Superávit financeiro permanece na Unicamp

O reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, comemorou a decisão do governo do Estado, de voltar atrás e excluir as universidades estaduais paulistas e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) do Projeto de Lei (PL) 529/2020, que prevê a o recolhimento dos seus respectivos superávits financeiros ordinários, referentes ao ano de 2019. Após cerca de dois meses de intensas negociações, na última quinta-feira, o governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB) comunicou ao e o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) que o governo propôs modificações no PL 529/2020, excluindo as universidades estaduais paulistas e a Fapesp. O reitor da Unicamp não esconde a satisfação com a medida. "Naturalmente recebo com muita alegria, com muito alívio. Representa uma vitória do movimento da sociedade, de lideranças, políticos e mostra que o governo se sensibilizou com as causas das universidades, da Fapesp", disse. Contudo, ele ainda acompanha o desfecho da situação. "É uma boa notícia, mas é um assunto que não está fechado porque o PL ainda não foi votado, mas representa um alívio importante". O Cruesp, desde que tomou conhecimento do teor do Projeto de Lei, passou a discutir com o governo e também com parlamentares para explicar sua posição contrária aos dispositivos do projeto relacionados às universidades e à Fapesp. O PL 529/2020 foi considerado um ataque à autonomia universitária e uma agressão ao sistema de Ciência, Tecnologia e Educação do estado, que resultaria num grave prejuízo à sociedade paulista. "Felizmente, vários parlamentares e lideranças da sociedade civil sensibilizaram-se com os argumentos do Cruesp e da comunidade acadêmica e manifestaram apoio intransigente à autonomia universitária", informa o Cruesp. A assessoria do líder do governo na Alesp, o deputado Carlão Pignatari (PSDB), disse que o governo atendeu ao pedido do Cruesp, que também era o mesmo de vários deputados e deputadas da Assembleia Legislativa.