Acidente em obra de Viracopos deixa 14 operários feridos (Dominique Torquato/ AAN )
A concessionária de Viracopos vai sair pelo mundo a partir de outubro para “vender” o aeroporto de Campinas. O road show, espécie de exposição itinerante para mostrar o potencial do terminal para receber passageiros e cargas, e da Região Metropolitana de Campinas (RMC) para abrigar investimentos industriais, começará por Las Vegas, nos Estados Unidos, na World Routes 2013, feira das maiores empresas de aviação do mundo. Em novembro a visita será à Europa e dezembro, Ásia e Oriente Médio.O projeto é tornar Viracopos cada vez mais internacional e para isso o interesse de companhias aéreas é fundamental. A concessionária tem clareza, no entanto, que enquanto o novo terminal não estiver concluído, será difícil atrair voos internacionais. Segundo Luiz Alberto Küster, presidente da concessionária, há contatos com companhias estrangeiras, para atrair inclusive voos fretados (charters) durante a Copa do Mundo. Até o mês passado, esse interesse estava em baixa, pela ausência de um free shop no aeroporto, que fazia com que os passageiros preferissem desembarcar em Guarulhos, para poder fazer compras na área franca daquele aeroporto.Atualmente apenas a TAP Portugal opera voos a partir de Campinas, com destino a Lisboa e, da capital de Portugal, conexões com vários países. São três voos semanais, que têm saído, em média, com 70% de ocupação. Embora ainda tímido, o funcionamento do free shop em Viracopos está refletindo na opção de local de desembarque dos passageiros dos voos da TAP Portugal, única empresa área internacional de passageiros com voos regulares em Campinas. A ausência de free shop vinha fazendo com os passageiros que embarcavam em Viracopos optassem por retornar pelo o aeroporto de Guarulhos. Na semana passada, durante a inauguração da sala VIP da empresa, o gerente regional de vendas da companhia, Paulo Henrique Cunha, disso que isso já não está ocorrendo mais.Mas essa mudança não é suficiente, ainda, para que a empresa amplie o número de voos, porque os passageiros internacionais ainda resistem em embarcar em Viracopos por causa de problemas de estacionamento e da infraestrutura de atendimento. Segundo o diretor-geral da TAP para a América do Sul, Mário Carvalho, tudo o que existe hoje no aeroporto é provisório, um quebra galho e a empresa só poderá avaliar como será a demanda por voos internacionais quando for inaugurado o novo terminal.Até que isso ocorra, serão necessários dez meses, que a TAP, disse Carvalho, vai esperar, acompanhando de perto a evolução da demanda. “Já esperamos tanto, que mais dez meses não parecem tanto tempo”, afirmou. Mas ele avaliou que será preciso uma divulgação maciça de que Viracopos tem free shop, porque isso poderá aumentar a demanda dos voos.