ENERGIA LIMPA

Unicamp substituirá uso de GLP e diesel por gás natural

A meta é reduzir em 10,1% as emissões de gases causadores do efeito estufa pela universidade em um ano

Edimarcio A. Monteiro
27/04/2022 às 08:47.
Atualizado em 27/04/2022 às 08:47

Os restaurantes que fornecem refeições aos estudantes da Unicamp já contam com instalação de gás natural (Kamá Ribeiro)

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Comgás formalizaram na terça-feira (26) parceria para o fornecimento de gás natural encanado em substituição ao gás liquefeito de petróleo (GLP) e ao óleo diesel em seis unidades do campus de Barão Geraldo. A principal meta da medida é a redução em 10,1% nas emissões de gases causadores do efeito estufa pela universidade em um ano. 

A Comgás, maior distribuidora de gás natural da América Latina, investiu R$ 2 milhões na instalação de 4,2 quilômetros de rede de distribuição que já estão atendendo dois restaurantes universitários e as Faculdades de Engenharia de Alimentos e de Educação Física. 

Em breve, o gás natural passará a ser usado também pelo Hospital de Clínicas (HC) e Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism).

O gás natural é usado para cozinhar alimentos, aquecimento e em caldeiras. Somadas, as unidades consumirão cerca de 18 mil metros cúbicos de gás natural por mês. Além do ganho ambiental, a Unicamp aponta que haverá redução de custos, mas não foi feita uma estimativa. De acordo com a universidade, isso será analisado no decorrer da utilização do gás natural, que também proporciona redução na manutenção dos equipamentos empregados.

De acordo com o reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, a mudança na matriz energética faz parte da proposta da instituição de buscar o crescimento sustentável, como preconiza a Organização das Nações Unidas (ONU). “Além de buscar a inclusão social de todas as etnias, nós temos compromissos com a questão ambiental”, disse. Para ele, a universidade tem de ser exemplo para a sociedade.

“Temos um forte compromisso com a sustentabilidade ambiental, social e econômica”, completa. O uso do gás natural em substituição aos combustíveis fósseis reduz as emissões de gás carbônico e praticamente elimina a emissão de óxido de enxofre, fuligem e materiais particulados.

“Além disso, evita a circulação de caminhões para o transporte de gás, o que reduz a poluição sonora e os gases emitidos pelos veículos, afirma o diretor de Relações Institucionais e de Comunicação da Comgás, Adriano Zerbini. 

Outros projetos

O reitor acrescenta que a Unicamp tem outros projetos em busca de energia mais limpa. Ele cita ações em conjunto com a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) e a Shell. Com a multinacional petrolífera, a universidade trabalha no desenvolvimento de um bioetanol produzido a partir de resíduos de álcool e açúcar enriquecidos com hidrogênio. 

O diretor da Comgás anunciou que a empresa investirá este ano R$ 30 milhões em Campinas para aumentar a rede de distribuição em 90 km e atender 3 mil novos clientes. Atualmente, a companhia atende 94 municípios paulistas com gás natural encanado, abastecendo residências, indústrias, comércio e veículos. São 2,2 milhões de clientes em sua área de concessão, que inclui a Região Metropolitana de São Paulo, a Região Administrativa de Campinas, a Baixada Santista e o Vale do Paraíba.

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