A presidente do Grupo Lide, Sílvia Quirós, e Wilson Pollara ao fundo (Ricardo Lima)
Com a presença de especialistas em Saúde, empresários, e com a participação de diversos representantes do Poder Público da Região Metropolitana de Campinas (RMC), o Grupo de Líderes Empresariais (Lide) de Campinas promoveu um seminário para debater o tema da telemedicina na Unicamp. Os debatedores analisaram diferentes fatores envolvidos no teleatendimento, como a quebra de barreiras sociais e geográficas e também a responsabilidade pelo sigilo de dados, com os administradores dos sistemas de telemedicina precisando garantir a segurança e o sigilo das informações do paciente.
O prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), foi um dos gestores que participaram do encontro e destacou que a telemedicina e a telessaúde avançaram durante a pandemia. Dário citou o exemplo local. "No auge da pandemia, a Prefeitura usou o telemonitoramento e isso foi muito importante. Foram milhares de atendimentos via telefone, que ajudaram no acompanhamento de pessoas com covid-19."
Dário ainda ressaltou que a Prefeitura está em processo de implantação da telemedicina, com licitação aberta para a contratação de empresas. "Estamos fazendo a prova de conceito da 11ª empresa. O que nos surpreendeu foi a complexidade, pois das 11 chamadas, seis sequer mandaram o que foi requisitado. Isso está atrasando o processo."
Um dos convidados do evento foi o superintendente do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), Wilson Pollara, que falou sobre "Telemedicina no Setor Público". Ele apresentou os benefícios da tecnologia para a área da saúde, como o fato de ser uma opção para regiões isoladas, mas sem deixar de lembrar a importância do atendimento presencial.
"É uma tecnologia que veio para ficar, é o futuro. Muitas consultas serão feitas por telemedicina, por exemplo, as consultas de acompanhamento, de casos crônicos, para revalidar uma receita, ver o resultado de um exame. Acredito que praticamente 80% das consultas podem ser feitas por telemedicina, desde que o paciente também tenha uma presencial."
Presidente do Lide Campinas, Sílvia Quirós avaliou que o evento teve um resultado "excelente", reunindo pessoas do setor privado e também do Poder Público. "Achei muito importante o interesse de prefeitos, secretários e diretores de saúde, de entender que esse processo tem que ser agilizado, pois veio para ficar e para modernizar. A telemedicina não é nova, mas nos últimos anos ela duplicou, triplicou, e agora continua crescendo, pois muitos pacientes gostaram do atendimento. A telemedicina não é um fenômeno que vai terminar com o fim da pandemia, ela vai continuar."