Cinebiografia “Silvio” relembra a trajetória e o cárcere privado de Silvio Santos, que faleceu há menos de um mês
(Divulgação)
Às vésperas do lançamento, a mais recente cinebiografia de um dos maiores comunicadores do Brasil foi atravessada por uma notícia fúnebre. Pouco antes da estreia de "Silvio", Silvio Santos faleceu, aos 93 anos, no dia 17 de agosto deste ano. Em respeito à situação delicada, as sessões de pré-estreia e entrevistas foram adiadas até que, quase um mês depois, o filme ganha a sua esperada estreia nos cinemas.
O longa-metragem do diretor Marcelo Antunez (de "Rodeio Rock" e "Polícia Federal - A Lei É Para Todos") parte sua história de um momento pessoal marcante da vida de Silvio Santos, tão lembrado por sua carreira na televisão. Em 2001, sua filha Patrícia Abravanel foi sequestrada e passou uma semana no cativeiro. Dois dias depois que ela foi libertada, um dos sequestradores invadiu a casa da família e fez Silvio, a esposa e as filhas de reféns. No meio da situação aterrorizante, o comunicador chegou a ficar sozinho na casa com o criminoso por oito horas. O caso foi amplamente acompanhado pela imprensa na época.
Ao longo de 1h54, o filme narra a invasão da casa Abravanel, alternando com flashbacks sobre a história pregressa do protagonista. A produção volta às origens para quando ele, ainda muito jovem como Senor Abravanel, começou no rádio, criou a persona em torno do nome Silvio Santos, migrou para a TV e construiu sua trajetória até ter o próprio canal na televisão.
HOMENAGEM PARA SILVIO
Rodrigo Faro, que estava há 15 anos afastado da interpretação para se dedicar a ser apresentador de TV, contou em entrevistas de divulgação que saiu da "aposentadoria" porque queria fazer o filme para homenagear Silvio, pessoa que admirava muito. Ao explicar que o papel foi o trabalho mais desafiador da sua carreira, o ator lamenta a morte do comunicador antes de ter tido a oportunidade de ver o longa pronto. Para viver Silvio nas telonas, Rodrigo precisou "achar o tom certo" enquanto estudava e testava sua atuação.
MOMENTOS CONTURBADOS NA TELONA
"Silvio" explora algumas situações da vida pessoal de Silvio que o apresentador mantinha no sigilo, como o casamento com a primeira esposa. Ele manteve a união com Maria Aparecida, a Cidinha, em segredo por mais de 10 anos para promover uma imagem de si mesmo como galã na televisão. O relacionamento dos dois é trazido para o filme, assim como os conflitos gerados uma vez que ele não a assumia publicamente. Cidinha morreu de câncer em 1977 e, cerca de 10 anos depois, o apresentador revelou arrependimentos sobre como tratou a esposa e os problemas gerados para as duas filhas que teve com ela, Cintia e Silvia.
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