O usuário da tirolesa cruzará a lagoa por uma distância de 300 metros e retornará por um cabo de aço em um percurso de 235 metros, já que o ponto de chegada é diferente do ponto de partida (Kamá Ribeiro)
A inauguração da tirolesa da Lagoa do Taquaral (Parque Portugal) está prevista para outubro. A informação foi confirmada ontem por Thiago de Moares, engenheiro civil responsável pela execução do projeto, que está a cargo do Consórcio Taquaral Aventura, vencedor da licitação para operar o equipamento.
Inicialmente, o cronograma previa a instalação da tirolesa até a segunda quinzena de julho. A atração, que funcionará mediante compra de ingresso, está sendo montada nas proximidades do novo parquinho e do bosque, onde foram replantadas mais de quinhentas árvores, e também próxima à saída dos pedalinhos.
Moares informou que o pedido de adiamento da conclusão do projeto foi comunicado à Prefeitura nesta semana. O atraso está relacionado principalmente a dois fatores: condições climáticas, devido à natureza externa da obra, e a necessidade de drenagem do solo. "Devido à proximidade com a água, encontramos um solo muito úmido, o que exigiu uma maior drenagem do terreno", explicou o engenheiro.
Sem revelar muitos detalhes, Moares adiantou que o projeto inicial sofreu modificações, incorporando melhorias como acessibilidade e a possibilidade de descida em dupla. As estruturas também ganharam maior robustez, o que pode impactar na altura final da atração.
Em relação à acessibilidade, o engenheiro explicou que ela será garantida através do transporte dos participantes em equipamento específico até a torre de lançamento. Além disso, será utilizada uma cadeirinha especial e a equipe receberá treinamento para atender esse público.
ETAPAS
A primeira etapa do projeto, retomada em março deste ano, envolveu a realização do mapeamento georreferenciado de todo o terreno ao redor da construção, a sondagem do solo, e o isolamento e sinalização da área. Anteriormente, também foram realizadas a limpeza do terreno e a instalação do canteiro de obras.
Atualmente, o projeto está na fase de montagem das estruturas. A próxima etapa incluirá a passagem do cabo de aço, a realização de testes e a montagem dos equipamentos que permitirão o sobrevoo sobre a lagoa do parque. Os testes serão realizados utilizando o que é chamado de "peso morto", simulando o peso de uma pessoa.
O usuário da tirolesa cruzará a lagoa por uma distância de 300 metros. Ao chegar à segunda torre, retornará por um cabo de aço em um percurso de 235 metros, já que o ponto de chegada é diferente do ponto de partida.
A tirolesa será construída com madeira certificada, proveniente de florestas manejadas de forma apropriada e que cumprem requisitos ambientais e socioeconômicos. A velocidade média prevista para a descida é de 50 km/h, ajustada conforme as características do local e de cada participante.
A intenção é que a tirolesa se torne mais uma opção de lazer para os frequentadores do parque, que já oferece atrações como pedalinhos, a caravela, e uma academia de musculação coberta, entre outras. O Parque Portugal recebe aproximadamente sete mil visitantes entre segunda e sextafeira, com uma média diária de mil a 1,2 mil pessoas, aumentando a frequência conforme o final de semana se aproxima.
O Consórcio Taquaral Aventura investirá um total de R$ 1 milhão na montagem da estrutura da tirolesa e mais R$ 1 milhão anualmente para operar o equipamento, conforme divulgado pela Prefeitura após o anúncio do vencedor da licitação. Apesar da nova data de inauguração, Thiago de Moares, engenheiro responsável pelo projeto, garantiu que não houve necessidade de alteração nos valores contratuais. Ele afirmou que a atração proporcionará uma diversão segura e de qualidade aos visitantes do parque.
A licitação, realizada em janeiro deste ano, estimou o valor do ingresso individual em R$ 105, mas o Consórcio Taquaral Aventura propôs um valor de R$ 92. No entanto, os valores finais ainda não foram definidos. Na ocasião do início das obras, o Consórcio anunciou a intenção de, no futuro, instalar novos atrativos relacionados ao turismo de aventura na área do equipamento, uma vez que as estruturas das torres já foram projetadas para essas implantações. Conforme o edital, a empresa vencedora deve pagar mensalmente 5% da bilheteria à Administração Municipal.
