O limite de velocidade ainda não ficou definido, mas deve ser 70 ou 80 km/h; Emdec já flagrou carro rodando a 140 km/h na Avenida José Amgarten
O número de câmeras de monitoramento serão ampliadas das atuais 600 para 1.500 instaladas ( Janaína Ribeiro/ Especial a AAN )
A via de acesso ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, ganhará, em até 30 dias, dois radares de velocidade. Os equipamentos serão instalados nos dois sentidos da Avenida José Amgarten. O limite de velocidade ainda não ficou definido, mas deve ser 70 ou 80 km/h. O cerco aos motoristas apressados foi necessário após estudos da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) que comprovou o abuso de velocidade dos motoristas nos dois sentidos da via. Houve flagrante de veículos que chegaram a trafegar a 140km/h no local. Os estudos da empresa que gerencia o trânsito começaram no final do ano passado após pedido feito pela concessionária Aeroportos Brasil Viracopos. A concessionária alegou motivo de segurança e afirmou ter recebido diversas reclamações de usuários do aeroporto sobre o excesso de velocidade praticado na avenida. Estudos em andamento A implantação e gerenciamento dos equipamentos será da Emdec. Os técnicos da empresa ainda estão finalizando o processo de estudos no local. "Antes do início da operação será realizada uma etapa de testes. A intenção não é multar, mas sim fazer com que o condutor respeite a velocidade limite da via, o que não vem ocorrendo", afirmou secretário de Transportes e presidente da Emdec, Carlos José Barreiro. O formato atual da avenida, com pista dupla, foi liberado no início de outubro do ano passado após a construção de uma via paralela à antiga. A alteração melhorou a fluidez no trânsito, tanto na entrada como na saída do aeródromo, que já começava a ficar congestionado em horários de pico. Antes o acesso era de mão dupla com pista simples. Sem fiscalização Atualmente a velocidade máxima permitida no local é de 70km/h, porém não há nenhuma forma de fiscalização. Assim que foi liberada, a avenida recebeu placas informativas de velocidade e direção, além de sinalização de solo. O presidente da concessionária Aeroporto Brasil, Luiz Alberto Kuster, afirmou que os abusos de motoristas começaram após as melhorias na vida de acesso. "É preciso ter esse gerenciamento para evitar acidentes na área", afirmou. Kuster aproveitou para solicitar ao presidente da Emdec a possibilidade da implantação de radares inteligentes com leitores de placas no local. O pedido será avaliado pela empresa. Radares portáteis O custo de implantação dos dois novos radares segundo Barrero está dentro do contrato da Emdec com a empresa que cede os equipamentos de fiscalização. "Não há valor novo, pertence ao mesmo contrato com a Engebrás", afirmou. Nesta quarta-feira (25), a concessionária do aeroporto entregou a empresa de trânsito dois equipamentos portáteis utilizados na medição da velocidade. Chamados de speedgun, os equipamentos serão utilizados pela Emdec em estudos técnicos para detectar desrespeito ao limite de velocidade em vias em que não há a presença de equipamento de fiscalização eletrônica. Estudos técnicos "Os equipamentos funcionarão como contadores e medidores de velocidade. Com eles nossa equipe técnica consegue fiscalizar determinada via, sem se identificar. Várias vezes quando fazemos medições com os aparelhos atuais, que não são portáteis, motoristas percebem e não registramos os abusos porque eles diminuem a velocidade" , explicou o secretário. Os aparelhos são capazes de registrar as velocidades entre 16 e 302 km/h, e em distâncias até 1,5 km. Com os estudos técnicos, a Emdec consegue com precisão, verificar a necessidade de uma via receber radar, indicando até o trecho em que ocorre maior índice de excesso de velocidade, por parte dos motoristas. "O radar é eficaz na diminuição do excesso de velocidade e, consequentemente, na redução do número de acidentes, garantindo maior segurança a todos os usuários da via. Com esse estudo será possível definir qual o tipo de inibidor de velocidade será implantado no local", afirmou Barreiro.