Exposição "Mãe Preta" está de volta, agora com visitas presenciais, no Instituto Pavão Cultural, em Barão
Imagens da maternidade refletem sobre a importância das mulheres escravizadas na luta contra o racismo (Repro)
A exposição "Mãe Preta", organizada pelas artistas Löfgren e Patricia Gouvêa, está de volta, agora com visitas presenciais, no Instituto Pavão Cultural, em Barão Geraldo. A mostra, que vai até sábado, traça elos e ressonâncias entre a condição social da maternidade durante a escravidão e as vozes de mulheres e mães negras na contemporaneidade. Por meio de imagens da maternidade negra em arquivos históricos, as curadoras provocam reflexões sobre a luta das mulheres contra o racismo e a violência.
O ponto de partida da exposição são representações de relações maternas no vasto acervo de imagens da escravidão feitas por artistas viajantes e fotógrafos.
Por meio de intervenções nessas imagens com objetos óticos, como lupas e vidros, as artistas destacam a duplicidade e complexidade das relações das amas de leite com as crianças brancas confiadas aos seus cuidados e com os próprios filhos.
"Mãe Preta" teve sua primeira montagem em 2016 no Rio de Janeiro e em 2017 em Belo Horizonte, além de ser apresentada em São Paulo (2018) e em São Luís do Maranhão (2018/19). Para manter a segurança nas visitações, os interessados poderão agendar previamente as visitas pelo telefone (19) 99633 4104 ou comparecer espontaneamente, mas sujeitos ao máximo de 15 pessoas por horário e uso obrigatório de máscaras.
O Instituto Pavão Cultural fica na Rua Maria Tereza Dias da Silva, 708, no distrito de Barão Geraldo. A visitação é de hoje a sábado, das 14 às 20h. A exposição integra o XII Festival Hercule Florence.
ANOTE
A programação do festival pode ser acessada pelo site www.youtube.com/c/FESTIVALHERCULEFLORENCE. Outras informações no site www.maepreta.net