Sesc recebe parte da exposição ‘Coreografias do Impossível’ em mostra gratuita que começa amanhã
(Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo)
O Sesc vai trazer para Campinas uma parte do que foi a 35ª Bienal de São Paulo, exposta na capital paulista de setembro a dezembro de 2023. Isso é possível graças à Itinerância do evento, que vem à cidade com o objetivo de apresentar obras de 13 dos 121 artistas participantes da mostra original. A abertura da Itinerância da 35ª Bienal de São Paulo, no Galpão Multiuso do Sesc Campinas, amanhã (6 de junho), às 19h30, é aberta ao público e vai contar com visita guiada pela equipe de educação da Fundação Bienal. Depois, a exposição pode ser visitada no espaço até 8 de setembro.
Com o tema “Coreografias do Impossível”, a 35ª Bienal de São Paulo recebeu obras que exploraram situações complexas e urgentes, refletindo transformações sociais, políticas e culturais.
Segundo um dos quatro curadores, Hélio Menezes, as peças tratam de temas difíceis, dores e dificuldades, mas que “se apresentam através de uma estratégia de beleza, de encantamento, de sedução”. Hélio foi responsável pela seleção das obras que vieram para Campinas e estará no Sesc no evento de abertura.
ITINERÂNCIA EM CAMPINAS
O público que visitar o Sesc poderá apreciar 52 obras dos seguintes artistas: Aline Mota, Aurora Cursino dos Santos, Januário Jano, Kamal Aljafari, Luana Vitra, Luiz de Abreu, MAHKU, Marilyn Boror Bor, Manuel Chavajay, Maya Deren, Quilombo Cafundó, Ubirajara Ferreira Braga e Zumví Arquivo Afro Fotográfico. São fotografias, pinturas, vídeos e projeções.
Segundo Natália Caetano, técnica de Programação do Sesc Campinas, responsável pela organização da exposição, a curadoria das peças da Itinerância levou em consideração obras que tenham relação com a região que a recebe. Por exemplo, o Quilombo Cafundó esteve localizado próximo a Sorocaba e até hoje os descendentes dos quilombolas habitam o território. As fotografias que integram a Itinerância fazem parte de um acervo e pesquisa disponíveis na Unicamp. “Existem narrativas regionais que podemos traçar a partir dessas obras escolhidas”, analisa.
Natália também destaca o trabalho de Aurora Cursino dos Santos, cujas pinturas foram desenvolvidas durante seu tempo de internação no Complexo Psiquiátrico do Juquery e que, tematicamente, retratam violência e luta contra o patriarcado.
Para a técnica de programação, o recorte da Itinerância da 35ª Bienal de São Paulo consegue traduzir a grandeza da exposição que estava no Pavilhão da Bienal. “Com essas obras, passamos por todos os assuntos e temas, como saúde mental, emergências climáticas, futuros possíveis. Tudo o que está acontecendo hoje e que precisa de um olhar mais afetuoso. Temos uma vantagem, pois pelo tamanho e quantidade menor de peças, as obras acabam ganhando mais destaque.”
Andrea Pinheiro, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, destaca que “levar as coreografias do impossível para mais cidades, com um parceiro tão importante quanto o Sesc, é de extrema importância para o fortalecimento das instituições culturais do Brasil. A troca de experiências entre públicos e instituições é uma das grandes riquezas das itinerâncias da Bienal de São Paulo.” A parceria entre o Sesc e a Fundação Bienal já soma 12 anos.
ORGANIZAÇÃO E GRUPOS
A exposição é aberta para todos os públicos, sem limite de idade ou necessidade de retirada de ingressos, e o espaço receberá até 50 pessoas por dia ao mesmo tempo, com atendimento por ordem de chegada. Durante toda a Itinerância, instituições e grupos de escolas interessados podem participar de visitas guiadas. No caso de grupos maiores, é preciso realizar a inscrição no formulário disponível em https://forms.office. com/r/Fu9G0VLbYL.
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