A decisão sobre o futuro do técnico Tarcísio Pugliese no Guarani foi adiada para amanhã. Nesta segunda-feira (14), em reunião a portas fechadas no Brinco de Ouro, o presidente Álvaro Negrão e os demais membros da diretoria bugrina não chegaram a um acordo e a demissão, que era dada como certa, passou a ser questionada por parte dos dirigentes — muitos isentam o treinador da culpa pela eliminação no Campeonato Brasileiro da Série C e apostam na continuidade do trabalho para a próxima temporada.Diante da pressão da torcida, a permanência do treinador no cargo parecia insustentável. Mas pesa a seu favor a opinião de dirigentes de peso, como o diretor de futebol do Bugre, Rogério Giardini, que vê muito mais "prós do que contras" nos seis meses de trabalho do comandante. "Nós levamos em consideração o que os torcedores pensam, mas é preciso vivenciar a rotina do clube para saber exatamente o que acontece por aqui. Na minha visão, o Pugliese fez o máximo que pôde com o material humano que oferecemos para ele trabalhar e a queda de rendimento da equipe não pode ser atribuída somente à decisão do treinador. Trocar de técnico nem sempre resolve e temos que começar a pensar a longo prazo", defende Giardini.O dirigente, no entanto, admite que segurar Pugliese no cargo poderia trazer ainda mais pressão em caso de má campanha na disputa da Série A2 do Campeonato Paulista no ano que vem. "É claro que no primeiro tropeço todos iriam questionar a decisão de mantê-lo no cargo. Mas temos que trabalhar dentro da nossa realidade e trocá-lo agora por um nome mais experiente certamente aumentaria os custos e isso vai contra a nossa política". Novo timeAusente da coletiva de imprensa ontem, o presidente Álvaro Negrão limitou-se a dizer que a decisão sobre o treinador sairá sem adiamento após a nova reunião agendada para quarta-feira Se fica ou não, ninguém sabe, mas é certo que o elenco que começou a Série C voando em campo e caiu drasticamente de rendimento no segundo turno vai sofrer bastante alteração. Giardini confirma. "Estamos com vários nomes em discussão. A maior parte desses atletas deve ser dispensada nas próximas semanas. Também já avaliamos nomes de possíveis reforços, todos com o perfil da atual gestão. Temos de pensar no que dá para fazer com o que temos em caixa e não dar um passo maior que a perna."