iG - Milene Moreto (Cedoc/RAC)
Deu o que falarA rebelião de parte da base governista do prefeito Jonas Donizette (PSB) na Câmara de Campinas deu o que falar na sessão de ontem. Alguns parlamentares questionaram até onde irá a fidelidade dos aliados e o que querem com isso. Muitos custam a acreditar num rompimento imediato e apostam em ações pontuais do núcleo dos descontentes. Quem ultimamente tem precisado sambar é o líder de governo, Rafa Zimbaldi (PP). Na reunião de ontem, o pepista gastou a verve. A tal constitucionalidadeUma das queixas dos vereadores na reunião após o recesso foi a atuação da Comissão de Constituição e Legalidade, nas mãos de Luiz Henrique Cirilo (PSBD). Isso porque o governo tem vetado grande parte das propostas da Câmara sob a justificativa da falta de legalidade. A crítica foi que a comissão avalia, aprova e depois vem o governo e veta. Cirilo rebateu as farpas e disse que o trabalho tem sido feito em conjunto e com seriedade. Muro das lamentaçõesEm mais uma investida na defesa da categoria, o vereador Carlinhos Camelô (PT) usou a tribuna da Câmara na sessão de ontem para dizer que no camelódromo há homens e mulheres trabalhadores e não “bandidos”. O entorno das centenas de bancas, debaixo do Viaduto Cury, sofre intensa degradação e é alvo de constantes críticas. Mas Carlinhos, embora admita a situação precária, diz que no local não há roubos e nem crimes cometidos enquanto os boxes estão abertos. Mais MédicosHoje é o Dia “D” para que a Prefeitura de Campinas saiba quantos médicos deverá receber efetivamente do governo federal. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, divulga, às 10h, em Brasília, a lista de profissionais brasileiros que confirmaram a participação no programa Mais Médicos e dos municípios que serão contemplados no primeiro mês de seleção. Campinas teve 18 médicos inscritos até agora. Falta emoçãoParlamentares das antigas e observadores atentos da política de Campinas têm dito que a Câmara anda muito morna sem discussões palpitantes. O cenário tem tudo para mudar daqui em diante. Ajudou a piorar?A expulsão dos petistas de Campinas pelo diretório municipal e consolidada pela estadual tem feito muita gente pensar que o rompimento do elo interno no PT possa ter contribuído de alguma forma com o descontentamento de parte da base governista do prefeito Jonas. Isso porque sem ter mais o respaldo do partido, alguns contratados, como o secretário de Trabalho e Renda, Jaírson Canário, passam a perder o peso político dentro da Administração. E entre aqueles que defendem Jonas, já existe a observação de que as vagas ocupadas por Canário, por exemplo, devem ser redistribuídas. O que nos queremos?Outro grupo acredita que os descontentes querem algo maior, secretarias mais robustas, entre elas a de Educação e até mesmo o comando de autarquias e empresas públicas. Resta saber agora como a crise será administrada.