Os sul-americanos se enfrentaram nesta quarta-feira (26) em Belo Horizonte (MG) e nesta quinta (27) é a vez de os representantes da Europa duelarem pelo direito de decidir o título da Copa das Confederações contra o Brasil, no domingo (30), no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Espanha e Itália, finalistas da Eurocopa do ano passado, colocarão em campo na Arena Castelão, em Fortaleza, às 16h, o peso da história e da tradição de duas das principais seleções do mundo - e ambas com fome de vitória.
A Espanha, modelo de bom futebol e vencedora dos dois últimos Europeus e do Mundial de 2010, quer o título da Copa das Confederações para completar a sua vitrine de troféus - em 2009, na África do Sul, a equipe foi derrotada nas semifinais pelos Estados Unidos. A Itália, vice-campeã europeia, mudou de cara sob o comando do técnico Cesare Prandelli e precisa de uma conquista para ganhar prestígio como um time que trocou a rigidez defensiva pelo toque de bola e disposição para atacar.
Na Eurocopa de 2012, os times se enfrentaram duas vezes. Na rodada de abertura, em Gdansk (Polônia), houve empate por 1 a 1 em um jogo em que os italianos foram superiores - como o técnico espanhol Vicente del Bosque admitiu na coletiva desta quarta na Arena Castelão. Na final, em Kiev (Ucrânia), a Espanha deu um passeio e venceu por 4 a 0.
Prandelli montou o esquema para a partida desta quinta inspirado na atuação de seu time em Gdansk. Como naquele dia, escalou três zagueiros. A diferença é que desta vez a Azzurra entrará em campo com seis meio-campistas e um atacante (Gilardino, que substituirá o cortado Balotelli) e na Eurocopa o time jogou no 3-5-2. A intenção do treinador é ter superioridade numérica no meio de campo para pressionar os passadores espanhóis - principalmente Xavi e Iniesta - e dificultar a armação das jogadas.
A volta de Pirlo
Recuperado de uma contratura muscular na panturrilha direita - é uma ótima notícia para os seus planos de ficar com a bola o máximo possível e manter o jogo indefinido até o final. Ele acredita que quanto mais tempo o placar ficar equilibrado, mais chance o seu time terá de conseguir a vaga na final. Se a Espanha abrir vantagem cedo, será muito difícil reverter a situação debaixo de um sol de 30 graus e com o adversário escondendo a bola com a eficiência com que costuma fazer isso.
Os espanhóis são há cinco anos o que Prandelli espera que a sua Itália seja um dia: um time que coloca a qualidade técnica a serviço do coletivo e que tem entrosamento tanto para construir jogo como para recuperar rapidamente a bola mesmo sem ter grandes marcadores no meio de campo, graças à pressão que consegue fazer no adversário que está de posse dela.
Seu time pode jogar no piloto automático para vencer com autoridade e a Itália precisará da força de sua camisa tetracampeã mundial e de muita determinação para subverter a lógica.