Quando foi sondado, Allan Aal estava prestigiado pelo acesso à Série A e tinha um salário viável para o clube (Thomaz Morostegan/ Guarani FC)
A eliminação nas quartas de final do Campeonato Paulista, na última quarta-feira à noite, após derrota nos pênaltis diante do Mirassol, aumentou a pressão de Allan Aal no comando do Guarani.
Principal alvo dos questionamentos da torcida nas redes sociais, o treinador tem, por enquanto, continuidade no cargo ainda indefinida por parte do Conselho de Administração.
Abaixo, a reportagem do Correio Popular traz o que apurou a respeito do futuro do comandante no Brinco de Ouro da Princesa.
De volta
Uma hora depois da queda nas penalidades, a delegação deixou Mirassol no início da madrugada de quinta-feira e retornou para Campinas, onde desembarcou pela manhã, quando todos os profissionais foram liberados para descanso. A reapresentação aconteceu na sexta-feira.
Sem compromisso pelo Estadual ou Troféu do Interior pelas duas próximas semanas, o plantel recebeu folga de três dias - sábado, domingo e segunda-feira -, com reapresentação agendada apenas para terça-feira, desta vez com a cabeça totalmente focada na Série B do Campeonato Brasileiro.
[INTERTITULO]Sob perigo
[/INTERTITULO]É possível afirmar que Allan Aal já esteve muito mais prestigiado junto aos diretores do Guarani do que atualmente - ou seja, risco de queda é o maior desde início do trabalho.
Algumas decisões, tidas como equivocadas ao longo da campanha de classificação no Paulista, fizeram mudar o conceito internamente - antes, Ricardo Moisés e Michel Alves eram os maiores entusiastas do projeto.
A insistência de Andrigo pelo lado direito do campo, especialmente no Dérbi 199 frente a Ponte Preta, a falta de variação tática, conceito pouco ofensivo e as escolhas equivocadas dos cobradores nos pênaltis - ausências de Bidu e Rafael Costa - podem ser fatores preponderantes em um possível desligamento.
[INTERTITULO]Ponto chave
[/INTERTITULO]Michel Alves, superintendente de futebol, e o presidente Ricardo Moisés vão ter o final de semana decisivo para decidir o futuro de Aal no Brinco de Ouro da Princesa.
A ideia é ter uma definição concreta no início da próxima semana, se possível na segunda, seja pela demissão ou pela permanência, o que representaria um voto de confiança para largada da Série B - estreia acontece em 28 de maio, sexta-feira, diante do Vitória, a partir das 19h, em casa.
Mercado
Com os Estaduais ainda em andamento, o mercado de treinador está frio neste momento. A tendência é de que alguns nomes fiquem à disposição antes do início da competição nacional, cuja regra de apenas dois treinadores por temporada entra em vigor nesse ano. Este fato, aliás, faz o departamento de futebol redobrar os cuidados.
Alternativas
Após acerto de Felipe Conceição com o Cruzeiro no fim de janeiro, o Guarani vasculhou o segmento e separou três nomes: Marcelo Chamusca, atualmente no Botafogo, Mozart Santos, fechado com a Chapecoense, e Allan Aal, prestigiado por acesso à Série A do Brasileiro e terceira alternativa por conta do salário mais viável.
Muito mais do que demitir e arcar com o pagamento da multa rescisória, o Bugre tem ciência de que encontraria dificuldade para ter um nome que reúna alguns pontos importantes.
Entre os principais pré-requisitos estão: disponibilidade, perfil ofensivo, custo mensal dentro do orçamento e aprovação da maior parte do Conselho de Administração, além de valorizar os jogadores revelados nas categorias de base.
Sem chance
Procurado, o empresário Alexandre Luz garantiu a continuidade do trabalho de Allan à frente do Guarani para Série B.
"Ele tem contrato até o final da Série B e continua após uma excelente campanha, na qual o Guarani não classificava após muitos anos. Vai continuar normal e vai fazer uma grande Série B, assim como foi no Paulistão", afirmou.
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