O time do técnico Diego Simeone luta por seu primeiro título do torneio e para superar o trauma deixado nos últimos anos
O Atlético de Madrid largou em vantagem nas quartas de final da Liga dos Campeões. Nesta quarta-feira, a equipe espanhola recebeu o Leicester no Vicente Calderón, pressionou e conseguiu a magra vitória por 1 a 0, que a deixa mais próxima da vaga para mais uma semifinal. O time do técnico Diego Simeone luta por seu primeiro título do torneio e para superar o trauma deixado nos últimos anos. Nas temporadas 2013/2014 e 2015/2016, chegou à decisão da Liga dos Campeões, mas perdeu em ambas para seu maior rival, o Real Madrid. Para ir a mais uma final, no entanto, o Atlético precisa passar pelo Leicester. Com o resultado desta quarta, a equipe pode até perder por um gol de diferença na volta, terça-feira que vem, na Inglaterra, desde que também marque ao menos um, que estará classificado à próxima fase. Para o adversário, será necessária uma vitória por pelo menos dois gols de diferença. Mas se não conseguiu um resultado que o beneficiasse, o Leicester ao menos viu o confronto ficar aberto para a volta. Antes, no entanto, a equipe encara o Crystal Palace no sábado, fora de casa, pelo Inglês. Já o Atlético recebe o Osasuna, também no sábado, pelo Espanhol. O JOGO - As estratégias das equipes ficaram claras desde o primeiro minuto. Precisando da vitória para abrir vantagem, o Atlético foi para cima e pressionou o Leicester, que se fechou na defesa e resistiu enquanto pôde. Logo aos quatro minutos, Fernando Torres recebeu na área, girou e bateu para ótima defesa de Schmeichel. Praticamente no lance seguinte, o goleiro nada pôde fazer e precisou contar com a sorte para que o Atlético não saísse na frente. Koke recebeu na intermediária, ajeitou e encheu o pé de longe. A bola passou por Schmeichel e explodiu na trave direita. A pressão continuou, com boas jogadas de Carrasco e Juanfran nos minutos seguintes. Schmeichel ainda impediu o primeiro em finalizações de Torres e Saúl Ñíguez, mas aos 27 minutos, ele nada pôde fazer. Griezmann arrancou pela esquerda e foi puxado fora da área por Albrighton. O árbitro, no entanto, viu pênalti, que o próprio francês bateu com categoria para marcar. Com a vantagem, o Atlético diminuiu um pouco a pressão, mas seguiu criando as melhores oportunidades. De novo em chute de longe, Koke levou muito perigo aos 37 minutos. O próprio Griezmann também tentou de fora da área e jogou rente ao travessão do Leicester. Somente no segundo tempo, o Leicester deixou um pouco o campo de defesa e levou perigo ao gol de Oblak. Aos 10 minutos, Mahrez arriscou da entrada da área e quase deixou tudo igual. Pouco depois, um bate-rebate na área espanhola sobrou nos pés de Huth, que só não marcou porque foi bloqueado na hora do chute. Mas apesar da necessidade, os ingleses não conseguiram manter a posse de bola para assustar o Atlético, que aos poucos ganhou novamente o campo de ataque e reassumiu o controle da partida. Se já não criava como no primeiro tempo, os donos da casa também não levavam sustos. Nos minutos finais, o Atlético voltou a pressionar, na busca do gol que encaminharia a classificação. Correa encontrava espaços na defesa do Leicester, que parecia mais preocupado em não levar o segundo gol do que em fazer o primeiro. Em duas oportunidades, o argentino chegou perto do gol, mas na hora do passe, faltou o centroavante na área para finalizar para a rede.