Estrada Municipal Dona Isabel Fragoso Ferrão (CAM 127), que liga o distrito de Joaquim Egídio à Rodovia D. Pedro I: via está em péssimo estado (Kamá Ribeiro)
As obras de pavimentação e drenagem da Estrada Municipal Dona Isabel Fragoso Ferrão (CAM 127), que liga o distrito de Joaquim Egídio à Rodovia D. Pedro I terão início ainda nesta primeira quinzena do mês. A informação é do secretário municipal de Infraestrutura (Seinfra), Carlos José Barreiro, responsável pela gestão dos trabalhos.
Ele afirmou que a autorização da despesa para a realização do serviço público será assinada na próxima semana. Essa etapa é a última antes da formalização do contrato com a empresa que executará os trabalhos.
A obra ficará sob a responsabilidade da empresa Gimma Engenharia Ltda, vencedora da licitação. "Depois da homologação, corre um prazo legal de uma semana para preparação do contrato e autorização ao início da obra. Nossa previsão é a de que, ainda nesta primeira quinzena, os trabalhos sejam iniciados", afirmou.
Na última semana a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Administração, publicou a homologação do processo licitatório na edição do dia 30 de agosto do Diário Oficial do Município. O valor do contrato é de R$ 8,2 milhões e será custeado com recursos próprios.
A pavimentação da estrada municipal Dona Isabel Fragoso Ferrão é um pedido antigo dos moradores que residem na região. Há alguns deles que aguardam para ver toda a extensão da via pavimentada há mais de 20 anos. A estrada tem 2,7 quilômetros de extensão e receberá um piso intertravado e não de asfalto.
O secretário explicou que o projeto prevê esse tipo de pavimento pelo fato de a estrada cortar uma área de proteção ambiental. "Como a CAM 127 fica numa área de proteção ambiental, a pavimentação será feita com a instalação de piso intertravado, que garante maior capacidade de escoamento. Trata-se de um tipo de piso mais ecológico", justificou Barreiro.
Segundo ele, todo o projeto de pavimentação da via foi autorizado pelo Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental de Campinas (Congeapa) e será realizado de forma a minimizar os impactos ambientais. Ele complementa informando que a estrada será a primeira via municipal a receber esse tipo de pavimento, considerado sustentável. "Ele evita a impermeabilização do solo e permite que a água da chuva seja escoada para os lençóis freáticos", explicou.
O piso intertravado é um tipo de pavimento formado por blocos de concreto, com intertravamento, o que garante menos impacto ao meio ambiente. Os pequenos espaços entre as peças propiciam que a água escoe e seja absorvida pela terra com maior facilidade. A solução também garante uma drenagem mais efetiva e evita situações de enchentes e alagamentos.
Barreiro comentou que a pavimentação da estrada vai beneficiar toda a população dos distritos de Sousas e Joaquim Egídio e também os moradores de Campinas que costumam visitar a região. "Atualmente, a cidade conta com apenas um acesso a Joaquim Egídio. Com a conclusão das obras de pavimentação, teremos mais uma opção.
"O uso do piso intertravado como pavimento deve prolongar um pouco o tempo de entrega da obra, previsto para ficar entre oito e dez meses. A pavimentação da via também coincide com a entrega da ponte sobre o Rio Atibaia, cuja construção foi finalizada no final de 2021. A preocupação ambiental com o trabalho de pavimentação da via também prevê duas passagens de faunas aéreas e uma subterrânea. Uma ciclofaixa também consta do projeto.
Com a entrega da via pavimentada em 2023, a Prefeitura estima um aumento significativo do fluxo de veículos no local. Diante dessa expectativa, o secretário adianta que está em estudo a redução da velocidade máxima permitida para a estrada.
"Vamos sinalizar toda a via com um limite de velocidade mais adequado. Solicitaremos o apoio da Emdec, inclusive, para viabilizar a instalação de redutores de velocidade, do tipo radar, no trajeto. A intenção é que o acesso garanta a segurança ambiental e viária", finalizou.