 

Juiz: Rafael Rodrigo Klein (FIFA). 

Horário: 21h30 de amanhã (sábado). 

Local: Estádio Moisés Lucarelli.

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