Reitor Antônio José de Almeida Meirelles destaca projetos para o futuro,: hospital, pesquisa e indústria em um complexo de saúde
Reitor Antônio José de Almeida Meirelles visitou a Redação do Correio Popular (Kamá Ribeiro)
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) tem como meta ampliar seu papel como uma das principais instituições de ensino superior do País, o que passa pelo desenvolvimento integrado com a sociedade e maior inclusão social. Esses são os pontos em comum nos três principais projetos apontados pelo reitor da universidade, Antônio José de Almeida Meirelles, para o futuro: implantar um complexo na área da saúde que reúna hospitais, pesquisa e indústria; desenvolver ações voltadas para a economia solidária e pequenas empresas; e instalação de um radar meteorológico para pesquisa e prestação de serviços para a Região Metropolitana de Campinas (RMC). O reitor esteve no Correio Popular, em visita ao Presidente Executivo do Grupo RAC, Ítalo Hamilton Barioni.
Há pouco mais de um ano no cargo, ele afirma que o maior desafio até agora foi fazer a Unicamp retomar as atividades após permanecer praticamente dois anos sem aulas presenciais e com os funcionários trabalhando à distância por causa da pandemia de covid-19. Não foi uma tarefa fácil, levando-se em conta que a universidade reúne quase 45 mil pessoas entre alunos, professores e funcionários. O número é maior do que a população de quatro das 20 cidades da RMC. É equivalente à soma dos moradores de três cidades: Holambra, Morungaba e Engenheiro Coelho.
Nesta entrevista, o reitor Antônio José de Almeida Meirelles também fala da relação com agentes políticos e da importância da escola pública em sua vida e para a sociedade.
Correio Popular - Conte um pouco sobre sua história.
Antônio José de Almeida Meirelles - Eu sou um cidadão campineiro. O lado materno da minha família é relacionado com a região, Capivari, Piracicaba e Campinas, onde meus avós moraram. O lado paterno é de Franca, mas minha mãe vinha ter os filhos em Campinas. A gente morava em Restinga, que é próximo de Franca, em uma fazenda do meu avô Severino Tostes Meirelles, onde meu pai era administrador. Minha mãe era professora primária, dava aula na escola rural e alfabetizou uma parte dos filhos. Eu fui alfabetizado por ela no primeiro ano, mas na passagem para o segundo ano, a gente se mudou para Campinas. Então, comecei a estudar no Castorina Cavalheiro, onde fiz o grupo. O ginásio foi no Culto à Ciência, daí fui para a Escola de Química que, na época, era o Coticap. Fiz o primeiro e segundo anos ali, mas no terceiro passei naquelas maratonas do MacPoli para fazer cursinho. Ganhei uma bolsa para estudar lá à tarde e de manhã estudava no Aníbal de Freitas. Depois, fiz faculdade na Unicamp.
O senhor estudou sempre em escola pública. Como vê o ensino público no País?
Considero extremamente importante, não apenas na formação, mas para construir uma sociedade que seja mais solidária. Convivi com pessoas de várias classes, estudei no Culto à Ciência, que era uma das melhores escolas de Campinas, onde tinha gente de classe média alta, gente de classe média baixa. Meu pai morreu pouco depois que a família se mudou para cá. A minha mãe tinha sete filhos, a mais velha tinha 15 anos e o mais novo, 2, quando meu pai morreu. Depois que deixou a fazenda, ele trabalhou um tempo como gerente do BCN em Guarulhos, e a maior parte da renda era comissão, não era o salário. Ele morreu de repente e o padrão de vida da família caiu brutalmente. Minha mãe voltou a trabalhar e a fazer Pedagogia no fim de semana para poder ser diretora, vice-diretora, para ganhar um pouco mais.
Os seus filhos também passaram pela escola pública?
Meus dois filhos estudaram no Cotuca e, depois, na Unicamp. Antes, eles estudaram em uma escola particular, onde tem essa questão de colocar uma fatia da sociedade, onde a relação com o diferente em termos sociais é pequena. A experiência do Cotuca foi muito enriquecedora para eles, ter que voltar de ônibus para casa, administravam o dinheiro da mesada. Lembro-me que meu filho contava que a professora ensinava a usar o Excel, o I am, you are. Eu falava para ele que, na sala, havia aluno que não tinha computador, diferente dele que fez inglês em escola particular. Daí, ele foi percebendo isso, construiu amizades e uma sensibilidade social. Agradeço por ter uma sensibilidade social, de não ter identidade com apenas uma fatia da sociedade. Uma grande perda foi a escola pública como lugar de socialização, de criar laços fortes entre os diferentes brasileiros.
Como foi sua formação universitária?
Entrei na Unicamp em 1976. Como sempre gostei de estudar e passei por escola que, na época, era excepcional, vi coisas que outros alunos só tiveram contato na faculdade. Uma irmã já fazia Engenharia de Alimentos e foi professora da própria faculdade depois de formada. Agora, ela está aposentada. Eu meio que me mirei nela, fui seguindo sua trajetória. Então, fui fazer Engenharia de Alimentos porque gostava de Química, Física, Biologia e Matemática. O fato de ter uma boa formação me dava uma certa vantagem e consegui acompanhar o curso com facilidade e me envolver com outras coisas. Nas quartas-feiras, tinha um pessoal que pegava os jornais, tirava as matérias de política e fazia no mimeógrafo um jornalzinho chamado “O Panfleto”. Eu tinha 17 anos, estávamos em um regime fechado. Em 1977, começaram a ter as manifestações estudantis e acompanhei essa questão, participei do Diretório Central dos Estudantes.
Além da satisfação pessoal e profissional, qual a importância de um aluno chegar a reitor da Unicamp?
Há muita diferença em ser um aluno da graduação e se transformar em professor. É uma mudança de perspectiva, que, às vezes, é difícil. Ser professor é uma mudança da água para o vinho. Eu acho que é preciso ter um pouco de sensibilidade e o professor se lembrar como é ser estudante para manter uma boa relação de ensino. O que muda muito, quando você se envolve na atividade administrativa, é que passa a ter uma visão mais global das questões envolvidas. Eu fui professor, de repente, virei diretor, passando a ter relações muito mais intensas com os funcionários. A carreira universitária como pesquisador gera um grau de especialização brutal. Então, você começa a criar nichos muito fragmentados e isso diminui um pouco a relação das pessoas. Como diretor, é obrigado a pensar como gerenciar recursos e, às vezes, é incompatível fazer tudo. No caso da reitoria, isso é levado ao extremo. Hoje, preciso ter um certo conhecimento da área de saúde por causa do hospital, tenho que acompanhar as ações de cultura do Instituto de Artes. É muito bonito imaginar que a universidade pode organizar uma ótima apresentação de ópera, dá orgulho.
O senhor é da área de alimentos, como vê a movimentação sobre o uso de insetos na alimentação? A questão da proteína em vários países é problemática, mas no Brasil o problema se dá no acesso aos alimentos.
Eu acho assim: se você pensar só tecnicamente, proteína é proteína seja da fonte que vier. Agora, alimentação é mais do que isso, tem uma coisa cultural, social. Não se pode pensar apenas no aspecto nutritivo, na necessidade física. Foi difícil introduzir a soja no Brasil porque não fazia parte de nossa cultura. A gente não pode olhar para o consumidor como alguém que deve aceitar qualquer produto para ser consumido. No País, o problema da alimentação não está na falta de disponibilidade, está na falta de recursos das pessoas. É um problema social de renda. A gente pode reduzir parte disso com estoques reguladores de produtos que dependem muito do mercado à vista, de oferta e demanda, que é o caso das commodities. É preciso ter uma política em que os preços não fiquem variando muito de acordo com demanda e oferta.
Os alimentos ultraprocessados fazem mal?
Talvez a indústria de alimentos tivesse que tratar o consumidor mais como adulto. Os engenheiros de alimentos têm que incorporar a ideia que, do outro lado, há uma pessoa que precisa ser bem informada sobre a qualidade nutricional dos alimentos. Existe muito fake news na área de alimentos. Via de regra, a produção de alimentos é muito cuidadosa, as grandes empresas zelam para que sejam produzidos com muito cuidado. Eu acho que, às vezes, eles não conseguem transmitir bem essa informação para o consumidor. O processamento de alimentos é, às vezes, essencial para garantir uma boa qualidade e não colocar as pessoas em risco de vida.
O senhor acaba de completar um ano de mandato. Qual foi o principal desafio nesse período?
Eu assumi no meio de uma pandemia. É uma tristeza ver 20, 30 pessoas na sala que, de repente, tiveram que assistir aula online. O grande desafio foi colocar a máquina em funcionamento. A primeira coisa que a gente fez no dia seguinte da posse foi colocar a equipe para começar a trabalhar presencialmente, trazer os funcionários e professores de novo para a Unicamp. A data marcante foi a cerimônia, em setembro, de retorno dos professores e funcionários às atividades presenciais. Conseguimos um resultado bem positivo. A universidade é um local de polêmica natural por causa das várias visões de mundo e, no caso da pandemia, em razão da maior ou menor sensibilidade em relação a ela. No mundo corporativo, já está bem avançada a ideia de que uma boa gestão se consegue por convencimento da importância. Isso exigiu a adoção de várias medidas para recuperar o ânimo da comunidade e reativar vários processos que estavam parados. Adotamos medidas para retomar, em janeiro, os processos de evolução de carreira de funcionários e professores. Reajustamos o vale-alimentação, o que deu um desafogo. A partir de março, teve um reajuste substancial que cobriu toda a perda salarial dos últimos três anos, com base na Fipe.
Como foi a retomada das aulas presenciais a partir de março?
O outro desafio foi o retorno às aulas dos estudantes, que era maior ainda pela envergadura. A Unicamp sentiu um impacto em termos de pandemia muito localizado. Teve um ou outro foco de propagação, mas muito localizado. Hoje, as aulas são basicamente presenciais. Então, acho que o retorno foi um êxito completo. Nós temos em torno de 35 mil alunos entre graduação, pós e extensão.
O senhor tem planos para ampliar as parcerias entre a Unicamp e as empresas?
Nós temos vários projetos de pesquisa e extensão com grandes empresas através da agência Inova. É importante essa integração, e eu tenho a intenção de incentivar a mesma coisa com a economia solidária, com as pequenas e médias empresas. A gente pensa em criar uma estrutura para isso, mas ainda não sabemos exatamente como será. Ela pode ser na Pró-Reitoria de Extensão, que já tem embriões nesse sentido. Pode ser uma estrutura à parte. Hoje, já existem algumas ações isoladas de professores, há interesse da comunidade nesse sentido. A Unicamp sempre teve relação com as artes, mas recentemente ela avançou muito na parte cultural. Hoje, temos uma Diretoria de Cultura dentro da Pró-Reitoria de Extensão. Eu também quero fazer algo parecido na área de esporte. A Unicamp tem uma Faculdade de Educação Física que é um orgulho para nós. Não sei se vocês sabem, mas os maiores trabalhos da Faculdade de Educação Física têm relação com educação para pessoas com deficiência. Eu gostaria de fortalecer as licenciaturas. Nós temos que nos aproximar das escolas públicas e as licenciaturas são essenciais.
Como é a relação da universidade com as instituições políticas?
Desde que tomei posse, tenho conversado com pessoas de todas as matizes políticas e ideológicas. Muitas pessoas do Legislativo têm nos apoiado com emendas, principalmente na área de saúde, e isso é muito importante para a Unicamp. Nós temos uma situação orçamentária na área de saúde que é problemática. O SUS não reajusta os valores de procedimentos desde 2012. A Unicamp tem uma situação diferente das outras duas universidades estaduais porque tem, na sua estrutura, quatro unidades hospitalares — o Hospital de Clínicas, Caism, Gastrocentro e o Hemocentro —, que atendem uma região extensa, cidades muito longe de Campinas. A área de saúde inclui 15% dos docentes, 20% do orçamento da Unicamp. O efeito é que a gente tem dificuldade para fazer investimentos na modernização e até na manutenção de equipamentos. As emendas parlamentares vindas da Câmara Federal e da Assembleia Legislativa são essenciais para podermos realizar essas iniciativas específicas. Outro dia, um mutirão de exames para tratamento gástrico foi viabilizado com o uso da verba de uma emenda. Eu faço questão de agradecer e receber todos os parlamentares.
Qual é hoje a relação da Unicamp com as Prefeituras da Região Metropolitana de Campinas?
A gente tem trabalhado muito bem com a Prefeitura de Campinas e conseguido uma aproximação grande com a região metropolitana. Recentemente, estivemos na Comissão de Orçamento da Assembleia e falamos das dificuldades orçamentárias. Estamos querendo ampliar os leitos do Hospital Estadual de Sumaré de 270 para 300. Para isso, é preciso buscar o diálogo com a sociedade política. A gestão anterior começou e temos agora a chance de bater o martelo com a Região Metropolitana de Campinas para adquirir um radar meteorológico, que será instalado na Unicamp. O compromisso da universidade é fornecer o local para instalação e a equipe. Vamos ter que contratar especialistas em meteorologia para o serviço funcionar full time, 24 horas, sete dias por semana. O radar interessa para a Unicamp como fonte de pesquisa, mas também interessa para a região para monitorar o clima e fornecer informações para a agricultura, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros. A comunidade Unicamp precisa estar convencida de que isso é uma coisa importante, não só para a pesquisa, mas para a prestação de serviços à sociedade da região. A documentação está sendo preparada para fazer o processo de importação de equipamento.
Há outros novos projetos que também envolvem a comunidade regional?
Também aprovamos no Conselho Universitário a cessão, por 20 anos, de um espaço na universidade para o Corpo de Bombeiros instalar um quartel, no caminho para a Rodovia Dom Pedro. Estou aqui falando publicamente porque quero que seja assinado esse convênio, que a gente tenha o quartel do Corpo de Bombeiros na Unicamp. O Nepo (Núcleo de Estudos da População), por meio dos pesquisadores e professores, está organizando o PDUI (Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado) para ajudar a organizar a ação da Agemcamp no planejamento urbano da Região Metropolitana de Campinas.
Como está o projeto do Hids (HUB Internacional para o Desenvolvimento Sustentável), que envolve a Unicamp e empresas?
Esse é o projeto maior, que tem uma proposta forte de inovação, alinhada com a agenda 2030 e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. O projeto tem que respeitar o ambiente, tem que ser inclusivo. Essas agendas não são sempre compatíveis, mas elas não são necessariamente excludentes. Então, temos que criar na sociedade um espírito de procurar sobreposições. A empresa talvez precise ter uma preocupação um pouco menor com o lucro e incluir a preocupação com a inclusão e com a sustentabilidade ambiental. O que a gente vê no Brasil e no mundo hoje é o preto e branco, o zero e o um. Mas há possibilidade de construir uma agenda positiva para alinhar um conjunto de interesses civilizatórios. Hoje, temos cerca de 14 instituições envolvidas, além de agentes públicos. Eu estou arriscando aqui pôr palavras na boca deles, mas tenho certeza que são verdadeiras. O prefeito Dário Saadi e Adriana Flosi (secretária municipal de Desenvolvimento Econômico) têm como uma das grandes metas viabilizar o Hids e até o Pids (Polo de Inovação e Desenvolvimento Sustentável de Campinas), que é maior.
Por favor, detalhe mais esse projeto?
O Hids começou na Fazenda Argentina e hoje já envolve uma área de mais de 11 milhões de metros quadrados, que vai do CNPEM até a PUC, da Unicamp até Rodovia Ademar de Barros. A Prefeitura quer ampliar isso e chegar aos 17 milhões de metros quadrados por meio de incentivos fiscais e do planejamento urbano. A ideia é que seja um complexo na área de saúde, que inclua o Hospital Metropolitano, não só o da Unicamp. A proposta da Unicamp é que haja uma ênfase grande, não necessariamente só na assistência, mas também na pesquisa vinculada diretamente à saúde. A gente pode mexer com equipamentos hospitalares, logística de assistência, software para gestão hospitalar e indústrias farmacêuticas de genéricos. Nós precisamos atrair empresas que queiram usar a estrutura da Unicamp para desenvolver esse tipo de perspectiva, para desenvolver produtos e serviços inovadores que possam ser distribuídos, serem comercializados, colocados no mercado. A ideia é que a inovação não pode ser uma bandeira só de uma parte da sociedade, tem que ser a bandeira do conjunto. Nós já temos previsto no orçamento da Unicamp a recuperação ecológica da Fazenda Argentina, das nascentes, dos corredores ecológicos, que são importantes para o tráfego de animais, pois lá aparecem lobo-guará e onça-parda. Nos próximos três anos, a gente vai fazer isso. Nós queremos que seja ocupada com construções, com pesquisa compartilhada, com empresa, mas já está sinalizado, de cara, que o meio ambiente tem que ser preservado.
O senhor destaca muita a valorização da mulher e diz que está na hora da Unicamp ter uma reitora. Defende também a inclusão de outras etnias na Unicamp. Isso é uma bandeira?
Você anda na Unicamp e vê uma diversidade étnica social expressiva. É uma coisa importante, a gente tem que ter um país realmente mais solidário, formar pessoas de qualquer origem com essa perspectiva. As pessoas que sofreram dificuldades na vida têm uma sensibilidade diferente, uma visão diferente e podemos aprender com elas. Uns 15 dias atrás, participei de uma cerimônia na Unicamp promovida por estudantes negros da medicina, que era uma homenagem aos corpos dos negros, dos cadáveres da aula de anatomia. É menos natural um estudante branco ter essa sensibilidade ou se mover por isso, que é uma coisa que gera discussão interna na universidade. As pessoas funcionam em função de suas experiências. Na hora que você muda as pessoas, você muda um pouco as experiências que são valorizadas. Isso tem importância para a pesquisa interna e também para o ensino a longo prazo. Essas pessoas vão ser médicos, dirigentes de empresas, agentes políticos, trabalhar em organizações sociais com uma visão diferente. Isso não é pequeno, tem uma repercussão para o futuro do País. As mulheres talvez sejam a maioria entre os professores, mas isso não repercute na estrutura de poder. Temos muito poucos professores negros. Além disso, nosso desafio não é só a inclusão, mas que aluno permaneça na universidade, aí entra a questão social e até o suporte psicológico e pedagógico.
O senhor entregou a Carta pela Ciência e Educação ao ex-presidente e candidato à presidência Lula. O senhor também está à frente do Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas ). Como o senhor vê as perspectivas para o ensino superior e a pesquisa?
É o que afirmamos na carta: eu não acredito em um bom futuro do Brasil sem muito investimento em ciência, tecnologia e inovação. No Brasil, grande parte da ciência, tecnologia e inovação se produz na universidade. A inovação depende muito da relação com o mundo empresarial. A universidade gera o conhecimento, mas a inovação tem elementos de mercado, tem que saber fazer a transição, senão ela morre.
Quais são os seus hobbies?
Leitura, sempre tenho dois livros para ler, um de papel e outro no Kindle, para ler quando fico preso em uma fila. Gosto muito de livros técnicos, não exatamente da minha área, mas de filosofia. Sempre leio pelo menos quatro páginas antes de dormir. Também gosto ver filmes.