Evento na Estação Cultura terá rock autoral das mais diversas vertentes (Reprodução)
Aumenta o volume para curtir em alto e bom som o Dia Mundial do Rock. Oficialmente, ele é celebrado em 13 de julho, em homenagem à data do icônico Festival Live Aid que reuniu nomes como David Bowie, Elton John, Paul McCartney, The Who, U2 e Queen, naquela que seria considerada uma das maiores apresentações da história da música. Trinta e sete anos depois, Campinas vai comemorar a data com uma programação especial. Acontece neste domingo, a partir das 13h, na Estação Cultura, o Rock na Estação.
O evento que coincidentemente completa 13 anos no próximo dia 13, celebra o aniversário com um olho na homenagem ao rock do passado e outro na arte do presente: as bandas participantes tocam um rock autoral das mais diversas vertentes, do Rock Alternativo, passando pelo Indie e o Hardcore, até o Metal. Nino Fonseca, presidente da associação Central do Rock, organizadora do evento, promete mais que um show, uma experiência para o público com muita alegria, boa música e gastronomia - afinal, no local haverá pontos de alimentação com comidas típicas alemãs e cervejas.
A programação foi selecionada, primeiramente, de acordo com a qualidade das bandas. "O público rockeiro, afinal, é exigente", garante Nino. Também há uma preocupação com a estrutura do evento, que pretende atrair famílias e crianças, especialmente no início do encontro. A organização também sempre busca adicionar grupos que trazem diversidade, com integrantes mulheres e LGBTQIA+. "O rock traz uma questão histórica, porque temos bandas que passaram por vários períodos e os refletem. Mas também traz essa irreverência da contestação, da cobrança, debatendo a realidade no mundo todo", comenta Nino sobre a importância do gênero.
"O rock não morreu"
O rock já foi um gênero mais popular em outros momentos. Basta pensar nos tempos áureos dos Beatles ou na efervescência do rock urbano oitentista no Brasil, com Legião Urbana, Titãs e Paralamas do Sucesso. O presidente da Central do Rock fala sobre a falta de holofotes para o gênero. "O rock não morreu, mas quando a gente olha a playlist de muitos fãs de rock, é praticamente um obituário'', brinca Nino, referenciando a música de artistas que já morreram.
Ele relembra uma polêmica recente: em uma cena de ação da quarta temporada da série "Stranger Things", da Netflix, tocou a música "Master of Puppets", da banda Metallica. A popularidade do programa alavancou o alcance da música e muitos novos fãs começaram a conhecer o grupo norte-americano, o que levou muitos "fiscais de fãs" a criticarem essa nova adesão. Os músicos da banda, por outro lado, não só reclamaram desta postura, deixando claro que "todo mundo é bem-vindo à Família Metallica, quer você seja um fã há 40 horas ou 40 anos", como elogiaram muito a produção do seriado.
"Acho que precisamos nos reinventar e estou falando da cabeça dos fãs do rock. devemos buscar e apoiar o novo", analisa Nino, explicando que um dos papéis da Central do Rock é atuar como uma incubadora de novas bandas do gênero. A associação está presente no Brasil todo, mas o presidente destaca que a região de Campinas reúne muitos bons artistas e estúdios para alavancar o gênero musical por aqui. Mas, segundo ele, ainda falta apoio, divulgação e interesse do público. Essa situação é algo que a Central do Rock e fãs engajados em perpetuar o gênero estão trabalhando para mudar.
Confira o line-up do evento:
- 14h30 - Claudiah
- 15h30 - Lagostas Inflamáveis
- 16h30 - Insanidade
- 17h30 - Massacre do Paralelo 11
- 18h30 - Ragar
- 19h30 - Wry
- 20h30 - Leptospirose
PROGRAME-SE
Rock na Estação
Quando: neste domingo, 10/7, das 13h às 21h30
Onde: Estação Cultura - Praça Mal. Floriano Peixoto, Vila Rialto - Campinas
Entrada gratuita