Com seis episódios, a minissérie tem como protagonista o ator Gabriel Leone, que interpreta Senna, embora só tivesse 1 ano de idade em 1994, quando o piloto morreu (Divulgação)
Quem conhece Ayrton Senna sabe que ele foi muito mais do que um piloto de corrida para o Brasil. Ele transformou as manhãs de domingo (ou madrugadas, dependendo de onde corria) em um evento: parar na frente da TV para acompanhar as manobras, ultrapassagens e a passagem pela linha de chegada fazia parte do ritual. Todos esperavam e torciam para que Senna fizesse a volta final balançando a bandeira brasileira, indicando sua vitória. Tudo isso terminou traumaticamente em uma manhã de maio de 1994, diante dos olhos de todos.
Senna foi mais do que um esportista. Ele já era um herói e, depois de sua morte, foi alçado a um patamar inalcançável no esporte e no coração dos brasileiros, que vivenciaram um profundo luto coletivo.
"Senna", a minissérie que estreia amanhã no streaming da Netflix, encara a complexa missão de abarcar essa história e toda a emoção contida nela. Ao longo de seis episódios, ela dramatiza ficcionalmente a história de Ayrton, desde a infância até o acidente fatal no circuito de Ímola, na Itália.
A obra é grandiosa e estabelece um novo marco para uma série brasileira pois, com o investimento de R$ 250 milhões, esta é a produção mais cara já realizada pelo serviço de streaming no Brasil. As filmagens foram realizadas em terras brasileiras, mas também na Argentina, no Uruguai e na Irlanda do Norte.
O ator Gabriel Leone é quem vive Senna nas telas. Ele tinha apenas 1 ano de idade em 1994, mas conta que cresceu escutando as histórias do piloto dentro de casa. "Não tenho dúvida de que foi o maior desafio da minha carreira e maior honra, enquanto ator, poder dar vida ao Ayrton Senna", contou Leone em vídeo no canal da Netflix.
A minissérie também traz personagens importantes da vida do piloto, como Alain Prost (Matt Mella), Galvão Bueno (Gabriel Louchard) e Xuxa (Pâmela Tomé). No elenco, ainda estão Alice Wegmann (Lilian, primeira mulher de Ayrton), Camila Márdila (Viviane Senna, sua irmã), Christian Malheiros (Maurinho, amigo do piloto), Hugo Bonemer (Nelson Piquet), Julia Foti (Adriane Galisteu), Kazuhiro Muroyama (Soichiro Honda), Marco Ricca (Miltão, pai de Ayrton), Nicolas Cruz (Leonardo, seu irmão), Rodrigo Veloso (Flávio, cunhado) e Susana Ribeiro (Zaza, mãe de Ayrton).
"Não é um documentário, a gente está recriando uma vida através desses momentos essenciais", explica o showrunner da série e diretor geral Vicente Amorim. E a diretora dos episódios, Julia Rezende, completa: "Só a ficção nos permite acessar essa história." Para Vicente, mais conhecido por seu trabalho com o cinema, "Senna" é a realização de um sonho. "Tenho a sensação de ter me preparado a vida inteira para dirigir uma série sobre o Senna."
RECRIANDO A ÉPOCA E OS CARROS
A trama da minissérie se passa, principalmente, entre os anos 1980 e 1990, o tempo de Senna como piloto. Portanto, muitos dos recursos foram usados na reconstrução da época. "É quase que uma ficção científica, porque os carros não existem mais, as pistas não existem mais", explica Azul Serra, responsável pela cinematografia. Efeitos visuais foram usados na criação dos autódromos, mas também muito foi construído de verdade, como os carros utilizados nas cenas das corridas.
Para tanto, a Netflix e a produtora brasileira Gullane foram buscar a família dos Crespis na Argentina, cuja tradição na construção desses veículos remonta há mais de 60 anos. Foram construídas 22 réplicas de carros usados por Senna e por seus principais rivais na F1, todas com motores, suspensão e freios — ou seja, eles eram funcionais e foram utilizados para filmagens nas pistas.
O cuidado foi tanto que a equipe sonora da produção foi atrás de capturar até mesmo os sons que essas máquinas faziam na época. Todos os seis episódios já vão estar disponíveis a partir de amanhã.
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Como esperado para um longa-metragem da Disney, "Moana 2" estreia em muitas salas de cinema da região. O filme reúne mais uma vez sua heroína e o deus Maui, três anos depois em uma nova e extensa jornada com uma tripulação de marinheiros incomuns. Após receber um chamado inesperado de seus ancestrais, Moana deve viajar pelos mares distantes da Oceania e entrar em águas perigosas, há muito esquecidas, para viver uma aventura. A produção originalmente seria lançada diretamente para o streaming da Disney+, mas o estúdio voltou atrás e decidiu que a obra ganharia distribuição nas telonas. Os dubladores brasileiros Any Gabrielly (Moana) e Saulo Vasconcelos (Maui) estão de volta na sequência.
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