As carretas que transportam cana-de-açúcar pelas estradas da região de São José do Rio Preto descumprem a norma que restringe a circulação destes veículos em várias estradas e horários.
“Hoje poucos caminhões são fiscalizados e, quando acontece, são em lugares em que se pode transitar. Em lugares onde é necessária a fiscalização, não tem”, afirmou um policial rodoviário do estado de São Paulo que não quis se identificar.
A cana é carregada pelos treminhões, que possuem até 30 metros de comprimento. Durante a noite, quando a visibilidade diminui, o Departamento de Estradas e Rodagens (DER) proibiu a circulação deste tipo de veículo, em vicinais, pistas simples e locais sem acostamento. “A usina fala que está liberado. Não é só de dia, eles moem 24 horas”, afirmou o motorista Josué Faria.
Uma carreta chega a carregar 115 toneladas de cana, quantidade duas vezes maior do que a permitida. Nos últimos dois anos, segundo a Polícia Rodoviária Estadual, foram 166 acidentes com caminhões de cana no interior paulista e 16 pessoas morreram. “O asfalto não é preparado para o excesso de carga e o excesso de veículos. Tudo isso gera danificação no pavimento e nos viadutos”, explicou o engenheiro especialista em transportes Walter Gianini.