Durante todo o período do evento, voluntárias convocadas pelo Instituto Cultural Nipo Brasileiro ensinarão gratuitamente a arte da dobradura em papel
Três origamistas voluntárias indicadas pelo Instituto Nipo estarão no evento do Correio Popular no domingo para ensinar os interessados a fazer origamis — arte de dobradura em papel (Divulgação)
O Origami – a arte de dobradura em papel – tem origem na milenar cultura oriental e vem sendo repassada de geração em geração. Com muitos benefícios na busca do bem-estar, a prática é lúdica e será ensinada durante o evento do Dia das Mães que acontece no Espaço Correio Cultural e Eventos este domingo (dia 5 de maio). Três origamistas voluntárias permanecerão no local durante todo o dia, atendendo quem quiser se iniciar nessa prática por meio de instruções básicas para a execução de um ou dois origamis, em um tempo médio de 20 minutos para cada oficina.
A campineira Lucila Imoto Freitas, que participará do evento, é artesã de técnicas orientais (sashiko, amigurumi) e origamista nas horas vagas. Ela aprendeu a fazer dobraduras com a avó, aos 6 anos de idade. “Minha avó materna brincava comigo e com meus irmãos, no sítio, ensinando o origami e outras brincadeiras que ela fazia no Japão. Os benefícios dessa prática são muitos: exercita a paciência, aprende matemática e sequência lógico-temporal, memória, disciplina, criatividade e muito mais”, afirma Lucila, que estará acompanhada das origamistas Nami e Mina, dispostas a ensinar quem tiver interesse de aprender.
Ela conta que será oferecida, durante as oficinas gratuitas do evento, a construção de três origamis de nível fácil e um médio, de acordo com a habilidade dos participantes. “A dinâmica depende muito de quantas pessoas aparecem para aprender na hora, mas a temática será voltada para as mães, nossa intenção é surpreender e encantar”, afirma. Para participar, não há limite de vagas ou idade, basta chegar com disposição para aprender. Lucila lembra que essa arte é celebrada no dia 11 de novembro, junto com o Dia Mundial da Paz, “porque o origami une as pessoas, e seu conhecimento é transmitido voluntariamente de geração em geração”.
O origami surgiu no Japão por volta do século 7 depois de Cristo, quando chegou ao país o papel criado pelos chineses. Esse papel era usado pelos monges budistas para escrever suas orações e foram eles que começaram a enfeitar os altares dos templos com os papeis dobrados no formato de bichos ou elementos da natureza. Essa é a história que se conhece da criação dos primeiros origamis, conta Lucila.
Há várias técnicas usadas mundialmente, inclusive com muitos livros com diagramas padronizados para orientar a técnica para quem quer se aprofundar.
Uma curiosidade muito conhecida sobre essa prática é a lenda japonesa de que se a pessoa fizer mil tsurus (pássaro tipo cegonha ou grou), usando a técnica do origami com o pensamento voltado para um desejo, ele poderá se realizar. Essa crença se popularizou com a história da menina Sadako Sassaki, vítima da bomba de Hiroshima, que hospitalizada, começou a fazer os tsurus com a ajuda de amigos, pensando na cura. Quando percebeu que não conseguiria sobreviver, ela mudou seu desejo para “paz na Terra”. Ela fez 646 tsurus de papel e, após sua morte (15/10/1955), seus amigos fizeram mais 354, para que ela fosse enterrada com os mil tsurus e seu pedido pela paz ganhasse visibilidade mundial.
PROGRAME-SE
Evento da família em homenagem ao Dia das Mães
Quando: Dia 5 de maio, domingo, das 9h às 16h30
Onde: Sede do Correio Popular – Rua Sete de Setembro, nº 189 – Vila Industrial
Entrada Gratuita
Inscrições para as palestras pelo fone (11) 96058-9100
Informações: Tel.: (19) 3772 8000 – Instagram @correiopopular
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