1) A 6ª rodada do Campeonato Carioca teve um clássico realizado no Engenhão. O encontro entre Fluminense e Vasco da Gama deveria ter sido realizado no Maracanã, mas os clubes não chegaram a um acordo sobre o posicionamento de suas torcidas em um dos melhores estádios do País. A “solução” foi realizar a partida no Engenhão, estádio de acesso mais difícil e que ainda não caiu no gosto do torcedor carioca. Assim, o clássico teve apenas 7.338 pagantes, com renda de R$ 260 mil. Só para comparar, a renda de Penapolense x Palmeiras foi de R$ 405 mil e a de Ituano x Corinthians chegou a R$ 547 mil. 2) Antes do clássico carioca, a polícia prendeu 118 torcedores no entorno do Engenhão. Integrantes de torcidas organizadas se envolveram em várias brigas na região e todos foram autuados sob acusação de formação de quadrilha, promover tumulto e praticar ou incitar a violência. Uma das brigas foi entre grupos rivais de uma mesma torcida do Vasco. A polícia apreendeu sete morteiros, pedras, estacas de madeira, barras de ferro, um soco inglês e um spray de pimenta com os vândalos e divulgou que mais da metade dos 118 detidos tem antecedentes criminais. 3) O jogo Cene x Cuibá, pela Copa Verde, começou com mais de dez minutos de atraso porque o Cene se esqueceu do final do Horário de Verão e só chegou à Arena Pantanal minutos antes do horário previsto para o início da partida. Os jogadores tiveram que se trocar rapidamente e foram para campo sem fazer o aquecimento adequado. 4) O presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, criticou a estrutura do futebol brasileiro em entrevista publicada no final de semana. Disse que os clubes são pobres, criticou a TV e disse que o Peixe não tem nada para receber esse ano. “Fui ver na Globo, quanto tem para receber? Nada. Na Federação? Nada. CBF, quanto tem? Nada”, reclamou o cartola. O problema, no caso, é que a diretoria anterior antecipou todas as receitas do Brasileiro e do Paulista, prática comum no futebol brasileiro. 5) O árbitro de Coritiba x Atlético-PR relatou na súmula que torcedores do Coxa arremessaram uma bomba caseira, uma pedra e uma cadeira contra a torcida rival.Tudo isso aconteceu em apenas um final de semana. E não foi um final de semana atípico. No próximo teremos fatos e declarações semelhantes. E no próximo, no próximo e no próximo. Assim será até que os clubes percebam que o futebol brasileiro precisa, urgentemente, de um choque de gestão.