ENTREVISTA

‘Produzimos um dos melhores gins do mundo’, afirma Arthur Flosi

Sócio da BEG Gin, de Campinas, o jovem empresário fala do sucesso alcançado pelos produtos da destilaria e revela os novos planos

Manuel Alves Filho
26/05/2024 às 11:37.
Atualizado em 26/05/2024 às 11:37
Arthur Flosi, um dos sócios da BEG Gin, durante visita ao Correio Popular: foco constante na qualidade das bebidas (Kamá Ribeiro)

Arthur Flosi, um dos sócios da BEG Gin, durante visita ao Correio Popular: foco constante na qualidade das bebidas (Kamá Ribeiro)

Embora muitos campineiros ainda não saibam, o gin eleito como o segundo melhor do mundo pelo Bartenders Spirits Awards é produzido em Campinas pela BEG Gin, destilaria instalada em uma fazenda no distrito de Joaquim Egídio. A empresa, que nasceu de um hobby do administrador Arthur Flosi, tem como sócios mais três entusiastas da bebida: Felipe Santoro, Thiago Luz e Marcelo Rizerio. Juntos, eles têm conquistado gradativamente o mercado nacional e já têm os olhos voltados também para o exterior.

Na última semana, Flosi visitou o Correio Popular, onde foi recebido pelo presidente-excutivo do jornal, Ítalo Hamilton Barioni. Na entrevista que concedeu, o empresário falou sobre as características dos produtos da BEG Gin, deu detalhes de como é difícil concorrer com produtos importados e antecipou que a destilaria pensa em lançar novos drinques prontos engarrafados, como fez com o clássico negroni.

"Um dos coquetéis que estamos analisando é muito consumido atualmente, que se chama Fitzgerald. Ele leva suco de limão siciliano, xarope de açúcar, gin e angostura. Ainda não consegui chegar a uma receita viável porque o suco do limão oxida rapidamente. Estamos estudando maneiras de contornar essa adversidade", revelou Flosi.

Você é natural de Campinas?

Sim, nascido em Campinas. Deixei a cidade apenas para estudar. Eu estudei no Colégio Notredame praticamente a minha vida inteira. De lá, fui fazer faculdade em São Paulo. Mas logo que me formei eu voltei para Campinas para trabalhar no grupo da família. Isso não durou muito tempo porque não é fácil trabalhar com família.

Que curso fez?

Eu fiz Administração no Insper, uma instituição com um ensino de qualidade, bem focado no mercado financeiro. Muita gente me pergunta: como você saiu do Insper para montar uma fábrica de gin? Bem, querendo ou não eu parti para o empreendedorismo, que é umaspecto trabalhado no Insper.

Chegou a trabalhar no mercado financeiro?

Sim, depois que deixei de trabalhar no grupo da família, eu trabalhei no mercado financeiro. Trabalhei inclusive em consultoria, até o momento em que conversei com o meu pai e eu voltei a trabalhar com ele.

Com a família, teve uma boa experiência do que é empreender, imagino?

Empreender hoje no Brasil não é fácil. Não há facilidade de acesso ao crédito e o crédito não é barato. Então, você não é fácil optar por parar a vida inteira para resolver empreender. É muito complicado. Eu só tenho a agradecer a meu pai por ter me possibilitado trabalhar no grupo da família e dedicar algumas horas para que eu pudesse criar esse negócio, que só deu certo por causa disso.

Como o gin se transformou em negócio? Você era umapreciador da bebida?

Eu sempre fui muito curioso. Meu pai tem um livro, que foi do meu avô e bisavô, que traz receitas de várias bebidas, como cerveja, vinho e licor. Eu sempre tive curiosidade sobre como as coisas são feitas. E ficava me perguntando se eu também conseguiria fazer. Entrei no mundo do gin quando a bebida não tinha grande expressão, com um mercado muito reduzido no Brasil. Houve uma fase de grande consumo lá pelos anos 50 no Brasil. Em 2015, o gin voltou como tendência mundial. Eu comecei a tomar gin em 2004 na casa de um amigo meu. O pai dele estava bebendo umdrinque maravilhoso, em um copo long drink decorado com uma casca de limão siciliano. O drinque era transparente e borbulhante. Eu perguntei que drinque era, e ele disse que era uma vodca tônica. Eu estranhei, porque achava tônica ruim, mas experimentei. Achei uma delícia. Aí o pai do meu amigo me disse que a receita original era gin tônica, mas ele preferia com vodca. Ele então preparou umgin tônica para mim. Foi a minha primeira experiência com gin na vida.

Você deve ter gostado porque o gin é mais complexo que a vodca...

Exato. Eu fiquei apaixonado. Era um drinque aromático, não enjoativo e com muita complexidade. A partir daquele momento eu comecei a comprar gin para consumo próprio. Comprava o que tinha acesso no Brasil e algumas marcas eu trazia de fora. Criei uma coleção que hoje tenho lá na destilaria. Depois que consolidamos a sociedade para a criação da destilaria, meus sócios também começaram a compor a coleção. Hoje eu tenho algo como 230 garrafas de várias marcas. Voltando um pouco, um dia eu me perguntei até quando teria que consumir gin de baixa qualidade ou trazer de fora? Em menos de um mês eu já fazia parte de 20 fóruns diferentes da internet, que reuniam destiladores da Austrália e Estados Unidos, para descobrir métodos de fabricar gin.

E o interesse pelo tema só fez crescer, acredito?

Foi aumentando. Aí eu comprei um pequeno alambique em Portugal e enviei via Correios para Campinas. É um alambique que eu tenho até hoje na destilaria. Foi aí que comecei a destilar meu próprio gin, mas para consumo próprio. Cada dia era uma receita diferente. Dava para produzir umas duas garrafas por destilação. Até o dia em que minha esposa me alertou que eu deveria anotar as receitas para replicar o que ficou bom. No caderninho de receitas que eu adotei, e que tenho até hoje, as primeiras receitas foram escritas com a letra da minha esposa. Passei a anotar tudo: métodos de destilação, tipos e quantidades de botânicos utilizados etc.

Os amigos e familiares provavam essas receitas?

Teve um evento reunindo a turma que estudou no Notredame. Produzi umas quatro garrafas para a galera experimentar. Isso foi por volta de 2012, quando eu já tinha algumas pessoas que apreciavam o gin caseiro que eu fazia. O retorno das pessoas foi muito positivo. Aí eu voltei para casa e marquei com uma estrela aquela receita. Outras receitas vieram. Em outro evento, que tinha caráter beneficente, eu levei várias garrafas com a receita da estrelinha. O retorno foi mais uma vez positivo. Alguns amigos que estudaram comigo no Insper e que tinham contato com o mundo dos negócios me disseram que eu tinha que transformar o meu hobby em negócio. Eles me disseram que, por menor que fosse o mercado brasileiro, ele era dominado por apenas uma marca. Como se tratava de uma marca barata, uma opção seria produzir algo que tivesse um posicionamento que não competisse com essa marca e nem com os importados. Isso me deixou com a pulga atrás da orelha. A ideia tomou volume e eu desenhei um plano de negócios. Apresentei o estudo para alguns desses amigos e eles toparam. Os dois também são de Campinas: Felipe Santoro e Thiago Luz. O terceiro é o Marcelo Rizerio.

Na sequência o negócio já começou a tomar forma?

Sim, logo em seguida começamos a construir a destilaria. Isso foi em 2015. Nossa ideia era criar uma destilaria boutique, que faz parte do nome da empresa - BEG Destilaria Boutique. Seria uma destilaria pequena, com pequena produção. A proposta era fazer uma bebida de altíssima qualidade, com alto valor agregado. No final de 2016, a tendência do consumo de gin iniciada um ano antes na Europa chegou ao Brasil. Isso fez com que, em 2017, nossas vendas crescessem 300%, 400% a cada mês. Isso criou dificuldades na operação, tanto em relação a capital de giro quanto de capacidade produtiva. A gente colocou a mão na massa e ia destilar de madrugada, de sábado e de domingo. Quando chegou o primeiro pedido da rede Pão de Açúcar, de uma caixa por loja em âmbito Brasil - estamos falando de 250 unidades - isso representava mais do que tínhamos vendido no ano. Ficamos uma semana produzindo para atender ao pedido do Pão de Açúcar. Depois disso, fizemos uma reunião estratégica para definir o futuro da empresa. E todos topamos investir para crescer. Foi quando mudamos para o local onde hoje estamos instalados, em Joaquim Egídio.

Como foi o ganho de escala na nova fase?

A fábrica atual tem uma capacidade de produção seis vezes maior que a anterior. A ideia era não apenas aumentar a capacidade produtiva para atender ao crescente mercado, mas também poder trazer pessoas para ter uma experiência dentro da destilaria, que é algo que fazemos desde o primeiro dia. O objetivo é mostrar ao visitante um pouco do nosso trabalho. Isso foi em dezembro de 2019. Em março de 2020, veio a pandemia de covid-19, que fechou tudo.

Um desafio a mais a ser superado.

Durante a pandemia nós fizemos uma obra de expansão. Foi um momento em que perdemos quase 60% da nossa carteira, representada por bares, restaurantes e eventos. O varejo não correspondeu na mesma proporção. Foi muito difícil. Um dos aspectos que me ajudaram a seguir em frente foi um livro americano, cujo título na tradução livre é "Fora de Série", que trata em um dos capítulos sobre os grandes conglomerados norte-americanos. Quase a totalidade deles foi criada na crise de 1929. Isso se deu por causa dos investimentos realizados em uma época de dificuldades. Usei isso como argumento com meus sócios e decidimos encarar o desafio.

Passada a pandemia, restaram dificuldades?

A nossa maior dificuldade hoje no mercado é superar o que chamamos de "síndrome do viralata". A cerveja artesanal já quebrou essa barreira. A BEG, que é umnome em inglês, recebeu esse batismo já pensando nessa questão. O objetivo era chamar a atenção do consumidor na gôndola, que tende a valorizar o produto importado em detrimento do nacional. Nesse sentido, criamos também uma garrafa com uma identidade clean e moderna que pudesse dialogar com o público. A ideia era que o consumidor se sentisse estimulado a levar o nosso gin para casa para experimentar. Como nós tínhamos consciência da qualidade do nosso produto, ele se encarregaria de conquistar definitivamente o consumidor. Avançamos muito, mas ainda temos dificuldades nessa área. Nós ainda competimos com produtos de baixíssima qualidade, mas que são importados.

A qualidade mencionada por você foi ratificada por vários prêmios que a BEG conquistou, alguns internacionais, não?

Tem um prêmio do qual eu gosto muito porque ele dá nota para todos os concorrentes. Isso permite que a gente fale com propriedade. Nosso gin foi considerado o segundo melhor do mundo pelo Bartenders Spirits Awards. Os exportados superpremiuns, que custam R$ 300 a garrafa no Brasil, ficaram na faixa da trigésima posição. Esse é o nível de qualidade que a gente consegue entregar a umpreço menor que os de entrada.

Como são desenvolvidas as receitas atualmente?

A ideia no começo sempre foi produzir um dos melhores gins do mundo. Para alcançar esse status, não poderíamos ficar restritos ao Brasil. Ou seja, precisávamos agradar o paladar mundial. O grande desafio era fazer um gin com botânicos brasileiros que conseguisse traduzir o gosto do brasileiro, mas que ao mesmo tempo pudesse ser aceito lá fora. Então, a ideia foi criar um gin com pegada cítrica e refrescante. Fui em busca de botânicos brasileiros que conseguissem entregar esse tipo de perfil de sabor. E aí foi muito teste. Brinco muito com o pessoal que vai à destilaria participar do BEG Experience que o que eles estão fazendo ali eu já fiz mais de mil vezes. Eu consigo transmitir para eles qual é o resultado da mistura de um elemento com o outro depois da destilação. É de fato uma alquimia. Eu fui para Londres e me formei como mestre de destilação e visitei centenas de destilarias para aprender sobre processos. Depois, trouxe tudo o que vi e aprendi lá e associei ao que já tinha criado. Então, o gin atual ficou melhor do que aquele da estrelinha. A gente tenta ao máximo não apenas incluir os botânicos brasileiros nas receitas, mas têlos em nossa propriedade. Aproveitamos que estamos numa fazenda em Joaquim Egídio para cultivá- los e utilizá-los. Não dá para produzir o zimbro porque o clima não permite. Mas plantamos o capim santo, a pitangueira, da qual utilizamos a folha, a poncã, a laranja lima, o limão, a jabuticabeira, da qual também utilizamos as folhas e a folha do limão cravo.

Quantos produtos a BEG tem hoje no portfólio?

Nós temos produtos em embalagens diferentes. Temos a garrafa de vidro com 750 mililitros, para quatro dos nossos produtos. Destes, três eu tenho também refil, em embalagem de alumínio. A opção permite uma pegada de sustentabilidade, demenor emissão de carbono, além de permitir a prática de um preço mais interessante para o consumidor. No total, temos nove produtos.

Algum produto que você diria que é muito diferente dos demais?

A gente quis fazer uma espécie de brincadeira com a linha de gins da BEG. Hoje a gente tem quatro. A gente quis mostrar para o público como é possível criar quatro gins diferentes com os mesmos botânicos. Isso é possível porque usamos esses botânicos em proporções diferentes. A destilação não é somente a separação de álcool e água por ponto de ebulição. No caso do gin, a destilação também promove a separação de sabor por ponto de ebulição. Alguns óleos essenciais de alguns dos botânicos saem no início, outros no meio e outros no final do processo. Através do uso da técnica nós promovemos o que chamamos de corte: cabeça, coração e cauda. Dependendo do método, eu obtenho um tipo de bebida. Temos um gin mais cítrico e apimentado, que é nosso carro-chefe; temos outro com 54% de teor alcoólico, só esse percentual já cria uma complexidade gigantesca; outro é mais floral e doce no nariz; e o outro, que é mais concentrado.

Vocês também têm um negroni, um drinque clássico.

O negroni ganhou corpo novamente, em âmbito mundial, em 2019. No Brasil, isso ocorreu entre 2020 e 2021, quando ele foi o drinque mais vendido em bares de coquetelaria. Isso chamou a atenção de várias marcas, que pensaram em oferecer o coquetel pronto. Ele parece um drinque simples, já que é feito por três bases alcoólicas em partes iguais, mas que pode dar errado. A ideia era proporcionar facilidade para o consumidor, que não precisaria comprar três garrafas de base alcoólica para fazer o negroni. Meus sócios eram a favor de produzirmos o nosso negroni e eu, contra. Como a tendência cresceu e eu já preparava o meu negroni, o interesse foi despertado. Mais uma vez, os amigos que provavam o meu negroni deram retorno positivo e passaram a pedir que eu o vendesse engarrafado para eles. A gente tem um barril de amburana, que a gente vende na destilaria e no nosso site. As pessoas passaram a pedir que eu vendesse o negroni nesse barril. Isso foi ganhando corpo. Eu passei a preparar negroni para muitos amigos. Numa reunião com meus sócios, voltamos a falar na produção comercial do negroni. Eu disse que toparia, mas com uma condição: que a receita fosse igual a minha. Eu produzia meu próprio biter e meu próprio vermute e envelhecida em barril de amburana. Fomos atrás de quem pudesse produzir isso para nós, pois não daria para fazer isso na destilaria. Encontramos um parceiro e o produto está sendo um sucesso. Nós já somos o negroni mais vendido de uma grande rede varejista de São Paulo.

Pensam em ampliar a linha de produtos?

Nós pensamos em produzir outros coquetéis prontos.Umdeles é o mais consumido atualmente, que se chama Fitzgerald. Ele leva suco de limão siciliano, xarope de açúcar, gin e angostura. Ainda não consegui chegar a uma receita viável porque o suco do limão oxida rapidamente. Estamos estudando maneiras de contornar essa adversidade.

Qual é a sua capacidade de produção atualmente?

Estamos falando de aproximadamente 45 mil litros por mês. Hoje, vendemos cerca de 15 mil. Então, temos muita margem para ampliar a produção. Para 2024, a projeção era passar para 30 mil litros, mas enfrentamos alguns meses atípicos, com a confiança do consumidor lá embaixo e as pessoas evitando gastos. Vamos ver como será o segundo semestre, quando a gente tem Black Friday, festas de final de ano etc.

Como está formada sua carteira de clientes?

Está dividia em três tipos diferentes: o varejo clássico, bares e hotéis e eventos. A participação é de 35%, 40% e 25%, respectivamente.

E a BEG Experience? Como são as visitas à destilaria e como é a reação das pessoas?

Essa atividade existe desde sempre. A ideia veio da minha ida para Londres e as visitas que fiz às destilarias de lá. Achei a experiência genial porque ela é extremamente imersiva. Com a visita, eu não preciso convencer o cliente de que tudo o que a gente faz tem muito sentido. As pessoas entendem quais são os diferenciais da nossa cultura, do nosso trabalho, do nosso produto. Depois de tudo isso, elas colocam a mão na massa e põem em prática tudo o que aprenderam na teoria. Com isso, eu estendo essa experiência dessas pessoas porque cada uma produz a sua própria receita de gin, que leva para casa em uma garrafa que é numerada a mão. É uma experiência única. As visitas ocorrem aos sábados e duram em torno de três horas e meia. O agendamento é feito pelo nosso site. Por enquanto, vem mais gente de São Paulo para nos visitar do que de Campinas. São 20 pessoas por sábado.

Fora o gin, que outro tipo de bebida você gosta?

Eu sou bem eclético. Gosto praticamente de tudo. Mas sempre tendo para o gin. Em vez de bloody Mary, por exemplo, eu prefiro o red snapper, que é a versão que substitui a vodca pelo gin. A única bebida que não consumo com frequência é o uísque.

Que outros planos tem para a destilaria?

Queremos conquistar cada vez mais espaço no mercado e estamos trabalhando para isso. Nós somos o gin brasileiro mais premiado no mundo. Temos mais de 70 prêmios, nacionais e internacionais, todos muito importantes. Isso nos dá uma chancela de qualidade lá fora e por isso a ideia é ganhar espaço também no mercado externo. Temos interesse principalmente nos mercados dos Estados Unidos, Europa e Ásia, mas o que vier é lucro. Precisamos encontrar parceiros que nos permitam fazer essa inserção.

A BEG produzum gin cor-de-rosa?

Sim, é o Modern & Tropical. É o terceiro produto que a gente lançou na família. Isso foi em 2019. Era um momento de crescimento do gin no Brasil. E a reclamação mais comum dos consumidores na época era o amargor da bebida, com o qual eles não estavam acostumados. Quando bebiam gin tônica, estranhavam mais ainda, por causa do amargor adicional da tônica. Então decidimos criar um gin que trouxesse mais aromas florais e doces, para que ficasse mais suave no paladar. Na época nós pensamos em agradar principalmente o público feminino, que tem uma tolerância menor ao amargor. Mas decidimos ir um pouco além, para proporcionar uma experiência ainda maior para o consumidor. Optamos por usar na receita uma flor conhecida popularmente como ervilha azul. Ela tem uma propriedade físico- química que, quando é associada a um elemento ácido, como a água tônica ou um suco de limão, ela muda de cor, passando do azul para o rosa.

Além de preparar drinques, qual seu outro hobby?

Gosto muito de fazer esporte e de brincar com os filhos. Gosto muito de animais também.

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